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sexta-feira, 28 de abril de 2023

O mangá Rosa de Versalhes comemora hoje os 51 anos de sua estreia na revista Margaret da Shueisha.


Olá, amigos da Lady Oscar, Sejam Bem Vindos!

 

 Segundo informações compartilhadas na página que sigo no Facebook, Berusaiyu no Bara Doukoukai, O mangá Rosa de Versalhes (ベルサイユのばら)   comemora hoje os 51 anos de sua estreia na revista Margaret da Shueisha.  Deixo o link com a fonte para quem quiser consultar, pois muito estão achando estranho, pelo fato que o aniversário de publicação da obra máxima de Ikeda é 21 de maio. Mesmo assim esse ano marca os 51 anos da Rosa de Versalhes, então aproveitando a informação da página resolvi abrir esse post, para comentar sobre o mangá.





Rosa de Versalhes começou a ser serializado no Japão entre 1972 a 1973, na revista semanal Margaret (Editora Shueisha), O sucesso dessa obra revolucionária, deve-se a sua influência em mudar a imagem dos Shoujo mangá (quadrinhos, infantojuvenil feminino). A obra se tornou o mangá feminino mais vendido de todos os tempos e ficou tão famoso no Japão que em 1974, um ano após o final da série, Rosa de Versalhes, se tornou o primeiro mangá a ser adaptado para o musical no teatro feminino Takarazuka Revue, A peça foi um verdadeiro sucesso, tanto que foi graças a Rosa de Versalhes que o teatro feminino Não fechou as portas e ainda hoje é muito procurado principalmente pelo público feminino.


 

Em 1979, Rosa de Versalhes ganhou um filme Live Action, intitulado Lady Oscar, um filme de comédia dramática e romance franco-japonês baseado no mangá Versailles no Bara de Riyoko Ikeda. Esse Live Action foi escrito e realizado por Jacques Demy, com trilha sonora composta por Michel Legrand. Lady Oscar foi filmado na França no Palácio de Versalhes com a permissão do governo Francês e a participação de Riyoko Ikeda no Roteiro, escolha de ator e figurinos, essas informações foram retiradas do bônus de minha edição em DVD.






No mesmo no, a série ganhou uma animação que rendeu 40 episódios, na Europa o nome que Rosa de Versalhes ganhou para sua divulgação foi Lady Oscar devido ao título do filme dirigido Jacques Demy. Infelizmente no Japão o anime Rosa de Versalhes, acabou não fazendo tanto sucesso, como o mangá e as apresentações na Takarazuka, mas na Europa foi um verdadeiro fenômeno, principalmente na Itália, onde o anime acabou provocando uma febre entre crianças e adolescentes nos anos 1980.

 

 

O sucesso do anime foi o que tornou a série mais famosa de Ikeda conhecida na Europa, tanto que na Itália até hoje o anime chega a ser mais idolatrado do que o próprio mangá. Nem tudo são rosas, Ikeda passou por diversos obstáculos para conseguir publicar seu mangá, ela era uma jovem de 24 anos, precisava conquistar a própria independência, já que havia deixado a casa de seus pais e corria, o risco de ter sua série cancelada a qualquer momento caso não fizesse sucesso. Ao apresentar Rosa de Versalhes, o departamento editorial da revista Margaret (A maioria Homens), recusaram a ideia, pelo simples fato de acreditar que mulheres e crianças seriam incapazes de entender uma obra com fatos históricos. Mas Ikeda foi ousada e decidiu publicar sua obra com a condição de que se não fosse um sucesso ela pararia a serialização e pediria demissão. Claro, foi um grande desafio para a jovem Ikeda, que estava pisando em ovos o tempo todo e correndo risco de sua obra fracassar e ser cancelada. Riyoko sofreu, no entanto, resistência de seu editor, que não acreditava que uma história sobre Maria Antonieta iria vender, ainda mais com um final que todos conheciam.

 

Foi então que Ikeda, precisou criar uma personagem que a princípio seria usada como um gancho para dar ação e emoção para a história da última rainha da França. Surge então Oscar François de Jarjayes uma das únicas personagens fictícias criada por Ikeda.


Oscar, é a filha caçula do renomado general François-Augustin Reynier de Jarjayes, que foi inspirado em uma pessoa que realmente existiu e dedicou sua vida a guarda real Francesa. Nascida em 25 de dezembro de 1755, a quinta filha do general Jarjayes, é batizada com um nome masculino, Oscar François de Jarjayes. O renomado General, sem esperanças de ter outro filho, se vê aflito por não deixar um sucessor na guarda real.  No desespero, ele resolve criar a pequena Oscar como um homem e dar a ela todo um treinamento militar necessário, para que um dia ela possa se tornar o melhor general da França e o sucessor na guarda real, quando ele se aposentar.





 Como era de costume na época que cada jovem moça da nobreza, tivesse uma dama de companhia, recebe um pajem, André Grandier que se torna seu fiel e amigo. André é neto da babá de Oscar e um serviçal na mansão dos Jarjayes. Entretanto, o rapaz guarda um segredo, ele é apaixonado por Oscar e sofre por um amor não correspondido quase a série inteira.Com apenas 14 anos, Lady Oscar, já uma talentosa, espadachim, recebe o honroso cargo de capitã da guarda real e cabe a ela o dever de cuidar da proteção da Delfina Maria Antonieta, que viria da Áustria se casar com o delfim da França.

 

 

O mangá de Ikeda difere do anime, principalmente nesse início, quando, Oscar recebe o cargo de capitã da Guarda real. No mangá original de Ikeda, Oscar não reluta a aceitar a missão, ela é treinada pelo pai, e ao saber que seria a capitã da guarda real de Maria Antonieta, ela fica entusiasmada com a chegada da princesa, mas dá para perceber um pouco de nervoso já que é uma grande responsabilidade para um jovem de 14 anos proteger uma garota da mesma idade dela.


 Já no anime Oscar, inicialmente, reluta em assumir a função de militar, mas após um duelo com Gerodelle, ela finalmente veste o uniforme e aceita o cargo. Oscar torna-se devota a Antonieta e oferece a rainha sua total atenção, como um samurai a seu mestre. Antonieta, por sua vez, se encanta com a postura e elegância de Oscar a torna sua amiga.
 
 

 

  O início do mangá é dedicado a infância de Maria Antonieta, quase nada da infância de Oscar, mas com à recém-chegada Maria Antonieta, Oscar começa a ganhar mais atenção e logo vem a se tornar a protagonista. Oscar passa a maioria do tempo no palácio de Versalhes, e logo no início, somo apresentados a primeira vilã da Série Madame Du Barry a amante do rei. Antonieta ouve coisas terríveis da queridinha do rei e logo decide jamais conversar com aquela mulher vulgar, que se comporta feito a rainha da frança. Ao decorrer da história Antonieta, vai a um baile de máscaras, e finalmente acontece seu primeiro encontro com o conde Hans Axel Von Fersen entre outros acontecimentos da biografia da rainha.
 
 

Uma vez que a personagem de Oscar tornou-se mais popular, ela acabou ofuscando a rainha e se tornando a verdadeira, rosa de Versalhes. Segundo Ikeda, o nome da série seria As Rosas de Versalhes, cada rosa corresponde a uma das mulheres da história, entre as mais importantes temos a Rosa-branca o qual é a nossa heroína Oscar e a rosa Vermelha que é Maria Antonieta.

 
Lady Oscar nasceu de uma família nobre e frequentou a corte Francesa desde muito cedo, assim como seu pai, sua fidelidade a família real é indiscutível, porem Oscar acaba se encontrando com personagens pró revolução, tais como Robespierre e Saint-Just.O crescimento das personagens é notável diante de dos olhos do leitor, no início todos os personagens são adolescentes, mas vão crescendo até se tornarem adultos







Ao fim da trama, temos uma rainha muito diferente da princesa mimada, a quem fomos a presentados, e uma Lady Oscar que decide seguir os ideias revolucionários. Oscar se torna uma espécie de ronin, um samurai sem mestre, segundo as palavras da especialista na cultura japonesa Cristiane A Sato, que deu uma interessante palestra no evento comemorativo, realizado em setembro do ano passado, do qual tive a honra de participar.






 Continuando, Mesmo deixando a guarda real e sendo transferida a guarda francesa, a amizade das garotas, no entanto, não é abalada apesar da necessidade da separação. Oscar começa a entender o sofrimento do povo da França e lutará ao lado da população durante a revolução francesa.
Como forma de não dar nenhum spoiler sobre a série, não continuarei a citar os acontecimentos e o desenrolar da narrativa; mas para aqueles apaixonados por Revolução Francesa, vale dizer que Jeanne de Valois-Saint-Rémy, e o Cardeal Rohan são personagens importantes, assim como a Condessa de Polignac em Rosa de Versalhes.



Uma vez que a biografia de Stefan Zweig, serviu para Ikeda como a maior inspiração para Rosa de Versalhes, a obra, toma o romance de Maria Antonieta e o Conde Fersen como fato, este se torna, também, um dos personagens de maior destaque e carisma na série, já que Oscar também irá se apaixonar pelo jovem conde sueco.

 
A Rosa de Versalhes foi pioneira em muitos campos, a começar por ter a primeira cena adulta em um mangá, e por tratar de um assunto como o adultério sem julgar as personagens envolvidas.Outra inovação é a própria Oscar. Em A Rosa de Versalhes questões de gênero são tratadas com maior profundidade. Oscar é criada como homem e com isso consegue crescer, em total liberdade, algo que só era desfrutado apenas por homens naquela época, já que as mulheres não tinham essa liberdade toda.
 
 

 Por esse motivo, no final da série, quando o general resolve que Oscar deve se casar para produzir herdeiros e o pior com um noivo indesejado, Gerodelle, ela resolve ir ao baile vestida de homem, insultando os rapazes e flertando com mulheres, a fim é claro de provocar o pai e evitar um casamento. Ao final dessa parte tão memorável do mangá, que infelizmente ficou de fora da animação, Oscar ainda agradece ao seu pai por sua crianção, pois graças ao estilo de vida que ele lhe deu, a jovem comandante tem liberdade total de escolher seu próprio destino, algo que jamais seria possível se ela tivesse tido uma crianção normal como todas as mulheres da nobreza.


 Oscar é livre das privações e dificuldades que eram vistas como próprias do gênero feminino, além das amarras da sociedade a tal gênero. Por outro lado, temos mais uma inovação, André Grandier, o amigo de infância de Oscar, é um homem muito sensível e apaixonado, algo que também não era comum em shoujo mangá. André acompanha Oscar como seu fiel escudeiro, mas sempre respeitando o espaço de sua companheira, ele não a julga por seu forte temperamento e apoia suas decisões. Em entrevista, Ikeda chegou a dizer que criou Oscar para ser mais forte que André. E que moça nunca sonhou em ter um André em suas vidas? Acredito que nenhuma. 



  O sucesso de Rosa de Versalhes foi tanto que a editora Shueisha recebia enxurrada de cartas de fãs da Rosa de Versalhes durante a sua publicação, algo como 10.000 cartas por dia. Com o fim da série, milhares de pessoas se viram órfãs de Rosa de Versalhes e continuaram a enviar cartas a editora, obrigada a pedir que Riyoko Ikeda escrevesse uma nova estória ou um spin-off, algo para acalmar a multidão. Mais tarde Ikeda escreveu os Gaidens da Rosa de Versalhes, porem seus traços estavam bem diferentes do mangá original.

Curiosidades.


 
 
Ainda estamos nas comemorações dos 50 anos da publicação do mangá Rosa de Versalhes e ano passado fomos surpreendidos com o anúncio de um novo filme  animação, então, acredito que até maio com as comemorações do aniversário de 51 anos de publicação do mangá, sairá algum novo trailer e quem sabe a tão esperada data de lançamento. E espero que esse filme possa trazer alguns dos momentos memoráveis do mangá que ficaram de fora na primeira animação.
 
 
O existe de um interessante  Dorama chamado Haken no Oscar, onde a protagonista usa referências do mangá A Rosa de Versalhes em sua vida cotidiana e temos algumas aparições de Oscar. Recomendo para quem é fã de Rosa de Versalhes, pois o Dorama é muito divertido.
 
Ao criar a história do nascimento de Lady Oscar, Ikeda se inspirou na rainha Christina da Suecia que ao nascer chorou tão forte que fez com todos pensassem haver nascido um menino. Seu pai, o rei Gustavo II, teria dito algo como ela enganou a todos nós. A rainha Christina assim como Oscar, também foi criada como um homem.


A obra foi publicada aqui no Brasil em 2019 pela JBC em uma edição BIG 2 em 1.

Enfim, para quem não entendeu ou ainda está confuso, vamos lá, hoje 28 de abril é o aniversário do início da serialização, porem o primeiro capítulo do mangá  só foi publicado em 21 de maio de 1972. Não se trata de Fake News e sim de informações que podem ser confirmadas. Em maio teremos post especial, também pretendo, gravar um vídeo sobre o sucesso de Rosa de Versalhes. Finalizando com um vídeo da abertura da série e algumas imagens de Lady Oscar.










Um bom final de semana a todos vocês amigos da Lady Oscar.
 
 
Espero que tenham gostado!



lady oscar identitàady Oscar diz... Obrigada por sua visita! Volte sempre que quiser!





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