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segunda-feira, 18 de agosto de 2025

André Grandier ainda encanta as meninas: Riyoko Ikeda tentou criar o estereótipo de homem ideal? Os piores momentos de André em Rosa de Versalhes.

 

Olá, queridos amigos da Lady Oscar, sejam Bem Vindos!


Hoje, participei de uma discussão sobre André Grandier, o par romântico de Lady Oscar, em Rosa de Versalhes, novamente sobre como Riyoko Ikeda tentou criar o estereótipo de homem ideal. A conversa iniciou-se quando uma garota me enviou uma mensagem dizendo que nos meus posts. Eu sempre citava André como o mocinho perfeito, e que eu não gostava de Girodelle, por esse personagem ter humilhado André, em uma determinada parte do mangá. Ela também citou que eu não enxergo erros nos personagens, erros esses visíveis no mangá e no anime, como, por exemplo, sua obsessão por Oscar até o ponto de tentar envenená-la. Pois bem, como estamos próximo ao aniversário de André, resolvi então abrir esse post, na tentativa, de trazer essa conversa para cá, pois o personagem é muito querido não só por mim, mas também por uma grande parte de fãs da Rosa de Versalhes, aliás, ele é o segundo personagem mais amado e mais importantes, pelos seus feitos, na obra máxima de Riyoko Ikeda, então hoje falaremos sobre ele, ser ou não, a figura, do homem ideal. ❤️

 
Noite de amor de Oscar e André cena do filme animado Rosa de Versalhes 2025.

 

Primeiramente, deixo registrado aqui, minha admiração por André Grandier, sim, eu gosto muito desse personagem, é meu segundo personagem favorito, já que Oscar ocupa o primeiro lugar em meu coração como minha favorita. Mas enfim, não só eu amo o André, a maioria das meninas (público Alvo da Rosa de Versalhes) também o admira e já sonharam, sim, em encontrar um companheiro exatamente como André. Portanto, em resposta à minha leitora, não sou eu, quem o esteriotipa como homem ideal! Ikeda fez, sim, um personagem, sendo simplesmente o protetor de shoujo mangá, ao mesmo tempo, um homem frágil, gentil e apaixonado, disposto a sacrificar tudo, por um amor que inicialmente não era nem correspondido. André é aquela figura masculina, que sempre apoia sua companheira e nunca a julga, aceita a moça do jeito que ela é, com suas qualidades e defeitos, sempre pronto para agir em sua defesa. Visivelmente, a intenção de Ikeda foi quebrar esteriótipos de uma menina delicada, bobinha, salva pelo par romântico, já que isso era algo bem comum. Ikeda criou uma mulher mais forte que seu companheiro, e era bem essa sua intenção, conforme ela mesmo disse, em uma entrevista que traduzi. Ela queria uma mulher mais forte que o homem. Oscar definitivamente não é uma princesa que precisa de proteção, ela é uma guerreira que pode muito bem se defender sozinha, enquanto André é um homem gentil e apaixonado, que a segue como sua sombra. Características essas que encantaram as leitoras, que o consideraram um modelo de homem ideal! Ou seja, não fui eu que o rotulei de homem perfeito.



Anos e anos, antes desse blog existir, já que o mesmo completou 4 anos, já existiam muitas meninas que, assim como eu, amavam André grandier. E quem o considerava a figura do homem perfeito foram as próprias leitoras da Rosa de Versalhes, nos anos 1970, ou seja, nem nascida eu era, já que nasci no início dos anos 2000. Portanto, anos antes de eu vir ao mundo, André já era o sonho das meninas, de namorado ou marido. Muitas queriam, sim, encontrar um companheiro à altura de André, ou seja, um homem gentil, apaixonado, que apoia sua companheira, mas a deixa livre para tomar suas próprias decisões.


 

E o motivo, é simples, nos anos 1970, quando Rosa de Versalhes era serializada, existia, uma grande desigualdade de gênero no Japão, Meninas eram, sim, mais submissas, vistas por todos como donas de casa, elas tinham que arrumar um marido, ter filhos e cuidas da casa em tempo integral, em quanto os homens teriam de sair para trabalhar. Mulheres que precisavam trabalhar fora deveriam solicitar permissões aos seus maridos, algo que, para mim, é inaceitável! 


 

 

Aí vem o motivo pelo qual Ikeda criou Oscar, uma mulher livre. Ela não precisa seguir a vida das moças da corte, ao ser criada como um homem, sendo assim, ela desfruta de toda a liberdade, algo que naquela época só era permitido aos homens. Portanto, é uma mulher, não perdeu sua feminilidade, porem, livre para seguir seu caminho, escolher seu destino, e fazer o trabalho de um homem, pois naquela época somente homens poderiam suceder o pai em serviços militares, não havia mulheres na guarda real e muito menos no exército, motivos esses que Oscar também sofre com o machismo de sua tropa na guarda francesa. Homens, não queriam aceitar ordens de uma mulher! Eis o motivo do sucesso, estrondoso, de Rosa de Versalhes, “Oscar”. Sim, Oscar foi o que encantou as meninas e fez toda a fama da série de Ikeda, pois uma história sobre Maria Antonieta, sem Oscar, não funcionaria! Tanto que, após a saída da heroína do mangá, Ikeda foi obrigada a finalizar a série em 10 dias, pois já não havia mais o mesmo interesse.

E onde entra André nessa história? Bem, em quanto Oscar era toda empoeirada e servia de espelho para essas meninas, que desejavam se ver livres, dada a desigualdade de gêneros, André era a figura de um homem, oposto do convencional. André, não é o machão, estilo Gaston da Bela e a Fera. André era delicado, sensível, apaixonado, e o protetor da Oscar.  Ele não desejava modificar seu temperamento, ele aceitava Oscar, como ela era, porém, sempre zelando por sua proteção, mesmo que ela pudesse se proteger.


 

 

Eu sempre digo que, para mim, O André é o freio da Oscar, em muitos momentos ele está lá para esse papel, impedir que ela cometa algum erro que possa lhe custar a vida. Meio que ele é a figura do homem protetor, mas que não discuti com a companheira, apoia suas escolhas, mas está lá para protegê-la caso ela venha precisar. Portanto, as leitoras, na época, o consideraram um homem perfeito e desejavam um companheiro igual André, então não sou eu quem o considera um perfeito personagem sem erros..


 

 

E não odeio Gerodelle, nem sei de onde essa pessoa tirou isso! Gosto do personagem, mas não gosto de um momento específico do mangá onde simplesmente humilha André, por ser um plebeu. Esse momento ficou de fora das versões animadas, não sei por qual motivo, mas existe no mangá, peguem, leiam e verão que não estou mentindo! As humilhações que André sofre durante a série, quando outros personagens, fazem questão de lembrá-lo que ele é inferior a Oscar, e todo seu sofrimento, desde um amor não correspondido até sua cegueira, também, fizeram as leitoras se encantarem com ele, talvez por pena, já que ele é o personagem que mais sofre. Então, o amor por André, não vem só de mim e sim de diversas leitoras ao longo dos anos.

 

Mas, quanto a mim? Muitos me perguntam se considero André perfeito. André é, não, o sonho do marido ideal, o homem perfeito? Bem, não o considero perfeito! Amo André, é um personagem que admiro, é um de meus favoritos, mas não o considero uma perfeição, muito pelo contrário, acho que ele tem, sim, um amor um tanto objetivo por Oscar, que é verdadeiro, ele de fato a ama, mas é obcecado, ao ponto de se descontrolar em diversos momentos do mangá e anime. Abaixo citarei alguns momentos em que não gostei de André.



Pois bem, a meu ver, Ikeda não fez André ser tão perfeito assim! Em Rosa de Versalhes, ele é um menino órfão de pais, seu único parente vivo é sua avó, que trabalha como babá de Oscar na mansão dos Jarjayes. Ele cresce com Oscar, muitas vezes pratica suas habilidades com a garota, já que ele é seu companheiro e (tecnicamente) servo, e quase sempre termina derrotado pela mocinha. André e Oscar passam a maioria de seu tempo, juntos, em uma harmoniosa amizade; mas ele está apaixonado por ela, porém sabe qual é sua posição e entende que nunca será considerado um partido para Oscar. Entretanto, perto do fim da história, esta desabrochou em amor mútuo, para a glória das leitoras.



Mas até Oscar corresponder os sentimentos de André, o rapaz sofre, sim, por um amor não correspondido e isso faz com que ele tenha, sim, comportamentos excêntricos! Em especial, temos uma das cenas mais impactantes da série de Ikeda, O pai de Oscar, que a criou como um menino, deu a ela um treinamento militar, tratava a filha como filho e lhe deu uma vida com total liberdade de um rapaz, do nada o velho general, coloca na cabeça que Oscar deve se casar em breve e lhe arranja um noivo Gerodelle, por ser um homem nobre. Por que ele queria casar Oscar? Simples, ele queria que Oscar lhe desse um herdeiro para dar continuidade a tradição militar da família. Nessas alturas da história, Oscar, já ama André, mas um plebeu não poderia noivar uma moça nobre. E tudo isso mexe muito com a cabeça de André ao ponto de pensar, em envenenar duas taças de vinho. Essa cena do vinho envenenado, não existe no anime e nem no live action, espero vê-la no novo filme comemorativo da Rosa de Versalhes, ainda em produção, mas acho difícil.





Não gosto, nada, da tentativa de André de envenenar Oscar! Sim, ele tentou envenenar o Oscar, soa um pouco como “Romeu e Julieta” para mim, se duas pessoas que se amam não podem estar juntos na vida, eles podem estar juntos na eternidade. Essa foi a intenção de Ikeda com toda certeza ao criar a cena do vinho. Não acho engraçado, não é uma cena que tenho prazer de ver, ainda que reconheça sua importância no Takarazuka, pois essa cena é, sim, valorizada e esteve em todas as adaptações musicais no teatro feminino japonês. Ela também existe na nova adaptação animada do estúdio Mappa, A Rosa de Versalhes, o filme 2025, atualmente no catálogo da Netflix, mas é uma cena que odeio.







Mas André volta a si, percebe que está errado, impede Oscar de beber o vinho. Ele lembra do quanto a ama e isso não seria demonstração amor. André não faria isso, ele estava perturbado, com a ideia de ver Oscar casada com outro homem, mas seria incapaz e acabar com a mulher que sempre amou.
 


André e jurou dar a vida por ela. E agora ele queria envenená-la não, Ikeda não ousou ir tão longe no comportamento Excêntrico de André. Quando a taça foi quebrada e o vinho envenenado espalhado ao chão, ele teve uma crise de choro, que quase nos fez chorar também. Mas de modo algum é uma cena bonita.

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briga de Oscar e André termina com um beijo roubado.

Outra cena que não gosto é quando ele confessou seu amor a Oscar? Ele tem um comportamento bem excêntrico, beija Oscar contra sua vontade, acaba rasgando a mangá sua camisa, já que ela tenta afastá-lo. Mas foi somente isso. Ikeda não ousou ir tão longe, já que Rosa de Versalhes é um Shoujo, ou seja, tinha meninas ainda crianças lendo. Mas, a impressão que dá no mangá é que André está prestes a comentar algo bem mais violento com Oscar, só que fica somente na interpretação dos leitores. Sim, André se arrepende, para na mesma hora pedir desculpas, mas tudo já tinha acontecido, um espelho quebrado não pode mais ser consertado.
 
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André  e Oscar discutem.

Há outra cena em que André demonstra um comportamento digamos excêntrico, porém heroico, acontece quando André enfrenta o general Jarjayes, pai de Oscar, para salvar sua amada da punição severa do general e nisso ele ameaça o próprio patrão. Tudo ocorre, no quarto volume de Rosa de Versalhes, no momento que está acontecendo o juramento do jogo da Pela (em francês: Serment du jeu de paume) O juramento da quadra de tênis, um fato histórico, considerado o marco inicial da Revolução Francesa, realizado em 20 de junho de 1789 pelos membros do terceiro estado, que decidiram permanecer reunidos até formarem uma Constituição para a França. Nessa cena, o superior de Lady Oscar, o General Buiet, inimigo do general jarjayes (pai de Oscar), ordena a nossa comandante que retire do prédio todos os representantes do terceiro estado e dispare fogo contra os deputados. Oscar, com um enorme senso de justiça, se recura a aceitar as ordens de seu superior já que o dever dela é proteger o local e não atirar nas pessoas, seu superior que já não se entende com o pai da Comandante, a prende por desacato e isso revolta seus soldados e alguns deles terminam sendo condenados a morte. Oscar vai, presa, e temos mais um momento de André em ação. Ele ajuda Oscar a fugir da prisão, mas a heroína precisa impedir que Gerodelle que ficou em seu lugar como comandante da guarda francesa, obedece às ordens que ela se recusou. Bem, resumindo, Oscar chega ao local e pergunta se o atual Comandante Gerodelle teria coragem de erguer sua espada contra ela e Gerodelle, mas como sabemos, em Rosa de Versalhes, quase todos os rapazes se apaixonam por Oscar, e claro que Gerodelle que a ama, não a machucaria. Ele declara a ela e ainda diz que preferiria acabar morto na guilhotina a Derramar o sangue de Lady Oscar. Agora vamos ao momento excêntrico de André, que ficou de fora do artigo, que inspirou o post.


Após impedir que o novo comandante da guarda francesa, Gerodelle disparasse contra os deputados, Oscar precisa lidar com a fúria de seu pai, claro que ele não a polpa de ofensas. O general Jarjayes está furioso por Oscar recusar uma ordem direta de seu superior, ele diz coisas terríveis, chega a dizer que Oscar envergonhou o nome da família Jarjayes e chega a dizer que prefere a morte da própria filha, que agora é uma traidora. Mais uma vez, André aparece em cena, protege Oscar, ameaça seu patrão e acaba humilhado pelo General. O pai de Oscar lembra o rapaz de sua inferioridade e diz que nunca poderia casar com Oscar, pelo fato de que existe uma enorme diferença de classe social entre os dois. Entretanto, o general tem consciência de que um não vive sem outro, porém não quer aceitar. E nessa cena, André ameaça o General Jarjayes, conforme a imagem abaixo. Sim, foi em defesa de Oscar e tal, mas vamos combinar, o que é um tanto ruim, ameaçar o pai de sua namorada, sendo ele seu patrão. Não pegou muito bem para André.


 
 
Outro momento de total descontrole, André fica nervoso ao saber que Oscar pode em breve se casar, com girosdelle, em um casamento arranjado por seu pai, sai correndo do quartel, atira para cima e em seguida se atira no gramado em prantos. No momento de raiva e desespero, nosso herói arranca um punhado de grama com as mãos e chora sem parar. Eu não gosto desses momentos de André, embora algumas pessoas consideram fofo pois demonstra seu amor por Oscar.
 





Agora, definitivamente, eu detesto André no Live action Lady Oscar de 1979. Embora ame essa adaptação, contrariando a maioria dos fãs que não suportam o filme, eu de fato amo esse filme, dou boas risadas com ele, mas não gosto desse André. Esqueçam o André, bonzinho, gentil e apaixonado do mangá e anime. Aqui, temos uma versão do personagem, que, embora ame Oscar, faz questão de lembrá-la de que ela é uma mulher, por isso não consegue fazer o papel de um homem. Fora que ele é mais grosseiro e o filme não valorizou muito o amor entre eles, as cenas românticas são mínimas. Definitivamente, eis uma versão horrível de André Grandier..



 André no novo filme animado? Bem, digamos que tentaram fazer o André o mais próximo possível do personagem de Ikeda, mas devo pontuar que teve momentos com esse personagem, que não gostei! Mas aí, foge um pouco do post, pois não é André, em si, que me incomodou, e sim alguns momentos envolvendo o herói de que não gostei da adaptação. Primeiro, que o filme é bonito, os cenários são perfeitos, amei os brilhos nos olhos das personagens, porém temos um roteiro muito apressado e superficial.  André aqui segue o mangá, porém perde a visão em uma briga de rua, ao tentar proteger Oscar, o que não gostei desde o primeiro trailer. A cena do vinho esteve presente, porém, não gostei de André na cena da noite de amor. Por quê? Gente, quem leu o mangá sabe bem o quanto André se mostrou romântico e apaixonado, e nessa versão, não senti o mesmo romantismo da parte dele.  Como eu disse, o problema citado aqui não é o personagem em si, e sim a adaptação que modificou certas coisas. Sem negar que não gostei da morte de André nesse filme, embora tenha seguido mais o mangá, foi violenta demais, cheia de sangue e não senti todo o drama do mangá. O fim do personagem no anime de 1979, não foi tão sanguinolento, mas me emocionou muito, mais.

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Mas falando algo que, definitivamente, não me agrada em Rosa de Versalhes, é que, após as mortes dos protagonistas, eles nem se quer são mais lembrados! Ikeda podia, sim, ter mostrado alguns momentos do casal no céu, como fazem algumas versões da Takarazuka, onde ambos se encontram e é possível ver que estão juntos e felizes. Talvez se Ikeda tivesse explorado mais a vida no outro plano de Oscar e André, ou seja, a vida após a morte do casal, dessa forma o final do mangá seria até melhor, pois Oscar e André estariam lá de certa forma, mas ao invés disso, ela seguiu com a revolução francesa e os finais de Antonieta e Ferem. Por não existir mais Oscar e André, a conclusão da história foi apressada e a qualidade caiu um pouco, após o fim de Oscar. .

 



Em resumo, amo André Grandier, é um personagem fofo, que faz qualquer menina se apaixonar, mas não o considero tão perfeito assim! Ele tem erros, momentos que me desagradam, mas isso também o torna mais humanizado, afinal, não existe uma pessoa tão perfeita, uma vez que somos humanos, e comentemos erros e acertos. De qualquer modo, gosto do personagem, mas não o considero um homem perfeito!


Espero que tenham gostado!

Uma ótima  semana a todos vocês amigos da Lady Oscar.


ady Oscar diz... Obrigada por sua visita! Volte sempre que quiser.

 


 








 

 

 

 

 


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Lady Oscar diz..
Olá,meus queridos amigos, Obrigada por sua visita.
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