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sexta-feira, 22 de agosto de 2025

A obra “A Rosa de Versalhes”, de Riyoko Ikeda, sofreu enormes perdas devido ao custo dos materiais, mas ela insistiu em retratar tudo, desde a arquitetura até os uniformes militares. O motivo pelo qual ela chorou na pré-estreia do filme de animação adaptado da obra foi... (Artigo Traduzido).

 

Olá, queridos amigos da Lady Oscar, Sejam Bem Vindos! 

 



Já faz algumas semanas que traduzi uma conversa de Riyoko Ikeda, autora da Rosa de Versalhes (ベルサイユのばら) , com Mariko Hayashi (林 真理子), escritora japonesa e presidente do conselho administrativo da Universidade Nihon. Seus prêmios incluem o 94º Prêmio Naoki e a Medalha de Honra Japonesa com Fita Púrpura. As duas são amigas, de longa data, e nessa conversa. O foco foi A Rosa de Versalhes”, Ikeda, conta que sofreu enormes perdas devido ao custo dos materiais, mas insistiu em retratar tudo, desde a arquitetura até os uniformes militares. Ela também revela o que mais a emocionou no novo filme de animação e até a fez chorar na Pré-Estreia da nova adaptação animada. É um bate-papo curto, porém interessante, traduzi já faz um tempinho e acabei não colocando no blog.  Bem, a entrevista original está aqui, como sabem, não sou fluente em japonês, somente sei algumas coisas que aprendo no Kumon, portanto, utilizo o tradutor Google, pode ter erro, sim, que serão devidamente corrigidos. Se você entender o idioma japonês e quiser me ajudar, também agradeço. Segue a tradução, com algumas imagens que usei por minha conta para ilustrar o post:


Amigas de longa data, a artista de mangá Riyoko Ikeda (à esquerda) e a autora Mariko Hayashi (à direita) (Foto: Koji Miyazaki)


Riyoko Ikeda e Mariko Hayashi são velhas conhecidas. Hayashi é uma grande fã da série de mangás “A Rosa de Versalhes”, de Ikeda, que começou quando Ikeda tinha 24 anos. Elas conversam sobre os segredos por trás da popularidade dessa série de sucesso intergeracional, bem como sobre seus hobbies em comum. (Composição: Mari Yamada, Fotografia: Koji Miyazaki).

 

Ainda ressoando em nossos corações, mesmo na idade adulta.



 Hayashi: A Rosa de Versalhes foi transformada em um anime para os cinemas este ano, marcando mais um boom. Eu queria saber mais sobre isso, então convidei você para esta conversa. Ikeda: Faz muito tempo. Costumávamos sair muito, tanto para nos divertir quanto por hobby. Hayashi: A Rosa de Versalhes é um mangá que foi criado há 53 anos. Acho incrível que ele ainda tenha uma presença tão forte hoje em dia. Ikeda: Há muito tempo, Hayashi me disse: “A Rosa de Versalhes permanecerá mesmo depois que você morrer”. Fiquei muito feliz e ainda me lembro disso até hoje. Hayashi: Na coletiva de imprensa do filme, Riyoko disse: “Desenhei A Rosa de Versalhes com o avanço do status das mulheres em mente”, mas você não acha que essa mensagem não ressoou bem na sociedade da época? Ikeda: Na época, os mangás shoujo eram fortemente associados às crianças. Mas a resposta veio das mulheres trabalhadoras. Muitas pessoas.

Ikeda: Era uma época em que mais mulheres estavam entrando no mercado de trabalho. Algumas pessoas disseram que a cena em que Oscar travou uma batalha séria com um subordinado rebelde da guarda e conquistou sua confiança realmente as tocou profundamente.

 


Hayashi: Quando você relê a obra após ter amadurecido, tem uma impressão diferente. Acho que isso prova que “A Rosa de Versalhes” é uma obra-prima.

 Ikeda: Muitas pessoas disseram que finalmente entenderam os sentimentos dolorosos de Maria Antonieta ao se apaixonar por Fersen, algo que era proibido. 

Hayashi: Quando você lê “Maria Antonieta”, de Zweig, percebe que a vida dela foi uma série de “se ela não tivesse feito isso, as coisas não teriam acabado assim”. 

 Ikeda: Ela não foi criada para ser rainha de um país. Isso simplesmente caiu no seu colo de repente. 

 Hayashi: No início, Maria Antonieta era inocente, mas, à medida que a história avança, ela amadurece e ganha a sabedoria e a melancolia de uma adulta. Mas, a essa altura, já é tarde demais, o que é comovente. 

 Ikeda: Quando completei 37 anos, fiquei profundamente triste ao perceber que Maria Antonieta foi executada tão jovem.

 Hayashi: Fersen é muito bonito! (risos) 

 Ikeda: Ele era marechal de campo na Suécia, segundo somente ao rei em posição hierárquica. No entanto, ele manteve sua promessa a Antonieta e nunca se casou. Um homem que consegue manter uma promessa feita aos 20 anos pelo resto da vida é raro. Nesse sentido, acho que Fersen é realmente notável.

 


Hayashi: E o marido dela, Luís XVI? 

 

Ikeda: Mesmo sabendo que sua esposa estava apaixonada por um homem mais bonito do que ele, ele não ficou com ciúmes, mas aceitou isso. Na época, ele foi retratado como um homem um tanto lamentável, mas agora acho que ele é realmente muito legal.


“O que mais me deixou feliz desta vez foi que a frase de Oscar, ‘Não é apenas o coração que deve ser livre...’, dita durante o ataque à prisão da Bastilha, foi incluída em um filme pela primeira vez” (Sr. Ikeda).


◆“Não é somente o coração que deve ser livre.”

Hayashi: Ouvi dizer que este filme de anime teatral é um grande sucesso. Ikeda: Levou nove anos para ser feito, incluindo o período de preparação. O que mais me deixou feliz desta vez foi que a frase que Oscar disse ao atacar a prisão da Bastilha — “A liberdade não é somente para o coração. Todos os seres humanos, até os dedos e os cabelos, devem ser iguais e livres perante Deus” — Foi Finalmente incluída em uma obra visual. Chorei quando assisti à exibição, pensando: “Sim, era exatamente isso que eu queria dizer”. Hayashi: O que é realmente incrível em “A Rosa de Versalhes” é como ela divide a vasta história em torno da Revolução Francesa em algo que qualquer pessoa pode entender. Na época, acho que não havia nenhuma outra obra de tão alta qualidade voltada para meninas. Ikeda: As meninas são inicialmente atraídas pelo esplendor dos vestidos.

Hayashi: Quando você começa a estudar história no ensino fundamental e médio, fica surpreso ao descobrir que “isso era realmente verdade”. Da arquitetura de Versalhes aos uniformes dos soldados, tudo era retratado com incrível atenção aos detalhes. 

Ikeda: Na época da serialização, viajar para o exterior era um luxo e não havia internet. Comprar materiais de referência era uma despesa enorme. 

Hayashi: Mas o uniforme usado por Oscar, o guarda imperial, foi escolhido por seu apelo visual e não por sua precisão histórica, certo?


Ikeda: Na verdade, ele deveria ser o uniforme da era napoleônica, sendo um pouco mais tarde na história. Dizem que os uniformes militares daquele período são os mais elegantes da história. Por quê? Porque se eles não serem bonitos o suficiente para as mulheres dizerem “Uau, que bonito”, não seria possível recrutar soldados entre a população civil. (Risos)

Hayashi: Além de seus aspectos glamorosos, “A Rosa de Versalhes” retrata realistamente o sofrimento e as dificuldades do povo que levaram à revolução. O fato de um mangá histórico tão sério ter ganhado amplo apoio entre os leitores reflete o alto nível de inteligência das meninas japonesas da época.

Ikeda: É emocionante que muitas leitoras tenham lido a obra ao longo de três gerações, algumas pegando-a emprestada de suas mães ou recomendadas por suas avós.

Hayashi: Hoje em dia, A Rosa de Versalhes também tem fãs no exterior.

Ikeda: Foi há décadas, mas quando visitei a França pela primeira vez, o guia turístico do ônibus nos disse: “Uma jovem japonesa escreveu uma história ambientada em Versalhes”. Quando viajei para lá há alguns anos, o guia francês disse: “Foi aqui que André morreu” (risos)..


.


Hayashi: Mais tarde, Ikeda-san também participou de um baile no Palácio de Versalhes usando um vestido, não é? 


Ikeda: Durante os bons tempos econômicos, fui convidada para participar de projetos no exterior. Por falar nisso, durante as Olimpíadas de Paris do ano passado, a Place de la Concorde foi usada como local para skate e break. Na época, achei estranho que nenhuma das emissoras mencionasse que esse

era o local onde Luís XVI e Maria Antonieta foram executados.


Hayashi: A cerimônia de abertura foi realizada sob forte chuva, então talvez tenha sido a maldição das vítimas da Revolução Francesa.

(Compilado por Yamada Mari, fotografado por Miyazaki Koushi)

Enfim, essa foi a entrevista, já sabia que o uniforme da Oscar não era do tempo de Maria Antonieta, e sim, da era Napoleônica. Ikeda acha os uniformes dessa época mais bonitos, concordo com ela, também prefiro, já os uniformes dos soldados do tempo de Antonieta, em minha opinião, eram feios. Ikeda precisou de muito tempo para pesquisar tudo, acontecimentos históricos, a arquitetura de Versalhes para criar sua obra mais famosa, já que não existia a internet, e ela não tinha dinheiro suficiente para viajar para a França. Me lembro de que ela disse, em outra entrevista, que, quando visitou a França, ela notou que o teto do palácio de Versalhes era muito mais alto, e sentiu que não o desenhou de forma tão fiel. Para mim, isso é somente detalhe. Rosa de Versalhes é uma obra-prima, que será passada de gerações. Bem, é isso! Muito em breve, vou trazer para cá outra entrevista de Riyoko Ikeda, que uma amiga, minha Raquel, me passou o link para tradução. Já é antiga, acho que de 2020, mesmo assim, prometi a ela traduzir e trazer para o blog, então, me aguardem!



Ikeda Riyoko, Hayashi Mariko

Espero que tenham gostado! Até o próximo artigo traduzido.



ady Oscar diz... Obrigada por sua visita! Volte sempre que quiser.

 


 



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