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sábado, 5 de outubro de 2024

Na manhã de 5 de outubro de 1789, há exatos 235 anos, acontecia a marcha das Mulheres, um acontecimento histórico mostrado em Rosa de Versalhes.

 

Olá,queridos, amigos da Lady Oscar, sejam Bem vindos!


 

E hoje é aniversário de um acontecimento histórico, mostrado no clássico mangá em Rosa de Versalhes (ベルサイユのばら)de Riyoko Ikeda. Em 5 de outubro de 1789, há exatos 235 anos, acontecia a A Marcha sobre Versalhes, também conhecida como Marcha das Mulheres a Versalhes, Jornadas de outubro ou Marcha de outubro, foi um dos mais significativos acontecimentos no primeiro ano da Revolução Francesa. O evento iniciou-se entre mulheres dos mercados de Paris que, na manhã de 5 de outubro de 1789, protestavam contra o alto preço e a escassez do pão.

 

Marcha das mulheres no Mangá Rosa de Versalhes de Riyoko Ikeda.

Para explicar melhor, esse acontecimento, também retratada na série de Ikeda, os manifestantes rapidamente se uniram aos revolucionários que exigiam reformas políticas liberais e uma monarquia constitucional para a França. Logo, uma multidão de milhares de cidadãos parisienses, encorajados pelos agitadores revolucionários, saqueou o arsenal de armas da cidade e marchou para o Palácio de Versalhes. A multidão sitiou o palácio e, num confronto dramático e violento, conseguiu impor suas exigências ao rei Luís XVI. No dia seguinte, os manifestantes obrigaram o rei, sua família e os membros da Assembleia a voltar com eles para Paris.

Estes eventos marcaram, efetivamente, o fim da autoridade real. A marcha simbolizou um novo equilíbrio de poder que deslocou a antiga ordem de privilégios da aristocracia e favoreceu o chamado Terceiro Estado. Unindo pessoas de diferentes vertentes, a marcha tornou-se um dos fatores decisivos da revolução.

 

 

Então na de 5 de outubro, diante do mercado, uma jovem batia um tambor à frente de um grupo de mulheres enfurecidas pela escassez de víveres e pelo alto preço do pão. Dirigindo-se aos mercados do lado leste de Paris, então conhecidos como Faubourg Saint-Antoine, o grupo obrigou uma igreja próxima a tocar seus sinos. Mais mulheres de outros mercados próximos se juntaram às manifestantes, muitas delas munidas de facas de cozinha e outras armas improvisadas, e a marcha iniciou-se. Em vários distritos, os sinos das igrejas soavam incessantemente. Orientada por grupos de agitadores, a multidão convergiu para o Hôtel de Ville, onde exigiram pão e armas. Com a chegada de mais mulheres e homens, a multidão em frente à prefeitura somava entre seis e sete mil, chegando mesmo a ser estimada em dez mil pessoas.[10]

Um dos manifestantes era o audacioso Estanislau Maillard, um proeminente vainqueur de la Bastille, que, agarrando seu próprio tambor, incitava o povo gritando: "a Versalhes!" Maillard era uma figura popular entre as mulheres do mercado[16] e acabou sendo reconhecido como uma espécie de liderança do movimento. Embora seja pouco provável que primasse pelo cavalheirismo, Maillard ajudou a reprimir, pela força do caráter, os piores instintos da multidão, chegando mesmo a resgatar o intendente do hotêl, o abade Lefèvre, que se havia amarrado a um poste de luz para tentar proteger os armazéns. O hotêl foi saqueado pela multidão, que se apossou das provisões e armas disponíveis, mas Maillard ajudou a evitar que incendiassem o prédio. Após algum tempo, a atenção dos manifestantes voltou-se para Versalhes e eles voltaram a ocupar as ruas. Maillard designou algumas mulheres como líderes do grupo, ordenou a multidão e conduziu a todos para fora da cidade em plena chuva.

Quando os manifestantes saíram, milhares de homens da Guarda Nacional, sabedores dos acontecimentos, passaram a agrupar-se na Place de Grève. O marquês de La Fayette, seu comandante-em-chefe em Paris, descobriu, horrorizado, que seus soldados eram amplamente favoráveis à marcha e que estavam sendo incentivados a juntar-se à multidão. Mesmo sendo um dos maiores heróis de guerra da França, La Fayette não conseguiu dissuadir suas tropas, que ameaçavam desertar. Antes que isso acontecesse, o governo parisiense orientou La Fayette a seguir à frente dos soldados para Versalhes e a pedir ao rei que regressasse voluntariamente a Paris para satisfazer ao povo. Após enviar um cavaleiro para alertar Versalhes, La Fayette passou a acompanhar o motim de perto. Ele estava ciente de que muitos deles declararam abertamente que iriam matá-lo, caso não aderisse ao movimento ou tentasse impedi-los de seguir.  Às quatro horas da tarde, quinze mil guardas, com outros milhares de civis retardatários, partiram para Versalhes. Relutante, La Fayette tomou seu lugar à frente da coluna, na esperança de proteger o rei e manter a ordem pública.

 É  importante mencionar o cenário político e social da França durante a revolução francesa. O povo sofria com a miséria e pobreza, algo que Ikeda mostra em Rosa de Versalhes, e enquanto os pobres passava fome, a nobreza vivia no luxo, gastando com inúmeras festas, além de se armarem contra a população.  Para se ter uma ideia do descaso com os plebeus, nos dias 1 e 3 de outubro foi organizado uma luxuosa festa, para comemorar a chegada da infantaria que seria responsável pela proteção do palácio e dos monarcas. óbvio, que à população se revoltou, não era para menos.

Resumindo, Os revolucionários resolveram reunir na manhã de 5 de outubro, cerca de 6 mil mulheres que marcharam sob a chuva gritando “Vamos buscar o padeiro, a padeira e o padeirinho”, referindo- se a Luís XVI, Maria Antonieta, e Luís Carlos, o herdeiro do trono.


A multidão que chegou ao palácio somava mais de 20 mil pessoas, foi recebida pela Assembleia Nacional e ficou aguardando uma resposta do rei. O rei demorou muito para se posicionar, o que foi visto como um descaso pela multidão enfurecida e o palácio terminou sendo invadido. Maria Antonieta não estava em seus aposentos, porem seu quarto foi destruído pela população revoltada com o descaso da Monarquia. Os guardas tentaram proteger o palácio, porem falharam.

 O rei não se mostrava nada flexível, e se recusava a aparecer diante da multidão, para assinar a declaração os Direitos do Homem e do Cidadão. E foi nesse exato momento que o Marquês de La Fayette finalmente convenceu Luís XVI a ratificar a declaração. Após esses eventos, a família real se mudou para o Palácio das Tulheiras, onde o povo queria que eles ficassem, para que a população recebesse mais alimentos. No mangá Rosa de Versalhes, além de ser mostrado a Marcha das mulheres, também temos a ilustração de Riyoko Ikeda, inspirada em pinturas da época. Deixo logo abaixo:



 

 

Objetivos da marcha:

O principal motivo da Marcha das Mulheres foi a fome e o desespero das mulheres do mercado, esses foram o impulso inicial para a marcha, mas o que começou como uma busca por pão logo assumiu uma meta muito mais ambiciosa. O Hôtel de Ville abriu seus armazéns aos manifestantes, mas eles permaneciam insatisfeitos: não queriam apenas uma refeição, mas a garantia de que o pão voltaria a ser abundante e barato. A fome era um temor real e presente nos estratos mais baixos do Terceiro Estado, por isso, a população acreditou prontamente nos propagados rumores de uma "conspiração aristocrata" para matar os pobres de fome. 

 

Ao mesmo tempo, havia um ressentimento generalizado contra as atitudes reacionárias dos círculos jurídicos que, mesmo antes dos tumultos provocados pelo famoso banquete, já vinha delineando os aspectos políticos da marcha. Incutia-se na multidão a ideia de que o rei devia demitir todos os seus guarda-costas e substituí-los por uma Guarda Nacional patriótica, linha de argumentação que teve uma boa acolhida entre os soldados de La Fayette.

Estes dois objetivos populares uniram-se em torno de um terceiro, inspirado grandemente pelos revolucionários: o rei e sua corte, bem como a Assembleia, deveriam transferir-se para Paris e residir entre o povo. Somente então os soldados estrangeiros seriam expulsos, o alimento seria farto e a França seria servida por um líder "em comunhão com o seu próprio povo". Certamente, tal plano empolgou a todos os segmentos da multidão. Mesmo aqueles que inocentemente apoiavam a monarquia (e eram muitos, especialmente entre as mulheres) achavam que a ideia de trazer para casa le bon papa era um plano bom e reconfortante. Para os revolucionários, eram prioritárias a preservação de sua recente legislação e a criação de uma constituição, e o confinamento do rei numa Paris reformista criaria o melhor ambiente possível para o sucesso da revolução.

 Enfim, hoje a Marcha das mulheres está completando 234 anos e um blog, especializado em Lady Oscar, não poderia deixar de comentar sobre o aniversário dessa importante data. E se você nunca leu o Rosa de Versalhes, eu super recomendo que leiam o mangá e também assistam o anime. Rosa de Versalhes foi publicado aqui no Brasil pela editora JBC em 2019 em 5 volumes em  edição Big 2 em 1. 



Fontes de pesquisa, Winkipédia, Guia dos curiosos, site Relações do exterior e livros de história. 

 

Espero que tenham Gostado!



ady Oscar diz... Obrigada por sua visita! Volte sempre que quiser.

 


 



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