Olá, queridos amigos da Lady Oscar, sejam Bem Vindos!
Hoje, participei de uma discussão sobre André Grandier, o par romântico de Lady Oscar, em Rosa de Versalhes, novamente sobre como Riyoko Ikeda tentou criar o estereótipo de homem ideal. A conversa iniciou-se quando uma garota me enviou uma mensagem dizendo que nos meus posts. Eu sempre citava André como o mocinho perfeito, e que eu não gostava de Girodelle, por esse personagem ter humilhado André, em uma determinada parte do mangá. Ela também citou que eu não enxergo erros nos personagens, erros esses visÃveis no mangá e no anime, como, por exemplo, sua obsessão por Oscar até o ponto de tentar envenená-la. Pois bem, como estamos próximo ao aniversário de André, resolvi então abrir esse post, na tentativa, de trazer essa conversa para cá, pois o personagem é muito querido não só por mim, mas também por uma grande parte de fãs da Rosa de Versalhes, aliás, ele é o segundo personagem mais amado e mais importantes, pelos seus feitos, na obra máxima de Riyoko Ikeda, então hoje falaremos sobre ele, ser ou não, a figura, do homem ideal. ❤️
![]() |
| Noite de amor de Oscar e André cena do filme animado Rosa de Versalhes 2025. |
Primeiramente, deixo registrado aqui, minha admiração por
André Grandier, sim, eu gosto muito desse personagem, é meu segundo personagem
favorito, já que Oscar ocupa o primeiro lugar em meu coração como minha
favorita. Mas enfim, não só eu amo o André, a maioria das meninas (público Alvo
da Rosa de Versalhes) também o admira e já sonharam, sim, em encontrar um
companheiro exatamente como André. Portanto, em resposta à minha leitora, não
sou eu, quem o esteriotipa como homem ideal! Ikeda fez, sim, um personagem,
sendo simplesmente o protetor de shoujo mangá, ao mesmo tempo, um homem frágil,
gentil e apaixonado, disposto a sacrificar tudo, por um amor que inicialmente
não era nem correspondido. André é aquela figura masculina, que sempre apoia
sua companheira e nunca a julga, aceita a moça do jeito que ela é, com suas
qualidades e defeitos, sempre pronto para agir em sua defesa. Visivelmente, a
intenção de Ikeda foi quebrar esteriótipos de uma menina delicada, bobinha,
salva pelo par romântico, já que isso era algo bem comum. Ikeda criou uma
mulher mais forte que seu companheiro, e era bem essa sua intenção, conforme
ela mesmo disse, em uma entrevista que traduzi. Ela queria uma mulher mais
forte que o homem. Oscar definitivamente não é uma princesa que precisa de
proteção, ela é uma guerreira que pode muito bem se defender sozinha, enquanto
André é um homem gentil e apaixonado, que a segue como sua sombra.
CaracterÃsticas essas que encantaram as leitoras, que o consideraram um modelo
de homem ideal! Ou seja, não fui eu que o rotulei de homem perfeito.
Anos e anos, antes desse blog existir, já que o mesmo completou 4 anos, já existiam muitas meninas que, assim como eu, amavam André grandier. E quem o considerava a figura do homem perfeito foram as próprias leitoras da Rosa de Versalhes, nos anos 1970, ou seja, nem nascida eu era, já que nasci no inÃcio dos anos 2000. Portanto, anos antes de eu vir ao mundo, André já era o sonho das meninas, de namorado ou marido. Muitas queriam, sim, encontrar um companheiro à altura de André, ou seja, um homem gentil, apaixonado, que apoia sua companheira, mas a deixa livre para tomar suas próprias decisões.
E o motivo, é simples, nos anos 1970, quando Rosa de Versalhes era serializada, existia, uma grande desigualdade de gênero no Japão, Meninas eram, sim, mais submissas, vistas por todos como donas de casa, elas tinham que arrumar um marido, ter filhos e cuidas da casa em tempo integral, em quanto os homens teriam de sair para trabalhar. Mulheres que precisavam trabalhar fora deveriam solicitar permissões aos seus maridos, algo que, para mim, é inaceitável!
AÃ vem o motivo pelo qual Ikeda criou Oscar, uma mulher
livre. Ela não precisa seguir a vida das moças da corte, ao ser criada como um
homem, sendo assim, ela desfruta de toda a liberdade, algo que naquela época só
era permitido aos homens. Portanto, é uma mulher, não perdeu sua feminilidade,
porem, livre para seguir seu caminho, escolher seu destino, e fazer o trabalho
de um homem, pois naquela época somente homens poderiam suceder o pai em
serviços militares, não havia mulheres na guarda real e muito menos no
exército, motivos esses que Oscar também sofre com o machismo de sua tropa na
guarda francesa. Homens, não queriam aceitar ordens de uma mulher! Eis o motivo
do sucesso, estrondoso, de Rosa de Versalhes, “Oscar”. Sim, Oscar foi o que
encantou as meninas e fez toda a fama da série de Ikeda, pois uma história
sobre Maria Antonieta, sem Oscar, não funcionaria! Tanto que, após a saÃda da
heroÃna do mangá, Ikeda foi obrigada a finalizar a série em 10 dias, pois já
não havia mais o mesmo interesse.
E onde entra André nessa história? Bem, em quanto Oscar era toda empoeirada e servia de espelho para essas meninas, que desejavam se ver livres, dada a desigualdade de gêneros, André era a figura de um homem, oposto do convencional. André, não é o machão, estilo Gaston da Bela e a Fera. André era delicado, sensÃvel, apaixonado, e o protetor da Oscar. Ele não desejava modificar seu temperamento, ele aceitava Oscar, como ela era, porém, sempre zelando por sua proteção, mesmo que ela pudesse se proteger.
Eu sempre digo que, para mim, O André é o freio da Oscar, em
muitos momentos ele está lá para esse papel, impedir que ela cometa algum erro
que possa lhe custar a vida. Meio que ele é a figura do homem protetor, mas que
não discuti com a companheira, apoia suas escolhas, mas está lá para protegê-la
caso ela venha precisar. Portanto, as leitoras, na época, o consideraram um
homem perfeito e desejavam um companheiro igual André, então não sou eu quem o
considera um perfeito personagem sem erros.
E não odeio Gerodelle, nem sei de onde essa pessoa tirou isso! Gosto do personagem, mas não gosto de um momento especÃfico do mangá onde simplesmente humilha André, por ser um plebeu. Esse momento ficou de fora das versões animadas, não sei por qual motivo, mas existe no mangá, peguem, leiam e verão que não estou mentindo! As humilhações que André sofre durante a série, quando outros personagens, fazem questão de lembrá-lo que ele é inferior a Oscar, e todo seu sofrimento, desde um amor não correspondido até sua cegueira, também, fizeram as leitoras se encantarem com ele, talvez por pena, já que ele é o personagem que mais sofre. Então, o amor por André, não vem só de mim e sim de diversas leitoras ao longo dos anos.
Mas, quanto a mim? Muitos me perguntam se considero André
perfeito. André é, não, o sonho do marido ideal, o homem perfeito? Bem, não o
considero perfeito! Amo André, é um personagem que admiro, é um de meus
favoritos, mas não o considero uma perfeição, muito pelo contrário, acho que
ele tem, sim, um amor um tanto objetivo por Oscar, que é verdadeiro, ele de
fato a ama, mas é obcecado, ao ponto de se descontrolar em diversos momentos do
mangá e anime. Abaixo citarei alguns momentos em que não gostei de André.
Pois bem, a meu ver, Ikeda não fez André ser tão perfeito assim! Em Rosa de Versalhes, ele é um menino órfão de pais, seu único parente vivo é sua avó, que trabalha como babá de Oscar na mansão dos Jarjayes. Ele cresce com Oscar, muitas vezes pratica suas habilidades com a garota, já que ele é seu companheiro e (tecnicamente) servo, e quase sempre termina derrotado pela mocinha. André e Oscar passam a maioria de seu tempo, juntos, em uma harmoniosa amizade; mas ele está apaixonado por ela, porém sabe qual é sua posição e entende que nunca será considerado um partido para Oscar. Entretanto, perto do fim da história, esta desabrochou em amor mútuo, para a glória das leitoras.
Mas até Oscar corresponder os sentimentos de André, o rapaz sofre, sim, por um amor não correspondido e isso faz com que ele tenha, sim, comportamentos excêntricos! Em especial, temos uma das cenas mais impactantes da série de Ikeda, O pai de Oscar, que a criou como um menino, deu a ela um treinamento militar, tratava a filha como filho e lhe deu uma vida com total liberdade de um rapaz, do nada o velho general, coloca na cabeça que Oscar deve se casar em breve e lhe arranja um noivo Gerodelle, por ser um homem nobre. Por que ele queria casar Oscar? Simples, ele queria que Oscar lhe desse um herdeiro para dar continuidade a tradição militar da famÃlia. Nessas alturas da história, Oscar, já ama André, mas um plebeu não poderia noivar uma moça nobre. E tudo isso mexe muito com a cabeça de André ao ponto de pensar, em envenenar duas taças de vinho. Essa cena do vinho envenenado, não existe no anime e nem no live action, espero vê-la no novo filme comemorativo da Rosa de Versalhes, ainda em produção, mas acho difÃcil.
Não gosto, nada, da tentativa de André de envenenar Oscar! Sim, ele tentou envenenar o Oscar, soa um pouco como “Romeu e Julieta” para mim, se duas pessoas que se amam não podem estar juntos na vida, eles podem estar juntos na eternidade. Essa foi a intenção de Ikeda com toda certeza ao criar a cena do vinho. Não acho engraçado, não é uma cena que tenho prazer de ver, ainda que reconheça sua importância no Takarazuka, pois essa cena é, sim, valorizada e esteve em todas as adaptações musicais no teatro feminino japonês. Ela também existe na nova adaptação animada do estúdio Mappa, A Rosa de Versalhes, o filme 2025, atualmente no catálogo da Netflix, mas é uma cena que odeio.
André e jurou dar a vida por ela. E agora ele queria envenená-la não, Ikeda não ousou ir tão longe no comportamento Excêntrico de André. Quando a taça foi quebrada e o vinho envenenado espalhado ao chão, ele teve uma crise de choro, que quase nos fez chorar também. Mas de modo algum é uma cena bonita.
.
![]() |
| briga de Oscar e André termina com um beijo roubado. |



.jpg)

.png)


.png)







.jpg)















Nenhum comentário:
Postar um comentário
Lady Oscar diz..
Olá,meus queridos amigos, Obrigada por sua visita.
Comentários são Bem vindos! 🌹
Atenção:
1. Comentários anônimos não são aceitos.
2. A curta experiência com os anônimos deu alguns problemas.
3. Peço desculpas aos bem intencionados.
2. Todos os comentários são moderados.
3. A responsável pelo blog Lady Oscar se permite o direito de aprova-los, ou, não.
4. Agradeço a compreensão e o comentário.