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sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

Cometando o Segundo Volume do Mangá Rosa de Versalhes o Clássico de Riyoko Ikeda.

 

Olá queridos amigos da Lady Oscar, Sejam Bem Vindos!


 
Hoje trouxe o segundo volume da Rosa de Versalhes (ベルサイユのばら), clássico de Riyoko Ikeda para resenhar. Recentemente, trouxe a resenha do primeiro volume, para quem não leu basta clicar no link. A edição que eu trouxe, é a brasileira da editora JBC, publicada aqui no Brasil em 2019, porem algumas fotos que aparece no post, são do segundo volume da minha edição Norte Americana. Rosa de Versalhes, rendeu originalmente 10 volumes, e a edição da JBC, não seguiu isso, na verdade, trata-se de uma edição BIG dois em um, portanto copila dois volumes do mangá em um só.  Esse volume, temos muitos acontecimentos importantes no desenrolar da história, é muito difícil escrever tudo, pois isso pretendo, comentar apenas algumas partes mais importantes, tentarei não dar muitos Spoliers, mesmo o mangá tendo 50 anos, existem pessoas que nunca o leram e isso estragaria a experiência do leitor.





Muito bem, vamos, começar, deixar, abaixo, a sinopse:
 


Em meados do século XVIII, na França, o renomado General Jarjayes recebe a notícia que será pai da sexta filha. Inconformado, por não conseguir ter um filho homem, para manter o nome, prestígio e a tradição militar da família, ele decide criar a sua filha caçula, como menino, visto que nesse período somente, homens podiam suceder o cargo. Lady Oscar frequenta o colégio militar onde se destaca, com apenas 14 anos, alcançando o honroso título de capitã da Guarda Real. Como seu cargo é de confiança, fica sob sua responsabilidade zelar pela proteção da princesa austríaca, Maria Antonieta, uma jovem da mesma idade de Oscar, sendo enviada a França.para se casar com o príncipe Luís XVI. Oscar passa a maioria do tempo no Palácio de Versalhes. Ela acompanha de perto pelo seu fiel escudeiro André Grandier, rapaz pobre, neto de sua babá e seu melhor amigo desde infância (que está apaixonado secretamente por ela), Oscar então, acompanha de perto o cinismo, as festas luxuosas e extravagantes e o estilo de vida da Corte Real.
 




O segundo volume temos o tão aguardado, retorno do grande amor da vida de Maria Antonieta, o jovem conde suéco Hans Axel von Fersen. No primeiro volume, Oscar pede que ele se afaste da corte de Versalhes, para evitar as fofocas e escândalos, porque como sabemos, ele e Antonieta, estão completamente apaixonados.  Nesse volume, também temos um dos momentos mais impostantes, a confissão de amor entre Maria Antonieta e Fersen, sim, eles chegam a declarar seu amor um para outro, é uma das sequências mais românticas.  Nessa cena, temos belíssimas ilustrações de Riyoko Ikeda, ela realmente soube passar as emoções e os sentimentos, através de sua maravilhosa arte. Inclusive, a maioria dos fãs da Rosa de Versalhes, prefere os traços antigos da autora. Inclusive, isso foi debatido na palestra do evento comemorativo dos 50 anos da Rosa de Versalhes, que fui convidada. 




Continuando, Lady Oscar, que escolheu viver como um homem, nesse segundo volume, começa a despertar um sentimento romântico por Fersen, não será correspondida, já que o conde, só tem olhos para Antonieta e ela sofrerá muito com tudo isso. Temos uma cena muito linda onde podemos ver nossa heroína, nervosa, cavalgando desesperada. Nessa sequência, podemos entender o que está acontecendo, porque o galope do cavalo representa o próprio coração de Oscar, confuso e atormentado por um sentimento, do qual ela não estava preparada para sentir, afinal ela decidiu viver como um soldado e se apaixonar não estava em seus planos. Portanto, Ikeda usou uma metáfora, para passar ao leitor os sentimentos de Oscar que pela primeira vez está apaixonada.




A principal mensagem da Rosa de Versalhes, é que a roupa não define quem você é. Oscar é uma mulher, nasceu mulher, foi criada por desejo de seu pai como um rapaz, já que o general não pode ter um filho homem, e precisava de um soldado que seguiria seus passos. O general Jarjayes, sem esperança em ter um filho homem, decide não apenas batizar sua filha caçula como um nome masculino, mas também, criá-la como um rapaz, ou melhor, um soldado. Oscar, cresce como um menino e recebe um rigoroso treinamento militar para um dia se tornar uma coronel. Ou seja, Oscar, nesse ponto, não teve escolhas, mas ela gosta do que faz e é feliz sendo militar. Oscar nunca escondeu o gênero biológico, mesmo porque nem precisaria, todos em Versalhes a conhecem e sabem que ela é uma mulher. Ikeda é uma mulher muito feminista, ela nunca concordou a desigualdade de gênero que existia no japão nos anos 1970 e esse foi um dos motivos dela ter criado Oscar.



 

Oscar então assume um papel masculino, mas é uma mulher Hétero, e se apaixona, sim, na verdade, duas vezes durante toda a série, a primeira por Fersen e apenas no final, perceberá que seu amor é seu amigo de infância, André Grandier. Mas Fersen, foi seu primeiro amor, nesse volume é mostrado bem os sentimentos de Lady Oscar. 
 
 
 

Mas nesse volume, o foco ainda não é Oscar e sim Maria Antonieta e Fersen. Entretanto, Oscar começa a ganhar mais atenção. Se Maria Antonieta, é o foco do primeiro volume, nesse segundo, Oscar começa a dividir o protagonismo com a rainha, afinal ela começou a ganhar o coração das jovens leitoras de Rosa de Versalhes e como sabemos, virou a protagonista da série.
 
 

 Podemos perceber que Ikeda, já estava ciente da popularidade de sua personagem, Lady Oscar, já que a capa do primeiro volume originalmente publicado na revista Margaretem 1972, trazia Maria Antonieta sozinha, afinal ela era para ser a protagonista e a rosa do título. Com a popularidade da outra heroína, a partir desse segundo volume, quase todas as outras capas, vem com nossa querida Oscar François de Jarjayes. E por conta de todo esse amor, nesse volume mesmo, Ikeda começa a dar mais atenção na Guarda real de Antonieta, por conta do amor dos leitores pela espadachim mais elegante da França.










Luís XV, também conhecido como Luís, o Bem Amado, o Rei da França e Navarra, adoece de varíola e acaba  falecendo. Após a morte do rei, seu neto Luís XVI e Maria Antonieta são coroados Rei a rainha da frança. Um dos primeiros desejos de Antonieta, como Rainha, é promover Oscar a Coronel.  Oscar não tinha nem 20 anos, mas a rainha decide que quer dar a ela um cargo maior e um aumento em seu salário. Nesse volume, Oscar já começa a ter ciência que a França está atravessando uma fase difícil em questões financeiras, por isso ela aceita, sim, a promoção de cargo, mas recusa o aumento em seu salário.
 
 
Inconformada, a rainha quer agradar Oscar já que ela a tem como sua amiga, mas a Coronel, diz que apenas deseja que Antonieta possa ser uma frande rainha para o páis. Na sequência Antonieta envia alguns presentes para Oscar, mas a Coronel, pede educadamente que sejam devolvidos, afinal ela sabe bem, que os presentes foram comprados com o dinheiro dom país e decide devolver-los pelo próprio bem de Antonieta, agora Rainha da frança.


O que desejo é que você possa ser uma grande rainha.
 
 
 
 
 
 
Rosa de Versalhes, é uma obra feminista, então Ikeda dá mais destaque as mulheres da série. Entretendo, com a promoção de Oscar, André e conde Fersen, começam a ter um foco maior. O abismo de classe social entre Oscar e André cresce, afinal Oscar é uma moça aristocrata, com um cargo de coronel e André um plebeu, que trabalha na mansão dos Jarjayes. Temos destaque para as vilãs Condessa de Polinace e Jeanne, há quem diga que a última seja a pior vilã de Rosa de Versalhes, eu discordo, para mim a pior mesmo é a condessa de Polinac, que está na corte, se passando por amiga da rainha, tem muita influência, mas nesse volume mesmo, podemos ver suas maldades e tentativas de eliminar Oscar já que ela sabe que não pode enganar a Coronel, da mesma forma que faz com a rainha faz se sentir emaçada e pressionada por Oscar, quase o tempo todo.
Temos uma cena que mostra a primeira tentativa de eliminar Oscar, a Coronel está desatenta quando o lustre do palácio cai misteriosamente quase atingindo a coronel, mas por sorte passa de raspão. Antonieta chora porque Oscar quase foi morta na sua frente, mas é consolada por sua falsa amiga, a condessa de Polinac. 

Polinac tenta eliminar Oscar.

 
 
 
 
Na sequência podemos ver a doce Rosalie, a filha secreta da condessa de Polinac, agora adotada como irmã por Oscar, está estudando quando a heroína recebe um falso chamado de Antonieta a noite e se apronta para sair. Isso deixa Rosalie irritada, já que Oscar havia prometido estudar com ela. Mas Oscar explica que precisa sair, por conta do trabalho, então temos uma birra de Rosalie, que parece uma criança pequena, dando o maior escândalo, dizendo que Oscar prefere a rainha ao invés dela e tudo termina com nossa heroína sendo forçada a levar a menina junto. 




O chamado não era de Antonieta, tudo não passava dos planos maléficos da Condessa de Polinac, na segunda tentativa de eliminar Oscar. A Carruagem da Coronel, que está acompanhada por Rosalie e André, é atacada por bandidos, mascarado. Oscar trava um duelo de espada com eles, ela está em desvantagem, preocupada com Rosalie, tenta fazer de tudo para proteger a menina, mas acaba sendo gravemente ferida pelas costas por um dos bandidos. Oscar desmaia por conta do ferimento em seu ombro esquerdo, mas Fersen aparece e os bandidos acabam fugindo. Por conta da gravidade de seu ferimento, Oscar é afastada da corte de versalhês (era isso que Polinac queria).
 
 
Temos outra filha da condessa de Polinac Charlotte, essa terá um triste fim. A menina tem uma grande admiração por Oscar, inclusive sente ciúmes de sua irmã mais velha Rosalie que é como uma irmã para a coronel. A menina sabe bem que Oscar, a pessoa que ela tanto gosta, está ferida e a culpada é sua mãe.







O tempo passa, Oscar está melhor, mas não completamente curada, ela volta  trabalhar, é motivo de fofocas de suas admiradoras. Mas podemos ver, que ela está irritada, afinal ainda sente dor em seu ferimento e sabe bem que a condessa de Polinac, não é confiável. Oscar tenta puxar uma cadeira para se sentar, mas sente dor em seu ferimento. Charlotte vê, a cena e se aproxima da coronel, e puxa a cadeira para Oscar se sentar. Nessa parte, temos uma cena que Charlotte, pede a Oscar que a deixe tocar em sua mão esquerda. No mangá Oscar machuca o ombro esquerdo, já na versão do anime é o ombro direito e essa cena com charlotte não existe.
 
 
 
 

Continuado, Oscar sem entender deixa Charlotte segurar sua mão esquerda, a menina fica feliz, mas, ao mesmo tempo, derrama uma lagrima na mão de Oscar e sai de perto. Descobrimos também que Charlotte  com apenas 11 anos está noiva e esse é o motivo de seu triste fim, mas leiam o mangá.
 

 

Nesse mesmo volume, podemos ver a falta de consideração de Antonieta com seu povo, já que a rainha começa a se ausentar da corte e de seus deveres reais, ela passa a maioria de seu tempo no o Petit Trainon, um palacete localizado  no complexo de Versalhes.  Ela começa  a ser cercada de bajuladores, tem os seus favoritos da nobreza. Ikeda também faz questão de mostrar que Antonieta começa a perder uma grande parte do povo da corte, a partir dai temos o início do ódio pela rainha da frança.




Vamos agora voltar a comentar sobre Antonieta e Fersen. Ele voltou nesse volume, após a guerra de independência dos Estados Unidos, sim, é estranho, porque o páis nem existia nessa época, mas como sabemos Ikeda costura fatos históricos reais com uma fantasia criada por ela. Fersen está noivo, ele conta isso a Oscar que também está apaixonada por ele, e a Coronel fica furiosa, como pode alguém se casar sem amor? Mas Fersen diz que o amor não é o único motivo para alguém se casar. 


Antonieta fica sabendo que seu amado conde sueco está noivo e muito em breve irá se casar com outra mulher e entra em total desespero. A rainha começa a chorar, Oscar fica furiosa, com Fersen por ter contato sobre o casamento para Antonieta. E nessa hora, temos Fersen confessando a Oscar que ama Antonieta, mas não pode dizer isso a ela.

 

 





E na sequência, temos a tão esperada declaração de amor entre Fersen e Antonieta, a cena é maravilhosa, os traços de Ikeda são lindos, e pela primeira vez, a rainha sente a alegria em ter ao seu lado o homem que ama, já que ela casou por razões politicas, sem amor e vive um casamento infeliz ao lado de seu marido Luís XVI. Temos aí o maior destaque do segundo volume de Rosa de Versalhes.

 
Mas nesse volume, também temos Fersen, aconselhando Antonieta a voltar a Versalhes e agir de forma mais responsável com seu povo, afinal ela é agora a rainha. Sabemos que ela não mudará, Antonieta nunca teve responsabilidades, ela só despertar como uma rainha no final da série, próximo ao seu trágico fim.  
 
 
 
  Outra coisa, importante a ser comentada, é mais uma curiosidade mesmo, Ikeda usa Lady Oscar, que é fictícia, para representar uma pessoa real, a Maria Luísa Teresa de Saboia-Carignano, mais conhecida como Princesa de Lamballe, ela foi uma grande amiga e confidente da Rainha Maria Antonieta da França. Ela aparece em Rosa de Versalhes porem pouco, e na história real, assim como Lady Oscar, ela também foi acusada de ser amante de Maria Antonieta.
 

 
 
 
Já falamos da vilã Polinac, agora vamos comentar sobre Jeanne de La Motte.   outra grande vilã da série. Ela é a tradicional vilã orgulhosa, vaidosa, mesquinha, apronta diversas armadilhas para Oscar, mente dizendo que pertence à nobreza, rouba um valiosíssimo colar e responsabiliza Antonieta  e como se não bastasse usa uma mulher sosia da rainha em seus planos maléficos. Ela é inteligente, e mesmo sendo criminosa e acaba sendo vista como uma vítima diante do povo da França.
 
 
Jeanne de La Motte no anime Lady Oscar.




Ikeda apresenta a trama do famoso colar, que anuncia o fim da Rainha Maria Antonieta como rainha da frança. A trama é tão bem escrita que é difícil acreditar que exista fantasia envolvida no meio. Na história real, O Caso do colar de diamantes, foi incidente ocorrido por volta de 1785 na corte de Luís XVI de França, envolvendo involuntariamente a rainha Maria Antonieta e danificando muito a sua reputação às vésperas da Revolução Francesa
 
 

 

Em Rosa de Versalhes, Ikeda mostra que Antonieta, era orgulhosa, tinha dinheiro para pagar o colar, porem ele preferiu levar o caso para um jurgamento publico, o que acabou com a reputação da rainha. Antonieta vai contra o rei, ela pede uma punição para o  cardeal de Rohan. Na história real, o cardeal  foi apaixonado por Antonieta e ela sempre o desprezou.  No fim do julgamento, Rohan acaba absolvido pelo tribunal, o povo fica totalmente contra a rainha Maria Antonieta e Jeanne que sustentou até o final sua versão diante dos olhos do povo tora-se uma pobre vítima. Com isso a rainha Antonieta, perde muito de seus apoiadores, a maioria da nobreza fica contra ela, afinal Antonieta é uma mulher austríaca, e como sabemos, existia um certo descontentamento, com uma mulher austríaca casada com o rei da França.

Maria Antonieta

 

No segundo volume, a vilã Jeannne tem  grande destaque, ela assume o tribunal durante o julgamento, diz ser uma das amantes de Maria Antonieta e ainda acusa Lady Oscar, do mesmo já que Oscar é uma mulher vestida como um homem. É nessa parte, que Oscar assume o papel da amiga de Antonieta,a princesa de Lamballe. A Rainha fica com uma má reputação, sua imagem é suja, por acusações como adultério e roubos e isso foi um dos motivos que levou Antonieta para seu triste fim.



Quase esqueci de comentar, uma de minhas partes favoritas, o vestido de Lady Oscar, que inclusive existe na realidade, ele nasceu, de uma  parceria entre a Ikeda Production e o Bunka Fashion College, histórica escola de moda de Tóquio, sendo realizado por uma equipe de 15 alunos do curso superior de Haute Couture(Alta-costura). As primeiras fases de trabalho tiveram a participação de Riyoko Ikeda pessoalmente, que em várias reuniões com suas indicações permitiu que a equipe planejasse a realização e os métodos de trabalho e interação.  Esse vestido, ficou exposto em diversas exposições, a mais recente, foi a grande exposição comemorativa dos 50 anos da Rosa de Versalhes.

 


 

É nesse volume que temos uma das mais belas sequencias, nossa, Oscar, finalmente cede ao sentimento e pela primeira vez decide usar um vestido digno de uma princesa para dançar com o conde Fersen, por quem está apaixonada. Nas ilustrações do mangá, o vestido aparece em cor de rosa, já na versão do anime é azul. Entretanto, Ikeda, em entrevistas, disse que o vestido da heroína é na realidade, branco, uma cor que simboliza a pureza e virgindade da protagonista.



 

A decisão de Oscar de ir ao baile usando pela primeira vez um belíssimo vestido, para dançar com rapazes (na verdade, apenas o conde Fersen), deixa André um tanto enciumado, já que ele ama Oscar em segredo, e gosta dela como ela é, usando roupas masculinas e seu uniforme militar. Na versão live Action, esse ciumes é ainda maior, ele fica realmente furioso ao ver Oscar em um vestido. Oscar protagoniza um dos momentos mais engraçados da série, ela grita, xinga, sofre com um espartilho que limita seus movimentos e a incomoda, já que Oscar nunca foi criada como uma dama, por isso jamais havia experimentado a dor de um espartilho. Como se isso já não tirasse boas gargalhadas dos leitores, Oscar em uma cena ainda acerta um golpe no cavaleiro negro, mas irei, falar dele mais tarde.

 



Oscar vai ao baile, ela dança com Fersen, porem sofre sua primeira desilusão amorosa.  Nossa heroína acredita que pode conquistar Fersen, a pessoas que ela considera um homem ideal. Fersen não a reconhece, afinal Oscar esconde seu belo corpo debaixo de um uniforme militar. É nesse momento que nossa heroína descobre que Fersen não corresponde seus sentimentos. O jovem conde ama de fato Antonieta e só tem olhos para a rainha. O amor não correspondido, foi um dos motivos, que leva Oscar a deixar a guarda real e começar a viver com suas próprias escolhas.



Nesse volume, também temos duas garotas que admiram até demais Oscar. A primeira é a doce Rosalie e a segunda sua pobre irmanzinha Charlotte, que terá um dos finais mais tristes da série. Já Rosalie, ela descobrirá que sua mãe é, na verdade, uma nobre, chamada Yolande Martine Gabrielle de Polastron, a condessa de Polinac amiga, confidente da Rainha da França, Maria Antonieta. Uma das grandes responsáveis por destruir a reputação de Antonieta. Por tanto, Rosalie é meia irmã mais velha de Charlotte.





 

 Mas não darei spolier de momentos importante, muito menos do final do mangá. Rosa de Versalhes, tem 50 anos, na verdade, completará 51 em maio, sei bem disso, mas respeito os leitores desse blog. O mangá pode ter idade, mas aqui no Brasil, chegou tarde, só foi publicado pela JBC em 2019 e muita gente ainda não leu e o tem em sua lista de leitura. Em minha opinião, isso seria uma falta de consideração com  quem ainda não leu.


O que resta a dizer? Riyoko Ikeda evoluiu muito em seus traços, a partir desse volume  aqui também temos nossos heróis crescendo, deixando a adolescência e partindo para a fase adulta. André, que antes protagonizava momentos cômicos e nem se quer teve muito destaque no primeiro volume, começa a crescer, amadurecer.

Falando nos traços de Ikeda, outro dia um de meus seguidores no Twitter, comentou a mudança dos traços da autora. Sim, isso de fato aconteceu, nos gaideins mais atuais, podemos, ver que  os traços de Ikeda realmente mudaram bastante. Entretando, gosto dos mais atuais, se bem que prefiro seus traços dos anos 1970, por achar mais feminino.


 




Vamos agora, comentar sobre, sobre outro personagem importante que começa a ser introduzido nesse segundo volume, O homem de Versalhes  favorito de Ikeda Gerodelle. Sim, no anime ele aparece logo no primeiro episódio, é o concorreste de Oscar pelo cargo de capitão da guarda real, ela acaba armando uma emboscada para ele, apenas por orgulho, já que ela não tinha interesse no cargo, mas como militar não poderia deixar que parecesse estar com medo de enfrentá-lo. Tudo isso não existe no mangá de Ikeda. 
 

Confesso que existem coisas do anime que eu até prefiro, mas deixarei para comentar em outro post, pois ainda tenho muito o que falar sobre esse volume. Continuando, Ikeda começa a introduzir  seu personagem masculino favorito, Gerodelle, mas nesse volume, temos mesmo apenas uma introdução, ele ganhará mais destaques nós próximos volumes. Gosto desse personagem, porem nem tanto, prefiro André e Fersen, mas ele é o favorito de Ikeda com um papel  importante na série.
 

 
Também, teremos a introdução de um novo personagem, o cavaleiro negro, um dos personagens que eu mais gosto na série, inclusive já fiz um desenho digital com Oscar enfrentando o justiceiro mascarado, deixo logo abaixo.
 
Desenho digital de eminha autoria.

 

Ikeda criou um personagem, baseado em Zorro e Hobin Hood. Sua roupa é quase idêntica ao justiceiro Zorro da Disney, digo isso poque, para quem não conhece, existem duas séries do Zorro, uma delas é da Disney, o zorro de capa e espada e uma bem mais antiga que  conhecida como O Zorro e o Tonto (Tonto é o nome do índio amigo de Zorro nessa série). Enfim, o cavaleiro Negro de Ikeda, é baseado no Zorro que a maioria conhece, ele usa uma roupa preta e sai cavalgando, porem suas ações são idênticas a Robin Hood, ele rouba dos nobres e dá aos pobres. O cavaleiro negro, começa a atacar a nobreza nesse segundo volume, cabe a Oscar persegui-lo e prender o bandido, porem nada vai sair como planejado e Nosso André acabará  ferido em um dos olhos e esse ferimento, causará  grandes problemas ao nosso herói nos próximos volumes.
 

 

 Terminando porque essa resenha vai, ficar tão longa quanto a do primeiro volume, mas tem certas coisas que não dá para deixar de comentar.
 
 
 

Faltou alguma coisa? Sim, Ikeda esquece completamente da visita de José IIele foi o Imperador Romano-Germânico e Arquiduque da Áustria de 1765 até sua morte, além de Rei da Hungria, Croácia e Boêmia a partir de 1780. Era o filho mais velho da imperatriz Maria Teresa, portanto o irmão mais velho da rainha Maria Antonieta. Ikeda simplesmente esqueceu de colocar a visita do irmão de Antonieta em Rosa de Versalhes.   Na história real, José II visitou a França em 1777 para tentar colocar juízo na cabeça de sua irmã Maria Antonieta, ele a aconselha a se comportar melhor. Nessa época, Antonieta, já estava casada há sete anos com Luís XVI, ainda não tinha seu casamento consumado, devido a um problema de saúde de seu marido, o rei da França.
 
 
o irmão mais velho de Maria Antonieta não aparece em Rosa de Versalhes.



Ikeda, descreve o rei Luís XVI  como gordinho, sem muita beleza e tímido. Por outro lado, Antonieta, é bonita, extrovertida, ama festas e a diversão. Ikeda também coloca  Luís XVI   como um rei amado pelo povo da França, enquanto Antonieta esbanja o dinheiro da França, com luxo e extravagancia e com isso acaba tornando-se uma rainha odiada pelo povo.

Na realidade, não foram somente os gastos de Antonieta que a tornaram odiada. Antonieta era austríaca, casada com o rei da frança, isso já é motivo para o povo ter um certo ranço, logo a implicância virou ódio, já que Antonieta, pelo que parece, tinha um amante e não era outro a não ser Fersen. 


 
 
Concluindo a resenha do segundo volume, eu queria escrever muito mais, só que o post ficaria gigante. Temos alguns erros da JBC nesse volume? Sim, mas não diria ser um erro e sim, uma forma informal para ser usado em um mangá com uma história de época. Em uma cena, André diz a Oscar "relaxa" achei estranho. Outra coisa a heroína a aparece em alguns momentos falando "tá",  e em outra cena na taberna Oscar diz O guardei no coração. Enfim,  pequenos errinho na tradução, nada de mais ou que atrapalhe esse belo volume. Mas nada a reclamar, a edição da JBC é maravilhosa.
 
 
Então essa foi a nossa resenha e eu já quase terminei o volume 3 ainda esse final de semana trago o terceiro e quarto volume para resenhar e até a semana que vem, se der tempo já trago o quinto volume.

 
Finalizo, esclarecendo, que esse texto, é de minha autoria, escrito com o auxilio de minha mãe, que assim como meu pai também é fã da Rosa de Versalhes. as fotos são todas do mangá original, edição brasileira da JBC, e algumas são do segundo volume da edição norte-americana que pertencem a   minha coleção pessoal. O desenho de Oscar com o Cavaleiro Negro, também foi feito por mim. Pode conter semelhanças com outras resenhas, por se tratar da mesma obra e mesmo volume.
 Se aparecer uma pessoa dizendo que peguei a essa resenha de seu site pessoal, é mentira! O texto foi escrito por mim, deu trabalho e  tenho como provar. Resenha de mangá pode ser feita por qualquer, pessoas e os direitos autorais pertencem a Riyoko Ikeda e as editoras que o publicam.




Espero que tenham gostado!

Um bom final de semana amigos da Lady Oscar.


lady oscar identitàady Oscar diz... Obrigada por sua visita! Volte sempre que quiser!





 


















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