Olá, queridos amigos da Lady Oscar, sejam Bem Vindos!
Amanhã é aniversário do conde sueco Axel de Fersen, o provável grande amor de Maria Antonieta de Habsburgos-Lorena, última rainha da França. Fersen também é um dos protagonistas do mangá A Rosa de Versalhes(ベルサイユのばら) de Riyoko Ikeda, então hoje, véspera de seu aniversário, resolvi comentar sobre as correspondências secretas entre Fersen e Antonieta, que foram desvendadas pela ciência, mas que não, comprovam se de fato os dois teriam sido amantes.
O amor de Fersen e Antonieta é um dos principais temas do
mangá A Rosa de Versalhes, mas não foi somente Riyoko Ikeda, que os retratou
como um casal, na verdade, o suposto romance entre Maria
Antonieta e o Conde Axel von Fersen foi tema de diversos livros
e filmes, incluindo a obra da biógrafa Antonia Fersen que serviu de inspiração
para o filme “Maria Antonieta” (2006) de Sofia Coppola. As cartas trocadas
entre eles, que foram censuradas e posteriormente decifradas, revelam um forte
laço de intimidade, mas também geram debates entre historiadores se o
relacionamento era puramente platônico ou se evoluiu para um romance mais
íntimo.
Conforme a maioria dos biógrafos da soberana, entre
eles Antonia Fraser e Stefan Zweig, Antonieta teria, de fato, mantido relações
carnais com o nobre em várias ocasiões, e inclusive trocado correspondências,
muitas delas acabaram destruídas ou danificadas por agentes externos, segundo o
texto do Rainhas trágicas. Hoje, a maioria dessa documentação, que datam de
junho de 1791 a agosto de 1792 (pouco mais de um ano antes da morte da rainha),
está disponível digitalmente no site dos Arquivos Nacionais (ArchivesNationales), segundo a revista Sciences et Avenir. Links para quem quiser
visitar.
O Conde Fersen era um nobre sueco e um amigo próximo da família real francesa, que se tornou um confidente de Maria Antonieta, especialmente durante os anos da Revolução Francesa, provavelmente, ele foi seu amante, algo que já esperado, já que Maria Antonieta, não se casou por amor, e sim por razões politicas. Provavelmente ela teria um amante e esse supostamente foi Fersen, o único homem que ela amou.
Um dos momentos da revolução francesa, que pode comprovar que Fersen tinha um grande amor secreto por Maria Antonieta, foi que ele desempenhou um papel fundamental na organização e execução da fuga malfadada da família real para Varennes em 1791.
A correspondência trocada entre eles foi objeto de censura, com o sobrinho-neto de Fersen cobrindo partes das cartas com tinta preta. Essa censura dificultou a comprovação de um romance, e até o momento as técnicas de decifração não conseguiram revelar todo o conteúdo.
“Eu vivo somente para amar você”, escreveu o conde sueco
Hans Axel de Fersen para Maria Antonieta, rainha da França, em 1791. Na
ocasião, a família real se encontrava prisioneira no palácio das Tulheiras, em
Paris.
Essas românticas correspondências com o conde, bem como com
outros príncipes e aliados estrangeiros, eram geralmente cifradas ou escritas
em tinta invisível, para que o portador não tomasse conhecimento de seu
conteúdo. Naqueles anos, Fersen era um dos principais agentes trabalhando em
prol da causa contrarrevolucionária e, juntamente com a rainha, arquitetou um
plano de fuga para ela, seu marido e filhos, que infelizmente não teve bom
resultado. Contudo, até hoje persiste a dúvida se a última rainha da França e o
conde sueco teriam ou não mantido um caso amoroso. Dada às circunstâncias
e ao conteúdo das cartas trocadas entre os dois desde o ano de 1782, é possível
que eles tenham desenvolvido um relacionamento que foi além do platonismo. A
notícia chegou ao conhecimento de outras cortes na Europa e muitos acreditavam
firmemente que o conde sueco era amante da rainha da França. A correspondência
rasurada entre os dois que acaba de ser decifrada, porém, pode ajudar a lançar
um pouco mais de luz nessa questão.
As cartas entre Maria Antonieta e Hans Axel von
Fersen foram decifradas com a ajuda de tecnologia de raios-x, revelando
excertos censurados. Embora a análise tenha confirmado a estreita relação
entre os dois e a utilização de uma linguagem íntima por parte da rainha, como
termos como “amado” e “adorar”, os especialistas não concluem que isso prova um
romance físico. Portanto, muitos sites chegaram a afirmar que a Ciência havia
comprovado que Antonieta e Fersen teriam sido amantes, mas não verdade, não foi
bem assim! A correspondência, encontrada nos Arquivos Nacionais Franceses,
é vista como um testemunho da proximidade entre a rainha e o conde sueco, mas
não como prova definitiva de um caso amoroso.
O que de fato foi descoberto? Cientistas usaram
espectroscopia de fluorescência de raios-x e processamento de dados para
revelar palavras e frases ocultas nas cartas. Então, foram descobertos
termos como “amado”, “terno amigo”, “adorar” e “loucamente” foram revelados sob
as rasuras. A análise indicou que Fersen foi o responsável pela censura
das cartas, podando, sim, comprovar que havia um romance secreto entre eles,
afinal, se fosse só amizade não precisaria rasurar, as cartas, não acha? No
contexto histórico, essas cartas foram trocadas durante a Revolução
Francesa, um período de intensa crise política.
O amor entre Maria e Antonieta e Fersen
continua sendo alvo de discussão, pois a Ciência avançou bastante nas
investigações, com a técnica de raio-x, mas ainda não conseguiu provar que eles
teriam sido amantes, como vemos em Rosa de Versalhes.
As descobertas, embora íntimas, não constituem uma prova
inegável de um romance físico ou carnal entre Maria Antonieta e Fersen. A
especialista Isabelle Aristide sugere que as frases podem refletir uma
proximidade sentimental profunda, mas não necessariamente o amor romântico ou
físico, especialmente num contexto de grande drama e emoção. É importante
pontuar que essas cartas são importantes para a história, mas não são
a história completa, e o que se escreve pode não refletir completamente o que
se sente ou as emoções exacerbadas pela situação.
A representação na cultura pop.
Livros:
A biografia de Antonia Fraser, “Maria Antonieta: A Viagem”,
foi um marco, explorando não só a vida da rainha, mas também a natureza
complexa do seu relacionamento com Fersen.
Filmes:
Maria Antonieta (2006): O filme de Sofia Coppola,
baseado na obra de Fraser, retrata Maria Antonieta em sua vida de luxo e
escândalos, com Fersen como uma presença importante em sua vida.
Lady Oscar (1979): O filme, baseado no mangá A Rosa de
Versalhes de Riyoko Ikeda, que se passa no mesmo período histórico, também
aborda a relação entre Oscar, uma mulher criada como homem, e o Conde Fersen,
que demonstra um interesse romântico por ela, diferindo do relacionamento com a
rainha.
A Rosa de Versalhes, filme animado (2025).
Esse ano, Rosa de Versalhes ressurgiu com um novo filme
animado, produzido pelo estúdio Mappa, o amor entre Fersen e Maria Antonieta,
foi retratado lindamente. Esse filme é um musical, então tivemos, diversos
clipes, com cenas poéticas abstratas, dando foco ao amor impossível desse casal.
O debate histórico.
Embora muitos considerem o romance um fato, outros, como o
filme “Lady Oscar”, sugerem que a relação era platônica. As cartas revelam
um vocabulário romântico, mas as descobertas mais recentes do projeto REX,
liderado por pesquisadores do Arquivo Nacional Francês, enfatizam as expressões
de esperança, preocupação, confiança e terror, sem confirmarem definitivamente se de fato existiu um relacionamento amoroso.
Portanto, não podemos afirmar, se esse amor foi ou não consumado. Enfim, ama nhã teremos um post especial do aniversário do conde Fersen, então finalizo, com alguns vídeos relacionados.
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