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segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

Comentado o quarto volume da Rosa de Versalhes um Clássico de Riyoko Ikeda.

Olá,queridos amigos da Lady Oscar Sejam Bem Vindos!


 


E chegamos ao quarto e penúltimo volume do mangá Rosa de Versalhes (ベルサイユのばら), não disse que seria rápido? Muito bem, já temos aqui no blog as resenhas dos volume 1,2 e 3 para quem ainda não leu, basta clicar nos links. O volume 3 já abriu as portas da revolução francesa e nesse já estamos na revolução e Oscar já sabe bem o que sente por André. Como esse volume é muito grande, tentarei, resumir ao máximo, só comentar, mesmo momentos importantes e não se preocupem, não darei spolier de final dos personagens.
 
 

 
 
 
 
No volume anterior, Oscar supera seu amor não correspondido por Fersen, e abandona de vez a sua paixão de adolescência. E finalmente, depois de tanto tempo, nossa heroína percebe que seu verdadeiro amor é André Grandier, seu amigo de infância, que sempre a amou em segredo. O pobre moço está quase cego, mas Oscar tem consciência disso. Ela percebe que André já não está mais enxergando no terceiro volume e se preocupa com o rapaz.
 
 
 


Para começar, nossa Lady Oscar leva uma advertência de sua babá Marrom Glacé, mais conhecida como Nanny. Motivo? Bem, que nossa, Oscar, gosta de beber alguns drinks fortes, podemos assim dizer. Nanny, está preocupada com sua saúde, porque como sabemos, essas bebidas podem lhe fazer muito mal. Quem já leu o mangá, conhecerem Oscar, a personagem não é alcoólatra nem tem vício em bebidas, ocasionalmente ela bebe algumas bebidas mais fortes quando está preocupada ou nervosa. E nesse volume, a bondosa senhora que a criou com todo o amor a surpreende tomando um drink, por isso temos advertência. 
 
 

 
 
  Como sabemos, a revolução francesa está batendo em sua porta e isso a deixa tensa, ela acaba bebendo, sim, porem uma taça nada, além disso. Mais adiante, ela decide deixar o abito de beber. Nesse volume, Oscar está indecisa, o que ela deve fazer? De que lado ficará durante a revolução? Ela tem uma amizade de muitos anos com Antonieta, mas, por outro lado, ela tem total consciência dos problemas da França. O povo mais pobre sofre com a fome e a miséria e como sabemos ela decidirá lutar a favor do povo da França.
 
 



E também temos nossa Nanny, a avó do André e babá de Lady Oscar, que nesse quarto volume, não anda bem de saúde. A babá de Oscar encontra-se de cama quando aconselha a nossa heroína a deixar o abito de beber. Anteriormente, a bondosa senhora, começa a adoecer, desmaia, Oscar segura em seus braços.

 

 Ikeda mostra a preocupação de André, afinal sua avó é o único parente que lhe resta, mas em meio do drama temos um momento cômico, característico da autora. André está nervoso, encontra sua avó deitada na cama e acredita que chegou tarde demais, porem, Nanny não está morta, ela acorda e lhe dá um belíssimo Pontapé no traseiro. Ikeda não perde a chance de fazer seus leitores rir com sua arte gráfica




 É engraçado a maneira que Ikeda consegue balancear um drama com momentos cômicos.  Em Rosa de Versalhes, temos diversos momentos cômicos e as ilustrações de Ikeda te fazem rir sem ao menos você ler os balões de diálogo.
 

 
  A doença de Nanny, acabou ficando de fora tanto no anime quanto no Live Action. Será que essa cena será mostrada no novo longa-metragem de animação da Rosa de Versalhes? Vamos, aguardar.
 
 
 
 
Nesse volume a coisa começa se complicar, para a monarquia. Temos uma enorme pressão, para convocação para a assembleia dos três estados. Essa Assembleia dos Estados Gerais (em francês, États Généraux) foi uma assembleia representativa e consultiva do Antigo Regime francês. Era composta por representantes de cada um dos Três Estados e configurava-se como o único órgão francês que representava o corpo da nação. O rei Luís XVI de Ikeda, é um tanto desatento com seus deveres reais. Ele se mostra indeciso quando é preciso tomar algum tipo de decisão e parece completamente incapaz dese posicionar como um verdadeiro rei. Apesar de ter criado um rei um tanto fraco em seus quadrinhos, Ikeda disse recentemente em entrevista que Luís XVI é um de seus personagens masculinos favoritos. Achei estranho porque ela sempre disse que seu favorito era Gerodell.
 
 
Mesmo assim, o rei Luís XVI da Rosa de Versalhes é não é um bom rei e muito menos um bom marido. A França está um caos, o povo todo contra a monarquia e ele parece não se importar, foge de suas obrigações como rei e parece ter interesse apenas em fabricar fechaduras, que para quem nunca leu o mangá é o Hobby de Luís XVI.
 
 
 
 

Em alguns livros e site de história, dizem que Luis XVI, rei da França, foi um serralheiro. Ele teria sido um monarca muito famoso e, segundo relatos da História, desenhou muitas fechaduras para gavetas. Voltando para o mangá de Ikeda, a nobreza, vai contra a ideia de uma convocação, mas Jacques Necker, que era o ministro das finanças e muito amado pelos franceses, nesse volume pressiona o rei Luís XVI   realizar a convocação. Chega janeiro primavera. Assim, no dia 5 de maio de 1789 estava previsto a realização dos Estados Gerais, onde contaria com a presença do rei e os representantes dos Três Estados.  Essa reunião dos Estados Gerais em Versalhes (maio de 1789) marcou o início da Revolução Francesa. 
 
 



Agora vamos começar, focar nos dramas desse volume, para começar com a irmã mais jovem de Alain Soissons, a doce Diane, está noiva de um nobre, mas infelizmente a jovem não viverá um final feliz. O noivo da moça acaba trocando Diane por uma jovem plebeia, porem com dotes ricos. Não contarei o que acontece com irmã mais jovem de Alain para não estragar a graça de ninguém, então leiam o mangá. Lady Oscar em uma parte chega a comentar, que está se tornando cada vez mais normal um homem da nobreza se casar com plebeias ricas.
 
 



E o General Jarjayes, o pai  de Lady Oscar, que no terceiro volume teve a brilhante ideia arranjar um noivo para ela e seria o favorito de Ikeda Gerodell, claro que Oscar não aceita, seu pai faz um baile com tudo que há de melhor, para apresentar sua filha a nobreza como uma noiva, mas Oscar chega em trajes masculinos, flerta com as moças e tudo com a intenção de afastar  Gerodell e provocar seu pai. Mas no Quarto volume, o General Jarjayes, já parece perceber, que Oscar gosta de André, mas ele é um plebeu, ele aceita que sua filha viva um romance com um plebeu? Não, ele não aceita. Na verdade, O general se mostra  com ódio, e deixa claro ao nosso herói que ele é inferior a Oscar e por isso um romance entre eles é impossível. 
 


 
Mas no Quarto volume, o General Jarjayes, já parece perceber, que Oscar gosta de André, porem, ele é um plebeu, ele aceitará que sua filha viva um romance com um plebeu? Não, ele não aceita. Na verdade, O general se mostra  com ódio, e deixa claro ao nosso herói que ele é inferior a Oscar e por isso um romance entre eles é impossível. Esse pai, sem noção, quer André sempre ao lado da filha como um pajem, porque na época  que se passa a história da Rosa de Versalhes, era de costume uma moça da nobreza, como Oscar, ter uma Dama de Companhia. Porem, como sabemos, Oscar nunca foi criada como uma dama e sim como um soldado, então ao invés de uma dama de  Companhia, seu pai lhe deu um pajem que é nosso André. 
 
 


 
 
Pajem normalmente eram  jovens serviçais, utilizados por príncipes ou guerreiros para acompanhá-los em campanhas militares. Como Oscar é militar, essa era a função de André. Mas para namorar ou casar com Oscar seu pai não queria. No finalzinho ele pedirá  ao rapaz para continuar ao lado da filha como  seu Pajem, protegendo e a acompanhando. Esse péssimo pai mudará? Sim, tanto no anime quanto no mangá, ele  deixa Oscar seguir seu caminho e deseja que ela seja feliz, pelo menos isso.


Voltando ao início da revolução e fim da Monarquia, Os Estados gerais se reúnem no terceiro volume, quando morreu o filho de Maria Antonieta, o principezinho, Luís Joseph (1781-1789) herdeiro do trono, cujo nascimento trouxe muitas felicidades a França. O príncipe morreu vítima de tuberculose, apensar de Ikeda não comenta sobre a Tuberculose contraída pelo príncipe, na história real esse foi um dos problemas de saúde do garoto. É mostrado o final do príncipe, a autora representa o menino usando a imagem de um pequeno passarinho, sendo morto por uma imensa ave escura, que mais me parece uma águia ou falcão.




 

Lembrando que isso é fato histórico real, então posso comentar. Já no mangá, Ikeda mais uma vez mostra sua arte, para contar o drama do príncipe. Oscar sofre muito com a morte do menino, ela era apegada a ela, já que o príncipe gostava muito dela, e infelizmente ela não pode passar mais tempo com ele devido o seu trabalho, nessa época o príncipe estava no palácio de Meudon. Já  Antonieta é a que mais sofre, ela nem o filho pode velar, ela é a rainha, precisa cumprir com os protocolos, não havia dinheiro o suficiente para o funeral do príncipe e como se não bastasse, todo o sofrimento, Antonieta, é ofendida e tratada com desprezo e silencio, enquanto Luís XVI foi Rei da França e Navarra é saudado.




Depois isso, a autora nos apresenta uma moça, a Madame Ramballe, que foi uma personagem, criada por Ikeda, para fazer o papel da amiga íntima da Rainha, a princesa Maria Luísa Teresa de Saboia-Carignano, mais conhecida como Princesa de Lamballe, mais uma para fazer o papel dessa princesa, porque Lady Oscar, também fez o papel dela, lá atrás no terceiro volume, quando foi acusada por Jeanne de ser amante de Antonieta. Ikeda usa uma referência clara no nome, e da princesa. Pois sé o mesmo só muda a letra inicial. A princesa de Lamballe  foi  governanta do príncipe Luís Joseph e uma grande amiga de Maria Antonieta, Um pena, Ikeda não ter aproveitado melhor essa grande mulher.

creditos da imagem Winkipédia.
 

Infelizmente  na história real a princesa morreu durante os Massacres de setembro de 1792, em plena Revolução Francesa.  Lembrando, que  a morte da  Princesa de Lamballe  não existe no Mangá Rosa de Versalhes, na verdade, a princesa aparece muito pouco durante todo o mangá.

 


Então temos a reunião dos Estados Gerais, a tropa de Lady oscar é escalada para proteção o prédio onde iria acontecer a tão aguardada A Assembleia dos Estados Gerais. O tempo está ruim, chovendo sem parar, Lady Oscar até comenta sobre a colheita que não está boa devido ao clima. E nossa comandante parece não se sentir bem, fisicamente, esgotada e os soldados de sua tropa também estão extremamente cansados.  Oscar está vivendo momentos complicados e tudo isso está prejudicando sua saúde.
 
 Um pouco mais para frente, temos uma cena, que, na verdade, é mais um dos momentos cômicos da série. Os soldados da tropa de Oscar estavam todos molhados após terem pego Chuva, e nosso André, estava sem camisa se secando, quando é surpreendido por Oscar. O engraçado nessa cena é a arte de Ikeda, a expressão de Oscar, vendo André sem camisa e morrendo de vergonha, é uma das cenas que mais me fez dar risadas. 
 
 


Lady Oscar, que nunca gostou de pousar para um pintor, encomenda um quadro, o pintor, que Ikeda desenhou mais parece um maluco, é bem engraçado e muitíssimo diferente do pintor que temos no anime. Nesse quarto volume, mostra o quando Oscar está esgotada, trabalhando demais e para piorar ela não se sente bem até chega a cochilar no ombro de André, em uma determinada cena. O rapaz fica com preocupado com ela, afinal é uma mulher, esta cansada e fraca. 


 

O pintor, vai à casa de Oscar e deseja pintar a comandante, na adolescência, já que sua lembrança é Oscar fazendo a escolta da carruagem de Maria Antonieta, quando a rainha visitou Paris pela primeira vez. Oscar aceita, mas o quadro sai muitíssimo diferente, nada a ver com a Comandante adolescente e claro que Oscar fica frustrada com seu retrato. Na verdade, eu também ficaria haha.
 

 
 
 
quadro de Lady Oscar páginas coloridas da edição norte-americana acervo pessoal.



 Temos a cena do retrato de Oscar no anime, confesso que prefiro essa parte na versão animada, por ela dar mais atenção aos sentimentos de André. O rapaz está cego, ele começa descrever o retrato, da maneira que imagina, porque não pode ver o quadro, Oscar chora ao ver seu par romântico sem enxergar, por outro lado, se sente culpada pelo situação do rapaz.


Não entrarei em detalhes, porque não quero dar Spolier de coisas importantes, então leiam o mangá.  Mas digo que os, problema de Oscar vai muito além de seu retrato. A comandante, terá que fazer escolhas muito importantes, como por exemplo, o que fará em relação da Monarquia? Ela tem consciência dos problemas do povo, mas sua amizade com Antonieta é forte demais. E André? Ela ama o plebeu, mas esse amor talvez poderia ser visto como uma afronta a nobreza?

Retrato de Oscar no anime Rosa de Versalhes.



A coisa fica feia, chega uma ordem para fechar o prédio onde estava acontecendo a assembleia dos Estados Gerais. Motivo? Os Estados gerais mudaram de nome graças a união dos setores da nobreza e do Clero. Então temos o famoso juramento do campo de Péla, feito pelos deputados.
 
 

 

O juramento do jogo da Péla (em francês: Serment du jeu de paume) O juramento da quadra de tênis, é considerado o marco inicial da Revolução Francesa, foi realizado em 20 de junho de 1789 pelos membros do terceiro estado, que decidiram permanecer reunidos até formarem uma Constituição para a França. Temos no mangá o quadro do artista Jacques-Louis David, ele foi o pintor que criou o quadro mostrando esse acontecimento histórico, claro que no mangá é uma ilustração de Ikeda. 

Continuando, temos outro momento que existe no anime e também no live action. O superior de Lady Oscar, o General Buiet, inimigo do general jarjayes ( pai de Oscar), ordena a nossa comandante que retire de lá todos os representantes do terceiro estado e dispare fogo contra os deputados, porem Oscar se recusa a aceitar as ordens de seu superior já que o dever dela é proteger o local e não atirar nas pessoas. Seu superior,  que já não se entende com o pai da Comandante, a prende por desacato e isso revolta seus soldados e alguns deles terminam sendo condenados a morte.
 
 
Cena do anime Lady Oscar

André ajuda Oscar a fugir da prisão, mas a heroína precisa impedir que Gerodelle que ficou em seu lugar como comandante da guarda Francesa, obedece às ordens que ela se recusou. Mais uma figura histórica aparece no mangá de Ikeda, Marie-Joseph Paul Yves Roch Gilbert du Motier, Marquês de La Fayette, ele foi um aristocrata e militar francês que lutou pelo lado revolucionário na Guerra da Independência dos Estados Unidos e também foi uma figura importante na Revolução Francesa. No mangá de Ikeda, ele enfrenta a guarda francesa e trava um duelo com Gerodelle. 
 
Oscar chega ao local e pergunta se Comandante Gerodelle teria coragem de erguer sua espada contra ela. Claro que Gerodelle não machucaria a mulher que ama e nessa cena ele até declara seu amor a heroína. Gerodelle afirma que preferiria acabar morto na guilhotina a Derramar o sangue de Lady Oscar. Mas isso foi Erro de Ikeda, ou faz parte da fantasia criada por ela? Porque A guilhotina foi utilizada pela primeira vez na França revolucionária, no ano de 1792, durante a Revolução Francesa.  Bem, temos no segundo volume Fersen voltando da guerra dos Estados Unidos, mas o país nem existia, então creio eu que seja feito proposital, já que a autora costura fatos realidade com ficção.


Após impedir que o novo comandante da guarda francesa,Gerodelle disparasse contra os deputados, Oscar precisa lidar com a fúria de seu pai, claro que ele não a polpa de ofensas. O general Jarjayes, está furioso por Oscar recusar uma ordem direta de seu superior, ele diz coisas terríveis, chega a dizer que Oscar envergonhou o nome da família Jarjayes e chega a dizer que prefere a morte da própria filha que agora é uma traidora. Mais uma vez, André aparece em cena, protege Oscar, ameaça seu patrão e acaba humilhado pelo General. O pai de Oscar, lembra o rapaz de sua inferioridade e diz que nunca poderia casar com Oscar, pelo fato que existe uma enorme diferença de classe social entre os dois. Entretanto, o general tem consciência que um não vive sem outro, porem não quer aceitar.
 

 
 
Temos essa cena no anime e live action, porem ambas as adaptações diferem do mangá de Ikeda. No anime, ele discute com Oscar e tenta matá-la. Sim, ele tenta matas a filha, André entra na sala e pede que o mate primeiro, pois se visse Oscar morrer sua alma jamais teria paz. O general lembra André de sua inferioridade, mas o rapaz o enfrenta e está decidido a fugir com Oscar se fosse preciso. Mas a cena termina graças a Maria Antonieta que decide que Oscar não seria castigada.
 
 

A cena do Live action, começa parecida com o mangá, porem termina bem diferente. Oscar e o pai tem uma discussão, seu pai a humilha por recusar uma ordem de seu superior, arranca sua medalha e dá-lhe um tapa no rosto. Oscar enfrenta o pai e revida o tapa, sim, isso acontece. Após isso Oscar e o general Jarjayes, travam um duelo no meio da sala, Nanny fica no meio da confusão, o general acaba ferindo a mão de Oscar e nisso André entra em cena, para la salva, começa ele duelar com o general e acaba derrotando o pai de Oscar, mas polpa-lhe a vida. Os dois vão para cozinha, Nanny cuida do ferimento de Oscar e sugeri que os dois fujam juntos. 


 



Um pouco mais adiante, temos o General Jarjayes novamente, lembrando André de sua posição e diz que lamenta que o pobre rapaz, não pertença à nobreza, mas pede que ele continue sempre ao lado de Oscar como seu fiel escudeiro. Sabemos, bem que o general deseja que o rapaz continue sendo o pajem e sua filha e nada mais do que isso. Só que ele sabe que os dois se amam. Mas esse homem tão cruel com a filha, vai mudando nesse volume. Na verdade, ele chega até a evoluir e se tornar um pai um pouco melhor. Ele dá a liberdade a Oscar de escolher seu marido. Isso era algo que não acontecia no século XVIII e muito menos no Japão nos anos 1970, época da serialização do mangá. Rosa de Versalhes é uma obra revolucionária em diversos aspectos.





E depois dessa confusão é que acontece a tão aguardada declaração e amor de Oscar para o nosso querido André, que passou a série inteira sofrendo por um amor não correspondido. Mas deixo para dar mais destaque ao romance depois.
 


 


Lembra dos soldados da tropa de Oscar que se revoltaram, com a prisão da comandante sendo condenados a morte, após ela ter se recusado a disparar contra os deputados? Pois, é Oscar vai tetar salvar seus companheiros e para isso ela busca ajuda de Bernard, o ex cavaleiro negro. A ideia de Oscar é que Bernard, influencie o povo a libertar os soldados condenados a morte.
Mais uma vez temos o lado humorístico, de Ikeda. Rosalie encontra-se com Oscar e a abraça com todo o carinho e entusiasmo e dá para perceber que Bernard fica morrendo de ciúmes de ver sua amada Rosalie abraçar Oscar com tanto afeto. O engraçado mesmo, são as ilustrações de Ikeda. Surge então  Saint-Just  um aspirante a literato, pensador e político revolucionário francês  da futura liderança jacobina. Essa não foi a primeira vez que nossa, Oscar topa com ele, na verdade, ela já o tinha, visto antes de relance andando pelas ruas vestido de mulher. Bernard é um rapaz ainda menor de idade e Saint-Just  se passa por um primo do jovem aconselhando o rapaz a ficar fora de confusão. Uma curiosidade, Ikeda tem outra grande obra, Oniisama E... (おにいさまへ…), lá temos uma personagem muito importante, que fisicamente se parece demais com Oscar, que se chama Rei Asaka (朝香玲 Asaka Rei) mas tem o apelido de Saint-Just, já que é uma jovem muito bonita.  Rosa de Versalhes e Oniisama  são as únicas obras de Ikeda  que virou anime. Ainda tenho esperanças de ver uma versão animada da Janela de orpheus, mas acho quase impossível. 
 



Continuando, Oscar consegue ajuda de Bernard e salva os soldados de sua tropa, todos são libertos. Essa é outra cena que temos no anime. Bernard  aconselha nossa Lady Oscar a deixar de vez a França, mas ela não aceita e diz que estaria disposta a morrer por seu país. Nessa parte, Oscar faz sua escolha de lutar a favor do povo na revolução Francesa. E chegou a hora de Oscar conversar pela última vez com a rainha Maria Antonieta.
 



Oscar vai até Antonieta conversar como sua amiga, mas a rainha diz que não impediria a violência contra o povo da França, Oscar fica indignada, afinal isso não é postura de uma boa rainha. As duas tem uma discussão, Oscar joga na cara da monarca que a monarca sente por Fersen e esse era a única coisa que a motivava a viver. Antonieta chora, nega tudo, elas rompem sua amizade de anos e temos o momento que Oscar e Antonieta se separam como amigas. Em minha opinião, Oscar se decepcionou demais com Antonieta, alguém que ela tinha como uma irmã, mas não apenas por isso, Oscar vai se decepcionando durante a série toda, já que esperava que Antonieta fosse uma boa rainha. Já o Fersen quase nem se vê no quarto volume, ele apenas aparece na Suécia se preparando para viajar para frança já que sua amada Antonieta, corria grande perigo e claro que ele tentará proteger a mulher que ama.


Não posso deixar de comentar, sobre o momento mais belo e maravilhoso desse volume, a noite romântica de Oscar e André. É véspera da viagem do casal a Paris, Oscar já tem total certeza do que sente por André e ela deseja que o rapaz torne-se seu marido. Lembra que no volume anterior ela diz que jamais se casaria? Muito bem, nesse volume temos ela desejando casar com André, aquele seu amigo de infância, que ela via apenas como um irmão, agora é o homem que ela ama de verdade. Então temos o que e considero o casamento do casal mais querido da Rosa de Versalhes.  Oscar chama André para sua sala e finalmente se declara para o rapaz. Precisava mesmo, partir dela essa declaração, como sabemos ela pertence à nobreza e ele é serviçal na mansão dos Jajrjayes, mas nesse volume ele tem seu amor correspondido. A cena é maravilhosa, a arte de Ikeda é encantadora. O amor dos dois é algo muito puro, pois vem de um sentimento de infância da parte do André. Oscar está insegura, envergonhada já que ela é uma moça que descente. Mas André demonstra seu amor a trata com todo o carinho, diferente da vez que ele tenta beijá-la a força. André foi o primeiro namorado de Oscar, mas André já teve uma namorada antes da comandante, segundo a própria Riyoko Ikeda.

No anime, temos a noite romântica da declaração de amor de André, ela acontece em uma linda floresta cheia de pirilampos, em meio da revolução. 
 










Já na versão Live action a declaração de amor dos dois acontece no estábulo, mas também é linda, eu amo o live action de 1979. Enfim, adaptações nem sempre seguirá o mangá a risca, mas todas têm o seu charme e encanto. Estou ansiosa para ver como será o novo filme de animação comemorativo dos 50 anos da Rosa de Versalhes.

 



E finalmente começa a Revolução Francesa, nos volumes da edição Norte-americana, temos os dias 13 e 14 de julho no mesmo volume porque a história termina no quarto volume, já que o quinto são as histórias Gaidens. Mas não se preocupe, porque irei, resenhar o quinto volume da JBC que é a nossa edição brasileira sem dar Spolier do final da série, já que muitos me pediram isso. Voltando ao assunto, Oscar e André estão lutando juntos ao lado da população da França, é dia 13 de julho, Oscar começa perder alguns soldados, ela está comandando um exército a favor do povo, afinal Ikeda disse em entrevista, que teve como inspiração Pierre Augustin Hulin, general francês que participou da tomada da Bastilha.Lembrando que agora André é marido de Oscar, então ele fará tudo que está em seu alcance para proteger sua amada, nem que tenha que se sacrificar para isso.




Não contarei o que acontecerá com André, já que ele não é personagem histórico real, é fictício criado por Ikeda e isso estragaria a graça de pessoas que nunca leram o mangá. E não venha dizendo que um mangá de 50 anos não existe Sopolier, porque, sim, existe e estraga a graça de quem ainda não leu. Se fosse pensar que Rosa de Versalhes tem 50 anos e por isso, não existe spolier porque todos já leram, então eu não teria motivo de resenhar um mangá que todos já conhecem. Se fiz a resenha é porque ele chegou tarde aqui no Brasil, foi publicado pela primeira vez pela editora JBC em 2019.

Só digo que Teremos Oscar, muito triste, tendo que lidar com problemas pessoais, e a falta de alguém muito importante em sua vida, mesmo assim ela irá liderar o ataque a Bastilha, mesmo sofrendo, ela não perde suas forças.






Na edição da JBC o volume 4 termina de forma que emociona os leitores, Oscar e sua tropa agora estão lutando a favor da população pobre da França, que tanto sofreu com a fome e a miséria. Temos as ilustrações de Ikeda com as artilharias fazendo as pedras voar pelos ares. Oscar é uma grande comandante, apesar de ser uma, mulher faz muito bem o trabalho de um homem. Temos também destaque a Robespierre, mas o foco é Oscar arrastando a revolução.
 
 Como eu disse na edição norte-americana o volume 4 corresponde aos últimos capítulos da história original, então temos a conclusão e a queda da Bastilha no volume 4 e não no 5 como da nossa edição brasileira. Por isso, cheguei a pensar, em   resenhar o 4 e o 5 juntos, afinal estou usando as fotos da minha coleção pessoal da edição americana, porque considero a mais bela de todas as edições que colecionei da Rosa de Versalhes. Mas ficaria longo demais, então deixarei para resenhar o quinto volume sem Spolier dos personagens fictícios em um futuro próximo post. Já estou escrevendo, se der hoje ou amanhã, mesmo já estará aqui no blog.




 Termino o post com um aviso. Essas resenhas são de nossa autoria, não foi retirada de nenhum outro site sobre mangá. Se aparecer alguém alegando que esse texto, foi retirado de seu site pessoal. É mentira e tenho como provar. As fotos são do mangá Rosa de Versalhes, de Riyoko Ikeda, os diretos são todos dela e das editorar que o publicaram. A maioria das fotos desse post, são dos meus mangás edição norte-americana, coleção pessoal. Pode conter semelhanças com outras resenhas, por se tratar da mesma obra e mesmo volume.

Espero que tenham gostado!



 Uma ótima semana para todos vocês amigos da Lady Oscar.
 
 
 
 

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