Hoje, uma seguidora, a Regiane, veio me perguntar, se eu já havia notado que alguns episódios do anime Rosa de Versalhes(ベルサイユのばら), o estilo gráfico das personagens, os cenários, brilhos nos olhos, e até mesmo a própria animação difere muito da primeira metade da série até a última parte. Expliquei a ela, o que de fato aconteceu, mas resolvi trazer esse assunto para cá. Por que os episódios da primeira metade de Rosa de Versalhes difere tanto da segunda parte do anime? Isso acontece porque Tivemos uma troca de diretor, na primeira metade Tadao Nagahama (長浜 忠夫) e na segunda Osamu Dezaki (矢吹徹).
No início do anime Rosa de Versalhes, podemos sentir que é um
desenho animado estilo capa espada, algo que estava muito na moda nos
anos 1970 e 1980, portanto os primeiros episódios, dirigidos por
Tadao Nagahama, era bem mais infantil, com elementos que eram muito
popular na época como o vilão de longos bigodes o
Duque de Orleans.
Existiam
muitas diferenças do mangá, como, por exemplo, o sequestro de Maria
Antonieta que é algo exclusivo do anime. Sem falar que nos últimos
episódios dirigidos por Nagahama, ouve uma cena que a maioria dos fãs
japoneses não gostaram, que é quando Polinac, que já estava na corte,
fazendo o que bem-queria, convence Antonieta a mentir dizendo que está
Grávida e como se não bastasse a mentira, em um dos episódios ela acusa
Lady Oscar de ter deixado a rainha perder a criança que supostamente, ela estaria esperando. O resultado, foi algo um pouco estranho, que nunca aconteceu no mangá original de Riyoko Ikeda e acabou por virar uma ponta enorme deixada, na série. Outro ponto, que os fãs foi mangá costumam reclamar, é a mudança de personalidade de Oscar, porque que leu o mangá, sabe bem, que a Oscar de Riyoko Ikeda difere da Oscar que temos no anime. Riyoko Ikeda, fez uma jovem comandante de personalidade forte, sim, porem debochada, alegre e até um pouco irônica, ela tinha uma expressão debochada no mangá que era algo característico e no anime isso foi deixando para trás, Oscar se tornou muito séria, quase o tempo todo com cara fechada, parecendo carregar o peso do mundo nas costas. Sem contar, que no Mangá Oscar quem começa a despertar o interesse pela revolução, já no anime é André e ela parece se juntar a revolução carregada por ele. Muitos dizem que o anime é machista e tal, mas para mim não é machismo e sim, uma adaptação da história original. Entretanto, por essas e outras coisas, a série animada acabou não fazendo o sucesso esperado no Japão, e tivemos essas trocas de diretores, animadores e por isso temos essa grande
diferença nos traços, animação, efeito e tudo mais no anime. A partir do
episódio 19, quando
Osamu Dezaki, outro renomado direto,
entra em cena, a série ganha um tom mais adulto mais forte, os traços
também mudam bastante, mas sem perder a beleza e o esplendor.
Lady Oscar na primeira metade do anime fase Tadao Nagahama. |
Quais são as diferenças mais notáveis na série? Eu diria, que Osamu Desaki trouxe um ar mais sério, os episódios são claramente mais
adultos que anteriores em termos de cenários, drama e profundidade
expressiva das personagens. Todos os protagonistas também parecem mais maduros
devido às exigências da linha temporal da história: 35 anos decorridos
desde o nascimento de Oscar até à tempestade da Bastilha, que marca o
fim da série.
Essas mudanças não se devem apenas à profundidade das personagens: os
cenários que acolhem os protagonistas, mas também, os episódios ganham
um tom mais dramático que se adaptam perfeitamente a obra original, sem
falar na
complexidade histórica, narrativa e de animação. Tudo isso começa a tornar o anime mais interessante ao público, despertando um certo suspense e
curiosidade pelo que iria acontecer no próximo episódio.
Finalizando nossa análise, o esperado era que o anime da Rosa de Versalhes, alcançasse o mesmo sucesso que o mangá original e Tkarazuka Revue, mas devido o fato da série animada ter se distanciado um pouco do mangá de Ikeda ele acabou não sendo tão popular, pelo menos não no Japão, então, diferenças em
traços, história e tudo mais,
existe, na metade da série, sim, porque como disse logo acima mudaram tudo para tentar melhorar o anime e ele acabou ganhando esse tom mais maduro na última parte. Fracasso na pátria, sucesso no exterior! No Japão o anime Rosa de Versalhes, pode até não ter feito tanto sucesso, porem nos países europeus o desenho fez grande sucesso, principalmente na Itália, tanto
que até hoje, os italianos amam muito mais o anime do que o próprio
mangá de Ikeda. O mangá mesmo acabou por ser a segunda opção, mesmo
assim foi publicado por mais de 7 editoras diferentes no país. Mas como
disse, fracasso no Japão e sucesso na Itália, por lá O anime Lady Oscar é
muito importante.
Entretanto, no Japão, a série animada ganhou um
Revivel nos anos 1980, graças ao sucesso do anime Saint Seiya, conhecido
aqui no Brasil como Os Cavaleiros do Zodíaco, isso aconteceu, devido o
fato do
character design da primeira metade da Rosa de Versalhes
contar com a dupla, que trabalhou na animação de Cavaleiros do Zodíaco
Shingo Araki e Michi Himeno. Se reparar bem, na primeira metade da Rosa
de Versalhes, os traços lembram demais a animação clássica de Saint
Seiya e foi devido a isso que aqui no Brasil a série de animação da Rosa
de Versalhes, acabou sendo lançada em VHS de forma bem cortada, foram
12 episódios lançados dublados em VHS e Um longa, dublado que resume os
40 episódios da série. Mesmo com todo o sucesso de Cavaleiros do Zodíaco, Ross de Versalhes, jamais foi exibida nas TV brasileira, infelizmente.
E Akio Sugino trabalhou sim ou não no anime de Rosa de Versalhes?
Já respondi essa pergunta, e até abri um post no blog, certa vez comentando a respeito, fazerem essa pergunta sempre aparece nos grupos sobre Rosa de Versalhes. Então vamos lá, Akio Sugino é o character design parceiro de Ozamu Dezaki Ok? Ele entrou na
equipe de produção do anime Rosa de Versalhes quando
o Desaki assumiu como o segundo diretor. Simplesmente todos os sites informativos sobre a série animada, trazem o nome
dele, creditados e alguns
apontando, até mesmo a partir de qual episódio ele participou. Então,
sim, ele trabalhou na produção da versão animada de
Rosa de Versalhes e como disse acima, era o parceiro de Dezaki.
Abaixo algumas das ilustrações desse artista:
Enfim, eu amo o anime, para mim ele inteiro é maravilhoso, mesmo com as
mudanças que aconteceu no meio da série, isso para mim não afeta em nada
o esplendor dessa maravilhosa animação. Inclusive chego até preferir algumas partes da animação, que não existem no mangá, como, por exemplo, o duelo entre Lady Oscar e o duque de Germain que simplesmente não acontece no mangá original e em minha opinião ficou faltando, já que a
cena no mangá termina de modo até sem graça.
Resumindo, Amo o mangá
original de Ikeda e também amo o anime, para mim ele inteiro é
maravilhoso e não, não é machista e sim diferente, por ser uma adaptação. Nem sempre as adaptações seguram a risca a obra original, porem todas têm o seu valor e um luar especial no coração dos fãs.
A
troca de diretor no meio da série muda, sim, muitas coisas, porem, em
minha opinião, isso não foi um problema, pelo menos não para mim, entretanto em termos de
character design
confesso que amo a primeira fase do anime, por ser fã dos traços do mestre
Shingo Araki
inclusive me inspiro muito nele, ao desenhar e até ouvi de algumas
pessoas que meus traços lembram um pouco o estilo dele, isso me deixou muito feliz.
^^ Araki foi uma grande perda no mundo da animação japonesa e faz muito muita falta para os apaixonados nós os apaixonados
por anime.
Espero que tenham Gostado!
Um uma ótima semana a todos vocês amigos da Lady Oscar.
ady Oscar diz... Obrigada por sua visita! Volte sempre que quiser!
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Lady Oscar diz..
Olá,meus queridos amigos, Obrigada por sua visita.
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