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quinta-feira, 28 de agosto de 2025

#TBT Relembrando a ilustre visita do Teatro feminino Takarazuka Revue ao Brasil em 1978.

 

 

Olá, queridos amigos da Lady Oscar, Sejam Bem Vindos!



 

Hoje é quinta-feira, portanto, é dia de #TBT, e amanhã a primeira peça da Rosa de Versalhes(ベルサイユのば) no teatro Takarazuka Revue completa 51 anos. Todo o aniversário da primeira adaptação da Rosa importa, sim, pois a série de Riyoko Ikeda foi responsável por salvar o teatro, que estava em decadência nos anos 1970. Então, hoje, decidi relembrar um momento do qual queria ter vivido, mas não era nascida, que foi a ilustre visita do Grupo de Teatro deTakarazuka ao Brasil. Então, sem mais delongas, vamos ao nosso TBT de hoje.

Capa do programa da apresentação de Takarazuka no Teatro Municipal de São Paulo

 

A visita do teatro Takarazuka no nosso país ocorreu por ocasião do 70º aniversário da Imigração Japonesa no Brasil. A Fundação Japão possibilitou a primeira e única vinda do Grupo de Teatro de Takarazuka ao Brasil.

 


Para quem não conhece o teatro e caiu de paraquedas nesse artigo, a principal característica é o fato de todos os papéis serem interpretados por mulheres, baseado no modelo original do Kabuki antes que as mulheres fossem banidas do teatro no Japão. As atrizes que interpretam homens são chamadas de otokoyaku (literalmente "papel masculino") e as que interpretam, mulheres, musumeyaku (literalmente "papel de moça" ou "papel de filha"). O figurino e o cenário costumam ser excessivamente chamativos e as performances têm um toque melodramático.  

Escola Musical de Takarazuka em 1919


 O grupo da takarazuka fez sua única apresentação no Teatro Municipal de São Paulo no período de 3 a 12 de novembro de 1978, portanto, em novembro, a visita do teatro ao Brasil completará 47 anos.  Segundo o site, Cultura Japonesa, a mesma apresentação também foi realizada na França, nos Estados Unidos e na União Soviética, e foi muito bem recebida.

 


A primeira parte do espetáculo foi dedicada às tradições japonesas e recebeu o nome de “Fantasia do Japão”. As atrizes apresentaram números musicais usando quimonos tradicionais, lembrando o período Genroku (1688 – 1703), mas apresentando músicas de várias regiões. Já na segunda parte, a apresentação foi no estilo ocidental, como são normalmente as apresentações desse grupo, e recebeu o nome de “na cadência de Takarazuka”. Como uma homenagem para o público brasileiro, a cantora Mao Daichi apresentou a música “Mas que Nada”, composta e gravada em 1963 pelo brasileiro Jorge Ben e regravada em 1966 pelo Sérgio Mendes, tornando-se um sucesso internacional.


Assim nasceu o teatro feminino japonês.

O Takarazuka Revue começou em Takarazuka, em HyōgoJapão, em 1913, fundado por Kobayashi Ichizo, presidente da Hankyu Railways, que teve a ideia de aumentar as vendas dos bilhetes da linha de trens da cidade promovendo apresentações musicais de estilo Ocidental usando apenas garotas solteiras. A companhia de teatro fez sua primeira apresentação em 1914, e em 1924 já havia se tornado popular e obteve seu próprio teatro, o Dai Gekijō. Atualmente, o Takarazuka se apresenta para cerca de 2.5 milhões de pessoas por ano. A maior parte dos fãs é composta por mulheres.


Um teatro que inspirou o Mesre Osamu Tezuka.



E se você também é um fã de mangá, deve saber que esse grupo teatral é o que teria influenciado o mestre Osamu Tezuka, autor de A princesa e o cavaleiro, a criar personagens com olhos grandes e brilhantes. Sim, isso mesmo! Osamu Tezuka, ainda quando criança, vivia na cidade Takarazuka, e uma das atrizes era amiga de sua mãe. Por conta disso, eles sempre assistiam às apresentações do grupo. Como o teatro é muito grande e ele sentava atrás, não podia ver muitos detalhes, mas sempre percebia que os olhos pareciam muito grandes e expressivos devido à maquiagem teatral. O grande mestre do mangá viu ali uma característica que se tornaria uma marca registrada do mangá.



Rosa de Versalhes Trouxe uma nova Luz ao teatro feminino:



O teatro passou por uma terrível fase, onde ele foi perdendo seu público, e no início da década de 1970, como a popularização da televisão. O grupo estava com as contas negativas. Quem salvou o Takarazuka? A obra mais famosa de Ikeda, A Rosa de Versalhes. Pois é, e quem diria, foi um shoujo mangá. Ao ser levada para o palco, a adaptação do mangá “A Rosa de Versalhes”, de Ikeda Riyoko, alcançou um inimaginável sucesso. A concorrência para ingressar na escola de Takarazuka, que era de cinco vezes o número de vagas, depois do sucesso da “Rosa de Versalhes”, saltou para 20 vezes. Takarazuka entrou na moda e até hoje continua encenando temporadas desse sucesso originário do mangá feminino. Takarazuka continua na moda até hoje e, além do teatro original na cidade, possui um teatro em Tóquio. Mesmo assim, é preciso reservar o ingresso com bastante antecedência.





A apresentação do Takarazuka Revue no Brasil teve o patrocínio da Japan Foundation e a colaboração da Embaixada do Japão, Comissão Organizadora do 70 Aniversário da Imigração Japonesa no Brasil, Consulado Geral do Japão em São Paulo e da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa.

Saiba mais sobre o Teatro Takarazuka, no http://www.japop.com.br/index.php/opera-takarazuka-takarazuka-kagekidan/

Mais sobre o Teatro Takarazuka, no http://www.culturajaponesa.com.br/index.php/teatro-takarazuka-se-esforca-para-atrair-publico-no-exterior/

Mais sobre “A Rosa de Versalhes”, no http://www.culturajaponesa.com.br/index.php/revivendo-50-anos-depois-rosa-de-versalhes/

Espero que tenham gostado! 

Daqui a pouco tem mais!^^

 


 


ady Oscar diz... Obrigada por sua visita! Volte sempre que quiser.

 


 


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Lady Oscar diz..
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