Olá, queridos amigos da Lady Oscar, sejam Bem Vindos!
Recentemente, uma seguidora, Amélia Lima, me procurou com
uma dúvida sobre o novo filme de animação de A Rosa de Versalhes(ベルサイユのばら). Ela se
mostrou desapontada por o longa não ter abordado os trágicos destinos de Maria
Antonieta e Fersen, apesar de Maria Antonieta ser uma figura histórica real. A
questão dela levantou um debate importante: por que uma adaptação
cinematográfica de uma obra tão épica optaria por um final diferente?
Minha resposta para Amélia foi que, como um filme
comemorativo, ele precisou ser mais conciso. Embora ela tenha insistido que as
mortes poderiam ter sido incluídas, talvez até em um clipe musical, o fato é
que a produção optou por encerrar a narrativa na Queda da Bastilha, focando em
Oscar. E hoje, decidi aprofundar essa discussão e compartilhar a minha análise.
Por que o filme de 2025 é "corrido" e omite as
mortes?
Para entender essa decisão, precisamos mergulhar na
estratégia por trás da adaptação. O filme de 2025 não é uma reprodução fiel e
completa da saga original. Em vez disso, concentra-se em um período específico
da história, e os motivos são claros:
Foco na jornada de Oscar: A narrativa do filme prioriza a
protagonista, Oscar François de Jarjayes. Vemos sua trajetória desde a vida na
Guarda Real até o seu envolvimento com o levante popular. O clímax da sua
história é a Queda da Bastilha, e é nela que o filme encontra seu ponto final.
Limitação do formato: Com a longa e complexa narrativa de A
Rosa de Versalhes, que abrange vários anos e eventos históricos, comprimir tudo
em um único longa-metragem seria um desafio e poderia resultar em uma obra
superficial. A escolha por focar em um recorte específico garante mais
profundidade aos acontecimentos escolhidos.
Decisão criativa e clímax: A produção decidiu encerrar a
história no auge da luta de Oscar. A morte da personagem, que ocorre durante a
batalha da Bastilha, serve como o ponto final da trama, dando um desfecho
impactante à sua jornada.
Um final agridoce: Oscar e André se reencontram
Para aqueles que conhecem a obra original (seja o mangá ou o
anime de 1979), a omissão do destino de Maria Antonieta e Fersen pode parecer
estranha. No entanto, a adaptação cinematográfica busca encerrar a trama em um
momento mais impactante para a personagem principal, priorizando a trajetória
dela sobre a conclusão completa da Revolução Francesa.
O final da nova animação, em que Oscar e André se
reencontram no pós-vida, é um toque emocionante. É um momento que celebra o
amor e a lealdade que eles compartilharam, oferecendo uma conclusão tocante
para a jornada dos dois personagens..
Uma homenagem à tradição da Takarazuka Revue
O final com Oscar e André se reencontrando no céu não é uma
ideia completamente nova. Na verdade, é uma homenagem direta às famosas
adaptações teatrais da Takarazuka Revue. As adaptações musicais de A Rosa de
Versalhes por essa companhia de teatro, que começaram em 1974, são conhecidas
por seu estilo dramático e romântico, que inclui justamente esse final
emocional no qual os amantes se reúnem após a morte.
Ao incorporar esse elemento, o filme de 2025 demonstra o
desejo de honrar as diferentes versões da obra, e não apenas o mangá original
de Riyoko Ikeda. Essa cena funciona como um fechamento emocionalmente
satisfatório para a história dos protagonistas, escolhendo o romantismo e o
heroísmo de Oscar em vez das tragédias posteriores.
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| Oscar chega ao céu montada em Pegasus Takarazuka Revue. |
Incompleto? Talvez. Uma escolha narrativa? Com certeza.
Em resumo, a morte de Maria Antonieta e o destino final da
família real não eram o foco principal do filme de A Rosa de Versalhes de 2025.
A adaptação cinematográfica optou por dar prioridade à jornada da protagonista,
Oscar François de Jarjayes, concluindo a história com a sua morte na Queda da
Bastilha.
Claro, como fã, é natural sentir a ausência de certos
elementos. No entanto, a decisão de finalizar com o reencontro de Oscar e
André, além de ser um encerramento satisfatório para os protagonistas, é uma
forma de homenagear a história da franquia em outras mídias.
Por fim, o filme pode ser bonito e bem animado, mas a
essência do épico histórico, para alguns, ainda reside na animação clássica de
1979, que explorou de forma mais completa os eventos que culminaram na
Revolução Francesa. No entanto, a nova versão, com sua escolha de focar em
Oscar, oferece uma perspectiva diferente e igualmente válida.
E você, qual versão prefere? Deixe sua opinião nos
comentários!
Um ótimo domingo e uma excelente semana a todos vocês, amigos da
Lady Oscar.
ady Oscar diz... Obrigada por sua visita! Volte sempre que quiser.