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quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Adeus Maria Antonieta: O Último Dia da Última Rainha da França e Sua Ligação com o Clássico "A Rosa de Versalhes"



Olá, queridos amigos da Lady Oscar, Sejam Bem Vindos!

 


m 16 de outubro de 1793, Maria Antonieta, a última rainha da França, enfrentou seu destino trágico. No auge do Período do Terror da Revolução Francesa, sua execução na guilhotina marcou o fim de uma era. A rainha, que tinha 37 anos, foi condenada à morte após um julgamento politicamente motivado, com a sentença proferida na madrugada daquele dia. Este evento histórico, que foi magistralmente retratado no clássico mangá A Rosa de Versalhes (ベルサイユのばら), de Riyoko Ikeda, nos permite revisitar os últimos e dramáticos momentos da rainha da França..

 
 

As Últimas Horas: Dignidade na Adversidade

Após a condenação, Maria Antonieta foi preparada para a execução na Conciergerie. Rosalie Lamorlière, sua última serva na prisão, testemunhou sua resignação e dignidade. O carrasco, Charles-Henri Sanson, cortou seus longos cabelos para que a guilhotina agisse sem impedimentos. Contudo, a crença de que os cabelos foram queimados para evitar que se tornassem relíquias é uma lenda, não um fato histórico comprovado. Suas mãos foram atadas atrás das costas, e ela vestiu uma simples roupa branca, contrastando com o luxo de Versalhes..



A rainha recusou os serviços de um padre constitucional, mantendo sua fidelidade à Igreja de Roma, e foi transportada em uma carroça aberta (não em uma carruagem) em direção à Praça da Revolução (hoje Place de la Concorde), uma medida deliberada para expor sua humilhação à população.

A Marcha para o Cadafalso

A jornada para a praça foi marcada por insultos e hostilidade. Milhares de soldados faziam um cordão de segurança para conter a fúria popular, enquanto gritos de ódio ecoavam pelas ruas, refletindo a intensa impopularidade que a cercava. Mesmo assim, a rainha manteve uma notável compostura..



Ao meio-dia, a carroça chegou ao seu destino. Maria Antonieta subiu os degraus do cadafalso com firmeza. Foi nesse momento que, ao tropeçar, teria pisado acidentalmente no pé de Sanson. Embora a lenda popular diga que ela murmurou um pedido de desculpas, a autenticidade dessa frase é contestada por historiadores, que sugerem que a rainha permaneceu em silêncio ou não há relatos confiáveis..




Às 12h15, o carrasco puxou a corda, e a lâmina da guilhotina caiu. Em segundos, a vida de Maria Antonieta foi ceifada. Sanson ergueu sua cabeça para a multidão, que celebrou com gritos de "Viva a República!", festejando a morte da última rainha do Antigo Regime.



Após a execução, Maria Antonieta foi sepultada em uma vala no Cemitério de Madeleine, onde seu corpo foi coberto com cal. Em 1815, com a restauração da monarquia, seus restos mortais e os de Luís XVI foram exumados e transferidos para a Abadia de Saint-Denis, onde encontraram o descanso final.

A obra de Riyoko Ikeda, A Rosa de Versalhes, capturou o drama histórico e romântico da vida da rainha. A autora foi inspirada pela biografia de Zweig e pela história da última serva da rainha, Rosalie Lamorlière, que aparece no mangá e no anime. A dedicação de Ikeda à pesquisa histórica transformou a obra, elevando-a à categoria de romance literário e influenciando um grande interesse pela cultura francesa no Japão.

Apesar das liberdades artísticas, a obra de Ikeda retrata os momentos finais da rainha com grande emoção, com belíssimos traços que marcaram a história do mangá.


 A ultima serva de Maria Antonieta:

 

Rosalie Lamorlière era uma empregada doméstica francesa que se tornou uma figura histórica notável por ter sido a última serva de Maria Antonieta. Enquanto a ex-rainha estava presa na Conciergerie, aguardando seu julgamento e execução, Rosalie desempenhou um papel crucial no dia a dia da prisioneira. Suas memórias e depoimentos foram de grande importância para historiadores que buscaram entender os últimos dias da monarca.

A autora Riyoko Ikeda se inspirou na história de Rosalie para criar a personagem de mesmo nome no mangá A Rosa de Versalhes. Na obra, a personagem Rosalie é a protegida de Oscar e também aparece tanto no mangá quanto no anime cuidando de Maria Antonieta até o seu último dia de vida. É importante notar a diferença entre a Rosalie histórica e a Rosalie da ficção. A personagem de Ikeda é mais romantizada e possui uma história de vida e um desenvolvimento de personagem que se alinham com a narrativa dramática do mangá. No entanto, a inspiração na figura real da serva que esteve ao lado da rainha em seus momentos mais difíceis adiciona um toque de realismo e emoção à obra, reforçando a conexão entre a história e a ficção.



Maria Antonieta em "A Rosa de Versalhes": A Romantização de um Fim Trágico:


Em A Rosa de Versalhes, Maria Antonieta é retratada desde sua chegada à França como uma jovem princesa austríaca até seu trágico fim na guilhotina aos 37 anos. A obra de Riyoko Ikeda se tornou um clássico do mangá por sua capacidade de mesclar fatos históricos com uma narrativa dramática e emocional, cativando leitores por décadas. 

O final do mangá: Uma conclusão sob pressão?


Apesar de seu sucesso estrondoso, o mangá teve um final que não foi totalmente como a autora desejava. A morte da personagem Oscar, que havia se tornado extremamente popular, fez com que as vendas da revista Margaret caíssem abruptamente. A reação dos leitores foi tão intensa que levou os editores a pedirem que Ikeda concluísse a obra, mesmo que ela quisesse continuar a história. Apesar da pressão, a qualidade da obra não diminuiu, e os momentos finais de Maria Antonieta foram desenhados com a maestria característica de Ikeda, transmitindo grande emoção aos leitores.
 

Manga vs. Anime: O final do romance


Uma das diferenças mais notáveis entre as versões em mangá e anime é o final. No mangá, a história se encerra com a morte de Maria Antonieta, e o foco recai sobre a lembrança de seu grande amor pelo conde sueco Hans Axel de Fersen. O epílogo mais estendido, que é visto na animação, não existe no mangá original, oferecendo uma conclusão um tanto desnecessária.

A Arte e a Emoção de Riyoko Ikeda


Os traços impecáveis de Riyoko Ikeda conseguem transmitir a complexidade dos personagens e a emoção dos momentos mais dramáticos da trama. A artista conduziu os leitores por toda a jornada da rainha, desde suas primeiras visitas a Paris e os momentos de felicidade na juventude, até o desfecho doloroso. Ao retratar Maria Antonieta em seu destino trágico, Ikeda eternizou a história de uma das figuras mais marcantes da história francesa, conquistando o coração de milhões de leitores e reforçando a influência da obra no interesse pela cultura francesa no Japão.












Já a  capa da Margaret, onde foi publicado o ultimo capitulo de Rosa de Versalhes, nada tem a ver com O ultimo capitulo da Rosa de Versalhes, isso porque a revista saiu em dezembro, os editores fizeram uma capa com tema natalino, infelizmente, poderia ter pelo menos Maria Antonieta em algum canto já que o final da série marca sua execução. Deixo a capa logo abaixo:



Decepção no final de A Rosa de Versalhes 2025




Como fã de longa data de A Rosa de Versalhes, minha expectativa para a nova animação de 2025 era altíssima. Infelizmente, o filme não correspondeu às minhas esperanças, especialmente no que diz respeito ao seu final. Terminar a história na queda da Bastilha e com a morte de Oscar, ignorando por completo o desfecho de Maria Antonieta e Hans Axel de Fersen, me soou como uma grande omissão.
A decisão é particularmente frustrante, já que a publicidade sugeria uma adaptação mais fiel ao mangá. A história de Maria Antonieta, seu julgamento e execução, são elementos cruciais para a densidade e o impacto emocional da obra original. Sem essa parte da trama, o filme parece incompleto.
Não há como negar que a versão animada de 1979, apesar das diferenças em relação ao mangá, me agrada mais. Sua abordagem mais abrangente e a forma como ela desenvolve e conclui a história de todos os seus personagens principais, mesmo com suas liberdades criativas, resulta em uma experiência mais satisfatória. O novo filme, por sua vez, parece ter escolhido um caminho mais seguro, mas que, na minha opinião, comprometeu a força da narrativa..



 Finalizo o post do aniversário da Morte de Maria Antonieta, com algumas imagens e vídeos relacionados:






Assim, encerro esta homenagem a Maria Antonieta, uma personagem central não apenas para a história da França, mas também para o universo de A Rosa de Versalhes. Em um dia como este, recordar o seu trágico destino é uma forma de honrar a complexidade e a profundidade que Riyoko Ikeda trouxe para a sua obra. Para nós, fãs de Lady Oscar, Antonieta é uma peça fundamental na teia de intrigas e amores que nos fascina.
Espero que tenham gostado!
 




ady Oscar diz... Obrigada por sua visita! Volte sempre que quiser.

 


 

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