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terça-feira, 25 de novembro de 2025

Quanto assédio! De Ranze Eto, de "Tokimeki Tonight", a Oscar, de "A Rosa de Versalhes"... O clássico e recorrente "harém reverso" das heroínas nos mangás shoujo antigos. (Artigo Traduzido).


Olá, queridos amigos da Lady Oscar, Sejam Bem Vindos!

 


 "Ontem, um artigo do Futaman Futabanet foi compartilhado em um grupo do Facebook e achei que valia a pena a tradução.

O autor, que escreve sob o pseudônimo Dekai Penguin (Grande Pinguim), é um entusiasta de mangás shoujo clássicos dos anos 1970, que ele carinhosamente denomina como 'da Era Showa' (1926-1989). Desta vez, o texto aborda um fenômeno comum nessas obras antigas, conhecido como 'harém reverso' (逆ハーレム - gyaku hāremu), e não o assédio no sentido negativo que entendemos hoje.

A premissa do artigo é que, em mangás das eras Showa e Heisei, era recorrente a heroína — muitas vezes comum ou até desastrada — ser intensamente cortejada por vários homens bonitos e carismáticos simultaneamente. É importante notar que o autor usa a palavra 'assédio' no título original em japonês ('いくらなんでもモテすぎ!', que traduzi como 'Quanto assédio!') em um sentido de excesso de popularidade ou cortejo avassalador e fantasioso. Trata-se de uma situação que representa o sonho de consumo das leitoras, e não uma situação coercitiva ou indesejada."




O texto cita três exemplos principais:

1.Ranze Eto, de Tokimeki Tonight: Uma heroína "desastrada, mas honesta" que atrai príncipes do mundo demoníaco e até chefes da máfia.

2.Tsukushi Makino, de Hana Yori Dango: Uma garota comum que atrai a atenção de garotos super-ricos e bonitos (o F4) em uma escola de elite.

3.Oscar, de A Rosa de Versalhes: Uma personagem andrógina e carismática que atrai homens e mulheres devido à sua beleza e força.

Em resumo, o texto fala sobre como essas situações de "harém reverso" — onde uma única mulher é o centro das atenções de múltiplos pretendentes bonitos — são um clichê nostálgico e uma fantasia comum nesse tipo de mangá. Resovi explicar antes da tradução, pois tem gente que pode não compreender bem, então assim fica mais fácil

"Agora que o conceito está claro, podemos avançar para a tradução! Eu me esforcei para manter a estrutura original do texto e adicionei indicações de imagens (já que o artigo não as possuía) para deixar tudo mais interessante. 

⚠️ Nota Importante e Pedido de Ajuda!

Como não domino o japonês e utilizei o Google Tradutor como ferramenta principal de suporte, a tradução pode conter imprecisões.

Se você entende o idioma e notar qualquer erro, por favor, deixe sua correção nos comentários! Sua ajuda é inestimável para garantirmos a melhor leitura possível para a nossos leitores. segue a tradução:


Quanto assédio! De Ranze Eto, de "Tokimeki Tonight", a Oscar, de "A Rosa de Versalhes"... O clássico e recorrente "harém reverso" das heroínas nos mangás Shoujo antigos. (Artigo Traduzido).




Em qualquer época, mangás que retratam o doloroso coração apaixonado das mulheres são populares. Os mangás shoujo recentes dão a impressão de que muitos trabalham a relação entre a heroína protagonista e a pessoa por quem ela está apaixonada de forma lenta e cuidadosa.


No entanto, os mangás shoujo que fizeram sucesso da era Showa até a Heisei eram diferentes. Em muitas das obras-primas que foram hits no passado, a trama envolvia todos os tipos de personagens masculinos — desde o garoto mais bonito da escola e príncipes de terras estrangeiras até mesmo os vilões — fazendo investidas apaixonadas pela protagonista. Ou seja, as heroínas de antigamente criavam um estado de "harém reverso" apenas por estarem ali.


Desta vez, vamos relembrar as populares heroínas que exibiram uma popularidade tão invejável que nos faz pensar: "Por que ela atrai tanto assim?!"


A heroína desastrada que atraiu inúmeros homens: Ranze Eto, de "Tokimeki Tonight"


Existe uma heroína que cativou todos os tipos de homens, como um belo príncipe de outro mundo e um charmoso chefe de gangue. Essa é Ranze Eto, a protagonista de "Tokimeki Tonight", de Koi Ikeno, serializado na revista Ribon (Shueisha) a partir de 1982.



Em primeiro lugar, a paixão platônica e dedicada de Ranze é por Shun Makabe, seu colega de classe, que pode ser considerado o "tsundere" original. Os dois acabam se apaixonando mutuamente no final, mas o caminho até lá mostrou a popularidade avassaladora de Ranze.


Primeiro, Aron Luke Warrencer, que é o irmão gêmeo de Shun e príncipe do mundo demoníaco, tenta de todas as formas conquistar Ranze. Além disso, ela também recebe um pedido de casamento fervoroso de um homem bonito chamado Dark Carlo, chefe da máfia romena e parente distante de Shun.


E não para por aí. Ela também é alvo da afeição de personagens secundários delinquentes, enviados por Yoko Kamiya, sua rival no amor que gosta de Shun; e até mesmo George, um shinigami (Deus da Morte) que vive no mundo demoníaco, fica quase apaixonado apenas por receber um beijo na bochecha de Ranze. Além disso, Keigo Tsutsui, o garoto que estrela a adaptação cinematográfica do romance do pai de Ranze, também se apaixona por ela à primeira vista. Muitos desses personagens acabam competindo ferozmente com Shun pelo coração de Ranze.




Ranze é a personificação do arquétipo clássico de heroína comum na era Showa: "desastrada, mas dedicada e honesta". É esse charme puro dela que, sem dúvida, atrai tantos homens, tanto no mundo humano quanto no demoníaco.



■ Jovens bonitos apaixonados por uma garota comum… Tsukushi Makino, de "Hana Yori Dango"


A heroína do grande sucesso de Yoko Kamio, "Hana Yori Dango", Tsukushi Makino, é apresentada como uma garota comum, de classe social média. No entanto, em uma escola de elite frequentada por pessoas extremamente ricas, ela chama a atenção do "F4", um grupo de rapazes bonitos que está no topo da riqueza e do poder, e a partir daí, ela se vê em um harém reverso, desejada por muitos homens, incluindo os membros do grupo.

O principal deles a se apaixonar por Tsukushi é Tsukasa Domyoji, o herdeiro de um conglomerado financeiro, por quem ela acaba desenvolvendo uma paixão mútua. Ela também é cortejada por Rui Hanazawa, o melhor amigo de Domyoji, que possui um charme gentil e misterioso. Qual dos dois, com seus tipos diferentes, era o melhor, provavelmente foi um debate comum entre os leitores.



No entanto, a popularidade de Tsukushi não para por aí. Shingo Oribe, seu colega de classe do ensino fundamental, Kazuya Aoike, seu amigo de infância um pouco tímido, e até mesmo Seinosuke Amakusa, o filho de um parlamentar que sonha em ser chef de sushi, são alguns dos homens que aparecem e demonstram afeição por Tsukushi à medida que a história avança.

Embora Tsukushi seja arrastada pelas investidas intensas deles, ela usa sua característica "alma de erva daninha" para superar a situação de harém reverso. E, com o tempo, ela e Domyoji, que deveriam ser inimigos mortais no início, acabam se atraindo fortemente e o amor...


Por ser tão atraente, ela também atrai mulheres! Oscar, de "A Rosa de Versalhes"

Por fim, gostaria de apresentar a protagonista Oscar François de Jarjayes, de "A Rosa de Versalhes", de Riyoko Ikeda, uma obra-prima do mangá shoujo da era Showa. Com sua beleza andrógina e carisma, Oscar cativou muitas pessoas, independentemente do sexo.

Ao falar de Oscar, é indispensável mencionar seu amigo de infância, André Grandier, que a amou incondicionalmente por toda a vida. Os dois acabam juntos após muitos percalços, mas até esse ponto, Oscar foi cortejada por muitas pessoas.

Primeiro, há Girodelle, que serviu como ajudante de ordens de Oscar quando ela era coronel da Guarda Francesa e, mais tarde, se torna seu noivo por um plano do pai dela. Ele se apaixona por Oscar como mulher e a corteja com palavras doces.



Também há Alain de Soissons, sargento e subordinado da Guarda Francesa liderada por Oscar. Embora inicialmente ele se opusesse a ela, com o tempo ele começa a nutrir sentimentos especiais que vão além da lealdade e do respeito. Além disso, até mesmo Sua Alteza Real Louis-Joseph, o Delfim da França, com apenas 7 anos de idade, nutre afeição por Oscar e a beija em seu leito de morte.



Não foram apenas os homens que nutriram sentimentos intensos por Oscar. Rosalie La Morlière, que a apoiou tanto na vida pública quanto privada, também chorou muitas vezes por seu amor não correspondido.

A beleza e o carisma que Oscar possuía tinham o poder de atrair pessoas de todas as idades e sexos.

A situação de sonho em que vários homens bonitos se aglomeram em torno de uma única mulher é um desejo inalterado das jovens, de ontem e de hoje. Justamente porque um estado de "harém reverso" como esse raramente acontece na realidade, é inegável que mangás com esse tipo de premissa proporcionam aos leitores uma sensação de felicidade extraordinária.



Dekai Penguin.


Fim

Agora que já traduzimos, vamos à análise e comentários: A Filosofia do "Harém Reverso"
Olá, leitores!


O artigo nos convida a refletir sobre um fenômeno cultural persistente: o "harém reverso". Conforme explicado acima.
Vamos dissecar a inteligência por trás desse tropo narrativo, oferecendo minha análise e um toque de filosofia sobre o porquê de essa fantasia ressoar tão profundamente conosco.


A primeira coisa que salta aos olhos é a constatação do autor japonês: "A situação de sonho em que vários homens bonitos se aglomeram em torno de uma única mulher é um desejo inalterado das jovens, de ontem e de hoje".

Isso não é apenas um clichê de mangá; é um espelho cultural. A humanidade, por natureza, anseia por validação e atenção. O harém reverso é a materialização da fantasia de ser incondicionalmente desejada. Ele remove a ansiedade da rejeição e a dúvida do "será que ele gosta de mim?". Naquele universo, a resposta é um retumbante sim, vindo de múltiplas direções.
O artigo brinca com a palavra "assédio" (モテすぎ - mote sugi, "popular demais"), mas o ponto filosófico é que a narrativa transforma o que poderia ser opressivo na realidade em um cenário de empoderamento ficcional. A heroína não busca essa atenção; ela simplesmente existe e a atenção a encontra.

O texto destaca que muitas dessas heroínas são "desastradas, mas dedicadas" (Ranze) ou "comuns com alma de erva daninha" (Tsukushi). Isso é crucial para a identificação do leitor.


 Elas não são apenas histórias sobre garotas que atraem muitos homens; são contos sobre ser notado, valorizado e amado de maneiras que a realidade raramente permite. O "harém reverso" pode ser um tropo, mas é um que resiste ao tempo porque toca em um desejo universal. E, na minha opinião, há uma beleza inegável em um gênero que se permite sonhar tão grande. E você, qual dessas heroínas clássicas é a sua favorita? A minha é a Oscar, é claro!


Enfim, é isso!


Espero que tenham gostado! Uma Boa semana Amigos da Lady Oscar!


ady Oscar diz... Obrigada por sua visita! Volte sempre que quiser.

 


 

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Lady Oscar diz..
Olá,meus queridos amigos, Obrigada por sua visita.
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