Olá, Queridos amigos da Lady Oscar, Sejam Bem Vindos!
"Depois do post de ontem, que comparou Lady Oscar e Francesca Scanagatta (se você perdeu, clique aqui), vamos continuar nossa série sobre figuras históricas. Desta vez, abordaremos a relação entre Oscar François de Jarjayes, a heroína de A Rosa de Versalhes(ベルサイユのばら), e a figura histórica de Marie-Jeanne Schellinck. A história das duas revela paralelos e contrastes cruciais sobre a vida de mulheres que se disfarçaram de homens para lutar nas guerras francesas, especialmente no final do século XVIII e início do XIX.", A Imagem abaixo, veio do site Lady Oscar 40 Anni, pois em um post antigo, "Elena também comparou Oscar a Marie-Jeanne Schellinck. Isso mostra que não sou a única a pensar nessa provável inspiração de Ikeda para a criação da nossa heroína. Então, vamos ao post:"
Quem foi Marie-Jeanne Schellinck? Bem, vamos lá, Marie-Jeanne Schellinck (1757-1840) foi uma militar belga que lutou disfarçada de homem durante a Revolução Francesa e as Guerras Napoleónicas. Embora sua carreira militar seja real, a história de ter sido a primeira mulher a receber a Legião de Honra de Napoleão I é considerada uma lenda. Em 1792, aos 35 anos, Marie-Jeanne se disfarçou de homem e se alistou no 2º batalhão belga do exército francês, que estava em campanha nos Países Baixos Austríacos.
Ela participou de
forma notável da Batalha de Jemappes, em 1792, onde foi gravemente ferida. Quatro
dias depois da batalha, foi promovida a subtenente por sua bravura. Existem, relatos,
ainda que alguns lendários, a colocam em outras grandes batalhas, como Arcole,
Marengo, Austerlitz, Jena e na campanha da Polônia.
Após deixar o serviço militar entre 1795 e 1796, quando se
casou com o tenente Louis-Joseph Decarmin. Ela o acompanhou na campanha da
Itália e se estabeleceu com ele em Lille após a aposentadoria do marido.
A história mais popular sobre Marie-Jeanne Schellinck, a de
que ela teria sido condecorada com a Legião de Honra pelo próprio Napoleão
Bonaparte, é comprovadamente imprecisa.
Entretanto, o imperador nunca concedeu a Legião de Honra a
uma mulher. Além disso, a primeira mulher a receber a condecoração foi
Angélique Brûlon, em 1851, agraciada por Napoleão III.
A história da condecoração começou a ser difundida por volta
de 1890, alimentada por ilustrações e textos que a celebravam.
A história de Schellinck, pode sim, ter inspirado, o mangá e a série de anime A Rosa de Versalhes (Lady Oscar), que também aborda a vida de uma mulher que se disfarça de homem para servir na Guarda Real. Então a partir daqui, vamos começar as comparações.
Embora a história de Schellinck seja similar à de Oscar em alguns aspectos, a autora Riyoko Ikeda não a citou como uma inspiração direta. A autora afirmou que a inspiração para Oscar veio de várias fontes, não de uma única pessoa: Ikeda, baseou Oscar em histórias de mulheres guerreiras que leu sobre o período moderno, e não em um único indivíduo. Ela também se inspirou na vida do revolucionário Pierre-Augustin Hulin para as ações de Oscar.
Me lembro de ter lido uma entrevista, da mangaká
Riyoko Ikeda, onde ela contou que, durante seus anos de ensino fundamental e
médio, recebeu mais cartas de amor de garotas do que de garotos. Ela era mais
alta do que a maioria dos colegas, tinha uma aparência mais escura, sendo
descrita por ela mesma como não tendo “sex appeal”, o que a levou a ser
apelidada de “espantalho”.
Essa experiência de vida se relaciona com a sua obra mais famosa, A Rosa de Versalhes, que apresenta a personagem andrógina Oscar François de Jarjayes. Em uma entrevista de 2007, Ikeda disse ver em si partes femininas e masculinas, especialmente em seu trabalho e modo de pensar, e criou Oscar como uma antítese à sociedade predominantemente masculina do Japão na época.
Já a personalidade andrógina de Oscar foi baseada nas
atrizes que interpretavam papéis masculinos na Takarazuka Revue, um grupo de
teatro japonês composto exclusivamente por mulheres.
Entretanto, existem semelhanças inegáveis como, por exemplo, identidade de gênero e serviço militar: ambas as mulheres assumem identidades masculinas para servir no exército. A ficcional Lady Oscar é criada como homem por seu pai para herdar a liderança da Guarda Real Francesa, enquanto a histórica Marie-Jeanne Schellinck se disfarça de homem para se alistar e lutar nas tropas da Revolução Francesa e do Império Napoleônico.
Ousadia e coragem: As duas são retratadas como destemidas e bravas em combate. Oscar é uma exímio espadachim e comandante, admirada por sua habilidade e liderança. Schellinck, por sua vez, alistou-se em 1792 e participou de forma notável da Batalha de Jemappes, onde foi gravemente ferida, e continuou a acompanhar o exército em campanhas posteriores.
Quebra de barreiras sociais: Ambas rompem com as expectativas de seu tempo e gênero, que relegavam as mulheres a papéis domésticos e sociais restritos. A ascensão de Oscar à posição de capitã da Guarda Real e a dedicação de Schellinck à vida militar desafiam as convenções da sociedade pré-revolucionária e revolucionária.
Conclusão, mesmo sem confirmação de inspiração por parte da autora de A Rosa de Versalhes (Lady Oscar), não podemos negar que existem semelhanças. Pois a obra de Ikeda também aborda a vida de uma mulher que se veste como homem para servir na Guarda Real.
Espero que tenham gostado! Uma ótima semana amigos da Lady Oscar.