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domingo, 30 de novembro de 2025

Onomástico de André Grandier: Celebrando o Eterno Amor de Rosa de Versalhes 💙🌹

 

Olá, queridos amigos da Lady Oscar, sejam Bem Vindos!



Hoje é 30 de novembro, o último dia do mês, e uma data que ressoa de forma especial nos corações dos fãs de Rosa de Versalhes (ベルサイユのばら). No calendário católico, é o dia de Santo André, o que nos leva a celebrar o Onomástico de André Grandier, um dos personagens mais inesquecíveis e amados desta obra-prima de Riyoko Ikeda.



Mas o que é, afinal, o Onomástico?

Enquanto o aniversário celebra o dia em que nascemos, o onomástico (do grego onomastikós, "referente ao nome") é a celebração do dia do santo cujo nome uma pessoa carrega. É uma tradição muito forte em países de cultura católica, como a Itália e a Grécia, onde é comum desejar "Feliz Onomástico!" em vez de "Feliz Aniversário" para quem partilha o nome do santo do dia.

E é essa tradição que a comunidade de fãs abraçou. Em vários grupos italianos de Lady Oscar no Facebook, dos quais participo, a data de hoje foi carinhosamente eleita como o Dia Oficial de André. É um gesto belíssimo que mostra como a paixão por essa história transcende barreiras culturais e geográficas.



A Origem da Data: Quem Foi Santo André Apóstolo?

A escolha do dia 30 de novembro para celebrar o nosso querido André Grandier vem diretamente da figura histórica que lhe emprestou o nome: Santo André, o Apóstolo. 

André foi uma figura central no início do Cristianismo e sua história é fascinante:

·O "Primeiro Chamado": André era um pescador da Galileia e, inicialmente, discípulo de João Batista. Ele teve a honra de ser o primeiro apóstolo a ser chamado por Jesus para segui-lo. O Evangelho de João relata que ele encontrou Jesus e imediatamente soube que havia encontrado o Messias.

·O "Pescador de Homens": Quando Jesus o chamou, disse: "Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens". André aceitou prontamente o chamado, assim como seu irmão, Simão Pedro (que mais tarde se tornaria o Papa São Pedro).

·Um Homem "Ponte": Uma característica marcante de André era seu papel como "ponte". Foi ele quem levou seu irmão Pedro até Jesus. Também foi ele quem apresentou o menino que tinha os cinco pães e dois peixes a Jesus, permitindo o milagre da multiplicação. Ele era o elo que conectava as pessoas a Cristo.

·O Martírio na Cruz em Forma de X: André viajou extensivamente para pregar o Evangelho, fundando igrejas na Grécia e na Ásia Menor. Ele foi martirizado na cidade de Patras, na Grécia, por volta do ano 60 d.C.. A tradição conta que ele foi crucificado em uma cruz de formato diagonal, em forma de X (conhecida hoje como a "Cruz de Santo André" ou sautor), pois se considerava indigno de ser crucificado da mesma forma que Jesus Cristo. 

A vida de Santo André, o Apóstolo, é um testemunho de coragem e lealdade, valores que, coincidentemente ou não, também definem o André Grandier do nosso mangá favorito. A ligação entre o santo e o personagem, embora separada por séculos, é feita pela admiração dos fãs por esses ideais de devoção e amizade. 





André Grandier: O Coração que Bate por Oscar

André Grandier é muito mais do que um simples "par romântico" de Lady Oscar François de Jarjayes. Ele é a âncora, o amigo leal e o amor incondicional que cresceu à sombra da aristocracia, vivendo uma vida inteira dedicada à proteção e ao amor de Oscar.





Sua jornada, marcada pela devoção e sacrifício, transformou-o em um símbolo de amizade e lealdade inabaláveis para gerações de fãs. Ele nos ensinou sobre a força da persistência e a beleza do amor não correspondido que, no fim, floresce mesmo diante da tragédia iminente da Revolução Francesa.


A Ligação Improvável: As Surpreendentes Semelhanças Entre um Santo e um Personagem de Mangá

À primeira vista, o universo de Riyoko Ikeda e a tradição cristã parecem mundos separados. Rosa de Versalhes, um mangá japonês icônico, não possui, oficialmente, nenhuma ligação direta entre seu inesquecível André Grandier e o Santo André Apóstolo. Trata-se de uma obra de ficção histórica.

Porém, como entusiasta da obra e observador atento, não pude deixar de notar uma série de semelhanças que vão muito além do simples nome. Estas são, é claro, deduções pessoais – uma ponte que construí entre um pescador galileu do primeiro século e um plebeu francês do século XVIII.

O que os une? As virtudes que ambos representam. Talvez, consciente ou inconscientemente, essas características tenham influenciado a escolha do nome para o personagem.


Vamos explorar esses paralelos fascinantes:

Característica

Santo André Apóstolo

André Grandier (Rosa de Versalhes)

Lealdade Inabalável

Deixou tudo para seguir Jesus imediatamente após o primeiro chamado. Permaneceu fiel até o martírio.

Jurou lealdade à família Jarjayes e, acima de tudo, a Oscar, dedicando sua vida inteira a ela e enfrentando a Revolução Francesa ao seu lado.

O "Homem Ponte"

Ele conectou pessoas a Jesus (incluindo seu irmão Pedro), servindo como mediador.

Ele é a conexão vital de Oscar com o mundo real e plebeu, o elo entre a vida aristocrática dela e a dura realidade da França pré-revolucionária.

Humildade e Sacrifício

Recusou-se a ser crucificado em uma cruz igual à de Jesus, mostrando profunda humildade.

Constantemente colocou os desejos e a segurança de Oscar acima dos seus, culminando no sacrifício final de sua visão e, posteriormente, de sua vida.

Coragem Tranquila

Viajou para terras distantes para pregar o evangelho, enfrentando perseguição e perigos.

Demonstrou bravura notável em duelos, motins e na revolução francesa

A Essência do "Homem Corajoso"

O nome André tem origem no termo grego andreios, que significa, apropriadamente, "viril" ou "corajoso".

Essa etimologia reflete perfeitamente a essência de ambos os "Andrés". As histórias do apóstolo e do nosso querido Grandier são marcadas pela coragem silenciosa, pela devoção inabalável e pela capacidade de servir de apoio firme e constante para aqueles que amavam e protegiam.

É uma bela coincidência que transcende o tempo e as culturas, mostrando como certos arquétipos de heroísmo e lealdade são universais.

E você, notou mais alguma semelhança? 



Uma Homenagem que Transcende o Papel

Quando nos reunimos, mesmo que virtualmente, para prestar homenagens a André nesta data, estamos fazendo mais do que celebrar um personagem fictício. Estamos honrando os valores que ele representa. Para nós, ele não é apenas um desenho feito no papel ou pixels na tela; ele é um grande amigo, cuja história e sacrifício permanecem vivos em nossa memória afetiva.


Desenho de minha autoria feito em 2020

Feliz Onomástico, André Grandier! Que seu dia seja celebrado com a mesma intensidade e carinho que você dedicou àqueles que amava. 💙🌹

Finalizo com alguns vídeos e cenas de André no anime Rosa de Versalhes:
 
 

 

 
 












 Espero que tenham gostado!




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sábado, 29 de novembro de 2025

Resenha: Comentando "L'évasion de Louis XVI" (A Fuga de Luís XVI) Figurino Bom, Roteiro Questionável e decepção.

 

Olá, queridos amigos de Lady Oscar, sejam Bem Vindos!



O algoritmo do YouTube acertou em cheio. Eu estava navegando, e de repente, ele me entrega uma joia: a produção francesa "L'évasion de Louis XVI" (A Fuga de Luís XVI), completa com legendas automáticas em português. Como quem reassistiu ao novo filme de A Rosa de Versalhes há pouco tempo, a coincidência histórica foi um convite irrecusável. Minha obsessão pela Revolução Francesa é antiga, e a sensação de urgência para devorar e resenhar essa obra foi imediata.


Minha primeira impressão ao assistir ao filme(Docudrama), gerou um certo incômodo. A premissa central da produção era reabilitar a imagem de Luís XVI, propondo uma visão que fosse além da reputação injusta que a história lhe atribuiu. A narrativa comum descreve o monarca como um homem indolente, de raciocínio lento e, fisicamente, gordo. O filme, por sua vez, prometia revelar um rei comprometido com seu povo, um intelectual culto, inteligente e um chefe de família amoroso. Mas a surpresa visual foi imediata: no lugar do rei corpulento dos livros de história, o que vemos em cena é um rei magro, mais alto, esbelto e elegante. Como assim? Exatamente isso! A licença poética (ou histórica) da produção é, no mínimo, questionável. 🤗 Deixando as surpresas físicas de lado, vamos ao que realmente interessa: o fio condutor da trama. O resumo oficial do filme situa perfeitamente o drama que se desenrola: 



"Para salvar seus filhos do terror e sua esposa, Maria Antonieta, da condenação popular, o rei Luís XVI, disfarçado de bom burguês, foge incógnito do Palácio das Tulherias, onde é prisioneiro. Mas nada sairá como planejado. O fracasso de sua fuga terminará um ano depois com a decapitação do rei e da rainha da França."



No vasto campo da historiografia audiovisual, a linha entre a reconstituição factual e a interpretação ideológica é, muitas vezes, tênue. O docudrama francês "L'évasion de Louis XVI", parte da série "Ce jour là, tout a changé" (Naquele dia, tudo mudou), que foi ao ar entre 2009 e 2010 no canal France 2, ilustra perfeitamente essa tensão. A produção pretendia focar em "pontos de virada" da história francesa, mas este episódio específico gerou um rastro de controvérsias, culminando em uma carta aberta de historiadores que denunciavam o que consideravam "falsificações" históricas.



O Contexto da Série e a Polêmica Educacional

A premissa da série era enfocar os "grandes homens" da França — de Henrique IV a De Gaulle. A escolha de Luís XVI como foco, no entanto, levantou suspeitas de uma agenda revisionista. A polêmica atingiu o auge quando autoridades educacionais parisienses endossaram o material para exibição em escolas, transformando uma produção televisiva contestável em ferramenta pedagógica.

A "Fuga para Varennes" (junho de 1791) é, historicamente, o momento em que a monarquia francesa perdeu sua legitimidade popular. A família real, já prisioneira nas Tulherias desde 1789, tentou escapar para a fronteira para se aliar a potências estrangeiras e reprimir a Revolução. O fracasso da fuga selou o destino do rei. O documentário, contudo, propõe uma versão que desafia essa leitura consensual.

O Retrato do Monarca: Uma Elegância Questionável

O ponto de partida mais óbvio do filme é a caracterização física do rei. O ator Antoine Gouy interpreta um Luís XVI magro, elegante e charmoso. O filme parece obcecado em negar a obesidade do monarca, uma característica historicamente documentada e que lhe rendeu o apelido pejorativo de "Luís, o gordo" entre o povo.

Essa negação física é sintomática de uma negação moral. Ao refutar a aparência "gorda" e, presumivelmente, "vulgar" do rei, o filme tenta restaurar uma dignidade que a iconografia revolucionária lhe retirara. Trata-se de uma "gordofobia" histórica,  bem fantasiada que associa o peso físico à fraqueza de caráter, e que busca polir a imagem de um rei que era, de facto, corpulento. O resultado é um rei idealizado: decidido, cheio de virtudes e um pacifista convicto.

Em obras como Rosa de Versalhes, de Riyoko Ikeda, a representação de Luís XVI é a de um homem baixo, gordo e pouco atraente, alinhando-se à iconografia histórica. No entanto, o docudrama em questão optou por uma abordagem diferente, escalando um ator que é, de fato, um homem bonito e esbelto.

Essa escolha estética pode ter dois propósitos principais:

1.Reabilitação da Imagem: A mudança física pode ser uma tentativa de desvincular o rei do estereótipo de indolente e glutão, focando no seu lado intelectual e humano, como mencionado anteriormente.

2.Apelo Visual e Comercial: A escalação de um ator considerado mais atraente e charmoso pode ser uma estratégia para tornar a narrativa mais acessível e palatável para o público contemporâneo, priorizando o apelo visual sobre a fidelidade histórica estrita.

Independentemente da intenção, a discrepância física é uma decisão artística notável que impacta diretamente a percepção do espectador sobre o personagem histórico.

Luiz XVI no anime Rosa de Versalhes 1979.

Pintura do rei luiz XVI mostra um homem gordo.



A Cronologia Atropelada e a Agenda Oculta

A principal crítica dos historiadores reside na manipulação cronológica. O filme apresenta um rei que sonha com uma monarquia constitucional, mas ignora que, no momento da fuga, a Constituição de 1791 ainda não existia e o rei já havia quebrado a confiança do povo ao não vetar a Constituição Civil do Clero. O docudrama convenientemente ignora o Terror (que só viria em 1793), criando a impressão de que a Revolução era, desde 1791, um movimento violento e injustificado.

Essa distorção proposital serve, segundo os críticos, a um projeto da extrema-direita católica monarquista francesa: demonizar a Revolução desde o seu nascedouro.

A Demonização do Povo e a Inversão da Realidade

O viés ideológico atinge seu ponto mais baixo na representação das massas revolucionárias. A reconstituição da Marcha das Mulheres sobre Versalhes (1789) é particularmente criticada. O filme minimiza a presença feminina e retrata os participantes com características que parecem desumanizá-los, apresentando-os como uma multidão violenta e irracional.

Em contraste, o rei é mostrado de uma forma idealizada, quase como um "democrata exemplar" que, apesar de acreditar em seu direito divino, demonstra virtudes. Cenas que retratam camponeses o reconhecendo e demonstrando afeto criam uma narrativa que sugere que o rei era amplamente amado e que os ideais revolucionários eram marginais. Essa representação contrasta com o entendimento histórico de que a imagem de Luís XVI perante o povo era complexa e, após a fuga, sua legitimidade foi seriamente questionada.



A Desconstrução de Maria Antonieta e os Vilões Caricaturais

Se a primeira parte eleva a figura do rei, a segunda metade do filme se concentra em rebaixar Maria Antonieta, utilizando estereótipos de gênero e manipulações narrativas.

O filme insiste na narrativa de que Luís XVI era apaixonado pela sua rainha, mas faz questão de frisar que Antonieta falhou em seus deveres. Em uma cena de flashback, o rei, com um olhar de mágoa, sugere que os panfletos difamatórios que o chamam de "corno" só existem porque ela não se comporta de maneira recatada, gasta excessivamente e não é suficientemente caridosa. Essa dinâmica coloca o rei na posição de um modelo de virtude, que distribui lições de moral enquanto a rainha é a fonte de todos os problemas.



A produção mergulha em uma psicologia de gênero questionável ao abordar a vida íntima do casal. O filme joga a culpa na rainha pela demora na consumação do casamento, sugerindo que ela se negava ao marido, que é retratado como amoroso e apaixonado. O auge dessa manipulação ocorre em uma cena bizarra em que o rei, supostamente após receber uma carta de amor de Fersen por engano, entra em frenesi. Coberto de sangue de uma caçada, ele invade os aposentos da rainha e a confronta. A cena, que beira a agressão física, tenta afirmar a virilidade e o domínio do rei.



Fersen, o suposto amante da rainha, é igualmente rebaixado. Interpretado por um ator jovem e inexperiente, ele é retratado como tímido e inseguro, um "menino" em contraponto ao "macho alfa" que o rei se esforça para ser. Essa construção serve para diminuir a ameaça percebida ao rei, reforçando hierarquias de gênero tradicionais onde a rainha deve ser submissa.




O Figurino e a Desconstrução da Imagem Real

Se a escolha de um ator magro para interpretar Luís XVI já causa estranheza, a abordagem do figurino no docudrama também merece um olhar atento.

A indumentária é uma ferramenta poderosa na narrativa histórica, capaz de comunicar poder, status e até a personalidade de uma época. A Revolução Francesa marcou, inclusive, uma transição radical na moda, abandonando o excesso aristocrático pelo pragmatismo burguês.

A produção parece usar o figurino de forma intencional para reforçar sua tese revisionista:

A Elegância Contra o Estigma

No lugar dos trajes excessivamente opulentos e, por vezes, desleixados associados à caricatura do rei, o docudrama opta por um vestuário que exala sobriedade e elegância. Vemos um rei em cortes mais ajustados, tecidos de boa qualidade, mas sem o exibicionismo barroco que esperaríamos do Ancien Régime.

Quando o resumo oficial do filme menciona que o rei "foge incógnito do Palácio das Tulherias, onde é prisioneiro", disfarçado de "bom burguês", o figurino assume um papel central. A transição das roupas reais para as vestes de um simples comerciante ilustra o desespero e a perda de identidade de Luís XVI.

A questão que o figurino levanta é: até que ponto essas escolhas visuais servem à precisão histórica ou são apenas mais uma peça na tentativa de humanizar – e até glamourizar – um monarca cuja imagem pública já estava irremediavelmente manchada pelo contexto político da época?

As roupas, neste docudrama, deixam de ser apenas vestimentas e transformam-se em argumentos visuais na defesa de um rei que a história julgou severamente.




O Duque de Orleans e a Política do Espalhafato

A construção narrativa exige antagonistas claros. O Duque de Orleans, primo do rei, é apresentado como um dos principais vilões, movido pela ambição. O filme o retrata como um fop deslumbrado, que acredita ingenuamente que a queda de Luís XVI resultará na sua própria ascensão. A transformação de Orleans em "Philippe Égalité", cidadão modelo da Revolução, é mostrada com um visual quase carnavalesco, ridicularizando sua adesão à causa popular. Ele é, essencialmente, um vilão bufão.

A Conspiração dos Ícones: Um Crossover Improvável

O docudrama oferece uma sequência que beira o pastiche histórico: uma reunião secreta que junta, na mesma sala de conspiração, figuras que na realidade política da época raramente ou nunca teriam interagido no mesmo nível: Robespierre, Marat, Danton, Camille Desmoulins e o Duque de Orleans.

Essa "reunião dos Vingadores" da Revolução força uma unidade de propósito que historicamente não existia. Havia profundas divisões ideológicas entre esses homens. Robespierre é o destaque, interpretado com um ar traiçoeiro e cruel, uma personificação visual do mal que se tornaria o Terror. O filme usa essa reunião fictícia para sugerir que a Revolução foi um complô de indivíduos perversos e ambiciosos, em vez de um movimento social complexo.

Veredito: Propaganda em Trajes de Época

O filme termina com o destino final dos envolvidos. Lafayette é o único vilão a sobreviver à década revolucionária, sugerindo que o pragmatismo venceu a ideologia.

O documentário conclui com um elogio póstumo a Luís XVI, que de rei "poderia ter sido grandioso", mas encontrou a grandeza no martírio. Essa conclusão fecha o círculo do revisionismo: a história do fracasso é reescrita como a história da santidade.



"L'évasion de Louis XVI" é um estudo de caso fascinante sobre como a mídia pode reescrever o passado para servir narrativas contemporâneas. Embora visualmente competente, como produto histórico, é falho e tendencioso. Ao polir a imagem do rei, demonizar o povo e atropelar a cronologia, o filme falha em iluminar a história, optando por obscurecê-la com uma visão reacionária e anacrónica. É um filme que, em última análise, revela mais sobre os seus criadores e o debate político francês moderno do que sobre a complexidade da Revolução Francesa. Enfim é isso! Deixo abaixo o filme que inspirou a nossa Resenha, para quem tiver interesse:




Espero que tenham gostado! 


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sexta-feira, 28 de novembro de 2025

🌹 Esqueça Fersen: Uma Fã Uniu o filme Lady Osca(1979) e a série Maria Antonieta (2022) em um Tributo Genial.

Olá, queridos amigos da Lady Oscar, sejam Bem vindos!




 O algoritmo do YouTube acaba de me presentear com uma recomendação que eu simplesmente tive que compartilhar aqui. Trata-se de um vídeo-tributo fascinante e feito por fãs (sem uso de IA!) que presta homenagem ao icônico mangá A Rosa de Versalhes, de Riyoko Ikeda.

A ideia, segundo a própria criadora do vídeo, nasceu de uma recente "obsessão" pela Revolução Francesa, despertada após assistir à aclamada série Maria Antonieta (2022) e ao clássico filme Lady Oscar (1979).



O que torna este tributo particularmente interessante é a perspectiva única da autora. Ela confessa adorar a história do casal real, Maria Antonieta e Luís XVI, e ter uma antipatia declarada pelo Conde de Fersen (tanto na série quanto no anime). Por isso, o vídeo deliberadamente foca no relacionamento do casal real, em vez de explorar o conhecido triângulo amoroso ou o adultério.

O resultado final é uma montagem habilidosa que justapõe cenas do live-action de Lady Oscar com a estética moderna da série Maria Antonieta de 2022.

Vale muito a pena conferir! É um excelente exemplo de como a paixão dos fãs pode criar novas formas de apreciar obras atemporais.  Se você é fã da obra de Riyoko Ikeda ou simplesmente adora a história do casal real, clique no link abaixo e prepare-se para se surpreender com esta montagem única, deixo abaixo:



"Por fim, o legado de A Rosa de Versalhes é claro. A obra de Riyoko Ikeda mantém, até hoje, um poder impressionante de incentivar o público a mergulhar nas páginas dos livros de História, despertando um interesse genuíno pelos personagens e eventos que culminaram na Revolução Francesa."

Espero que tenham gostado! 


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quinta-feira, 27 de novembro de 2025

🌹 Unboxing de Luxo! Chegou a Deluxe Edition Blu-ray do Filme de A Rosa de Versalhes!


Olá, queridos amigos da Lady Oscar, sejam Bem Vindos!





Que notícia maravilhosa! Finalmente, a Deluxe Edition Blu-ray do filme de A Rosa de Versalhes (ベルサイユのばら) foi lançada no Japão ontem, dia 26 de novembro.

E eu não poderia ter descoberto de forma melhor: uma publicação de unboxing no YouTube! Quero fazer um agradecimento especial à minha seguidora, Regiane Thais do Santos, que prontamente me passou o link. Regiane, muito obrigada pela gentileza!

Preciso dizer: essa edição é simplesmente linda! O vídeo de unboxing me deixou absolutamente encantada com a qualidade e o cuidado que colocaram neste lançamento.



Fica a certeza: este é um item que merece um lugar de honra. É um artigo para colecionador e, sim, eu preciso encomendar o meu o quanto antes. O fascínio por A Rosa de Versalhes é atemporal, e essa edição Deluxe é a celebração perfeita desse clássico! Deixo abaixo o vídeo:


Enquanto a nova edição Blu-ray não chega, minha coleção já conta com uma peça especial do filme: o artbook.

Eu o comprei recentemente do ebay e ele é espetacular! É uma obra de arte por si só, repleta de ilustrações que traduzem a beleza e a intensidade da história."Confira abaixo as fotos do meu artbook (coleção pessoal). " Em breve, farei um vídeo dedicado a ele.

Atenção: Para evitar o uso indevido que ocorreu no passado, todas as imagens agora possuem marca d'água com o logo do blog Lady Oscar Brasil. segue as imagens:












Espero que tenham gostado! Daqui a pouco tem mais!




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