Letreiro com titúlo de postagens

segunda-feira, 28 de abril de 2025

A Rosa de Versalhes de Riyoko Ikeda, comemora hoje os 53 anos de sua estreia na revista Margaret.

 

Olá, amigos da Lady Oscar, Sejam Bem Vindos!

 

Há exatos 53 anos, Versailles no Bara (ベルサイユのばら, Berusaiyu no Bara) ou Rosa de Versalhes, o primeiro Shoujo mangá histórico criado no Japão, escrito e ilustrado por Riyoko Ikeda, fazia sua estreia na revista Margaret da Shueisha. A data costuma confundir os fãs, já que o aniversário de publicação da obra máxima de Ikeda é 21 de maio. Mesmo assim, esse ano marca os 53 da obra máxima de Ikeda, então precisei abrir esse post especial, comentando um pouco sobre a série de mangá que revolucionou o Shoujo nos anos 1970.



Antes de tudo, o aniversário da Rosa de Versalhes é comemorado em duas datas, sendo 28 de abril a estreia na Revista e 21 de maio o aniversário da publicação do mangá. É confuso, sim, mas se buscarem em sites, páginas ou no próprio X antigo Twitter, encontrarão fãs comemorando a data de hoje. A Rosa de Versalhes é uma das obras mais importantes e influentes de todos os tempos. Riyoko Ikeda tinha apenas 24 anos quando começou a escrever essa belíssima história, baseada em momentos históricos reais da Revolução Francesa. Ela dedicou dois anos pesquisando fatos históricos para a série ser mais realista o possível. Conforme já mencionado, Rosa de Versalhes revolucionou o Shoujo mangá nos anos 1970, ao apresentar temas sobre questões de gênero, senso de justiça e direitos humanos, publicado em uma época em que a luta pelos direitos das mulheres começava a ganhar mais espaço.




Rosa de Versalhes, é inspirada na biografia Maria Antonieta - O retrato de uma mulher comum, escrita em 1932 por Stefan Zweig, que se tornou o primeiro historiador a retratar a rainha Maria Antonieta de um modo mais humano, uma jovem menina sem nenhum preparo para ser a rainha da França e seu romance proibido com o conde sueco Axel von Fersen. O mangá se passa antes e durante a revolução francesa. Neste contexto, Ikeda conta a história de sua heroína revolucionária, Oscar de Jarjayes, uma jovem aristocrata comandante da Guarda Real que no final da série se torna uma revolucionária idealista e termina se apaixonando por André Grandier seu melhor amigo de Infância um jovem plebeu que trabalhava como criado na Mansão dos Jarjayes.



 


A protagonista é uma jovem moça criada como um rapaz desde o nascimento, por exigência de seu pai, o General Jarjayes, um monarquista devoto, que tudo que desejava era um filho homem para dar continuidade à tradição militar da família. Oscar é a sexta filha do velho general, que já não nutria mais esperanças de ter outro filho, preocupado com a sucessão dos bens e privilégios da família, decide criar a caçula como homem e dar a ela todo um treinamento militar necessário para que um dia ela possa se tornar o maior general da França – daí o nome “Lady Oscar” pelo fato de ser uma mulher com um nome masculino.






Mesmo com uma história maravilhosa, o sucesso não veio fácil para a jovem Riyoko Ikeda. Ao apresentar a Rosa de Versalhes aos editores da revista Margaret (a Maioria dos Homens), Ikeda quase teve sua obra rejeitada. Isso porque tratava-se de um Shoujo mangá histórico, naquela época existia uma crença que dizia que mulheres e crianças (público alvo da revista) não entediam história, por conta disso não venderia.


Mas Ikeda insistiu e publicou sua obra, pisando em ovos, correndo o risco de a série ser cancelada a qualquer momento, caso não fosse um sucesso. Mas, contrariando seus editores, A Rosa de Versalhes foi um enorme sucesso desde sua estreia, graças à heroína Oscar, que ofuscou a própria Maria Antonieta (Antes, a protagonista), conquistando o coração dos leitores e se tornando a única e verdadeira Rosa do Título. A primeira edição do mangá – no formato de bolso – vendeu 12 milhões de exemplares e é republicada até hoje, também em outros idiomas..

 



Um ano após o encerramento da série em 1974, ganhou uma adaptação para o musical no palco do teatro feminino Teatro Takarazuka Revue, e foi justamente o que salvou o teatro que estava em decadência. Desde então, tornou-se a peça mais bem sucedida do Japão. Em três temporadas (1974, 1991 e 2005), A Rosa de Versalhes Takarazuka foi vista por mais de 4 milhões de espectadores, e uma nova montagem já tem estreia agendada para esse ano, 2024, em comemoração aos 50 anos da primeira peça.




Em 1979, Rosa de Versalhes ganhou um filme Live Action, intitulado Lady Oscar, um filme de comédia dramática e romance franco-japonês baseado no mangá Versailles no Bara de Riyoko Ikeda. Esse Live Action foi escrito e realizado por Jacques Demy, com trilha sonora composta por Michel Legrand. Lady Oscar foi filmado na França no Palácio de Versalhes com a permissão do governo Francês e a participação de Riyoko Ikeda no Roteiro, escolha de ator e figurinos, essas informações foram retiradas do bônus de minha edição em DVD.






No mesmo no, a série ganhou uma animação que rendeu 40 episódios, na Europa o nome que Rosa de Versalhes ganhou para sua divulgação foi Lady Oscar devido ao título do filme dirigido Jacques Demy. Infelizmente no Japão o anime Rosa de Versalhes, acabou não fazendo tanto sucesso, como o mangá e as apresentações na Takarazuka, mas na Europa foi um verdadeiro fenômeno, principalmente na Itália, onde o anime acabou provocando uma febre entre crianças e adolescentes nos anos 1980.

 .

 


 mangá de Ikeda difere do anime, principalmente nesse início, quando, Oscar recebe o cargo de capitã da Guarda real. No mangá original de Ikeda, Oscar não reluta a aceitar a missão, ela é treinada pelo pai, e ao saber que seria a capitã da guarda real de Maria Antonieta, ela fica entusiasmada com a chegada da princesa, mas dá para perceber um pouco de nervoso já que é uma grande responsabilidade para um jovem de 14 anos proteger uma garota da mesma idade dela.


 Já no anime Oscar, inicialmente, reluta em assumir a função de militar, mas após um duelo com Gerodelle, ela finalmente veste o uniforme e aceita o cargo. Oscar torna-se devota a Antonieta e oferece a rainha sua total atenção, como um samurai a seu mestreAntonieta, por sua vez, se encanta com a postura e elegância de Oscar a torna sua amiga.
 
 

 

  O início do mangá é dedicado a infância de Maria Antonieta, quase nada da infância de Oscar, mas com à recém-chegada Maria Antonieta, Oscar começa a ganhar mais atenção e logo vem a se tornar a protagonista. Oscar passa a maioria do tempo no palácio de Versalhes, e logo no início, somo apresentados a primeira vilã da Série Madame Du Barry a amante do rei. Antonieta ouve coisas terríveis da queridinha do rei e logo decide jamais conversar com aquela mulher vulgar, que se comporta feito a rainha da França. Ao decorrer da história Antonieta, vai a um baile de máscaras, e finalmente acontece seu primeiro encontro com o conde Hans Axel Von Fersen entre outros acontecimentos da biografia da rainha.
 
 

Uma vez que a personagem de Oscar tornou-se mais popular, ela acabou ofuscando a rainha e se tornando a verdadeira, rosa de Versalhes. Segundo Ikeda, o nome da série seria As Rosas de Versalhes, cada rosa corresponde a uma das mulheres da história, entre as mais importantes temos a Rosa-branca o qual é a nossa heroína Oscar e a rosa Vermelha que é Maria Antonieta.




Ao fim da trama, temos uma rainha muito diferente da princesa mimada, a quem fomos apresentados, e uma Lady Oscar que decide seguir os ideias revolucionários. Oscar se torna uma espécie de ronin, um samurai sem mestre, segundo as palavras da especialista na cultura japonesa Cristiane A Sato, que deu uma interessante palestra no evento comemorativo, realizado em setembro de 2022, do qual tive a honra de participar.






 Continuando, Mesmo deixando a guarda real e sendo transferida a guarda francesa, a amizade das garotas, no entanto, não é abalada apesar da necessidade da separação. Oscar começa a entender o sofrimento do povo da França e lutará ao lado da população durante a revolução francesa.
 


Como forma de não dar nenhum spoiler sobre a série, não continuarei a citar os acontecimentos e o desenrolar da narrativa; mas para aqueles apaixonados por Revolução Francesa, vale dizer que Jeanne de Valois-Saint-Rémy, e o Cardeal Rohan são personagens importantes, assim como a Condessa de Polignac.
 



Em 2022, a obra máxima de Riyoko Ikeda completou 50 anos, e como parte das comemorações, foi anunciada a produção de uma nova adaptação animada, Rosa de Versalhes, o filme, que estreia na próxima quarta-feira, dia 30 de abril, no catálogo da Netflix.













O post foi longo? Sim, mas espere só para ver o que teremos nesse blog no dia 21 de maio, A Resenha do novo filme animado e no dia 14 de julho, aí, sim, será um exagero!  Promessa, de uma fã fanática por Rosa de Versalhes.

Enfim parabéns Rosa de Versalhes! 
Uma linda semana a todos vocês amigos da Lady Oscar.
 
 
Espero que tenham gostado!



lady oscar identitàady Oscar diz... Obrigada por sua visita! Volte sempre que quiser!







Nenhum comentário:

Postar um comentário

Lady Oscar diz..
Olá,meus queridos amigos, Obrigada por sua visita.
Comentários são Bem vindos! 🌹
Atenção:
1. Comentários anônimos não são aceitos.
2. A curta experiência com os anônimos deu alguns problemas.
3. Peço desculpas aos bem intencionados.
2. Todos os comentários são moderados.
3. A responsável pelo blog Lady Oscar se permite o direito de aprova-los, ou, não.
4. Agradeço a compreensão e o comentário.