Olá, queridos amigos da Lady Oscar, sejam Bem Vindos!
Na edição da JBC o quinto volume termina com da queda da Bastilha e o exército liderado por Oscar a favor da população da França, seguido pelas mortes de Antonieta e Fersen. Temos também um Gainden que deixarei para resenhar em outro post, já que trarei as resenhas todas as histórias os gaidens, inclusive os que não chegaram aqui no Brasil.
Chegamos a 14 de julho de 1789, a Oscar está vivendo o momento mais difícil de sua vida, lidar com uma grande perda, está debilitada, mas não perde suas forças, continua lutando liderando sua tropa para derrubar a Bastilha. A multidão se rebelou, mas não tinha estratégia. Oscar, mesmo sofrendo pela perda de uma pessoa muito importante em sua vida, demonstrou-se forte e uma grande heroína até o final. Ela continua liderando sua tropa a favor da população da França. Alguns guardas reais, se juntam ao povo para tentar derrubar a fortaleza mas não entrarei em mais detalhes se não acabarei dando Spolier, então leiam o mangá.
Bastilha cai eventualmente, simbolicamente, derrubando a monarquia francesa. Ikeda, não pode contar a história como ela realmente queria e a Rosa de Versalhes, acabou terminando mais rápido do que o esperado. A série começou em 1972 e terminou em 1973, mas porque um prazo tão curto? Os editores da revista Margaret a forçaram terminar sua obra mais famosa em um curto prazo, deram-lhe apenas uma semana para finalizar sua obra mais famosa. Ikeda foi ameaçada de morte, por alguns fãs que não gostaram do final de sua História, tudo isso deve ter causado uma grande pressão na jovem mangaká.
No Japão, após a conclusão da história, a confusão foi tanta, que as aulas chegaram a ser canceladas devido ao final de Rosa de Versalhes. E com tanta pressão e tão pouco tempo para terminar sua história, os traços de Ikeda caíram na qualidade nesse ultimo volume. Não darei spolier, mas continuarei com os finais de Maria Antonieta e Fersen.
A autora seguiu a história até a guilhotina, mas a série vai
perdendo um pouco de força, não temos mais tanto romance, nem momentos Cômicos. Mesmo assim, a autora nos leva a execução de Maria Antonieta. A
partir desse momento, Antonieta, que havia perdido o protagonismo para
Oscar, volta a ser o principal foco. Ikeda nunca enxergou Antonieta como
uma grande vilã, como mostra os livros de História, então claro que não
terminaria o mangá colocando Antonieta como a mulher que arrasou um
país. Entretanto, Ikeda se mostra a favor da revolução francesa e assim
segue a história, que nessa altura perde um pouco as forças.
O Duque de Liancourt, invade os aposentos do rei Luís XVI, para avisá-lo sobre a revolução que está pegando fogo em Paris, mas Ikeda, retrata esse rei, como um perfeito bobão. Ele é o rei, mas não toma conhecimento algum, parece não entender a gravidade do problema que irá colocar um fim na Monarquia. O que Ikeda nos mostra? Luís XVI reclamando com o duque de Liancourt, por invadir seu quarto e acordá-lo. Sim, é bem isso que acontece nesse volume. O rei ainda diz É mais uma revolta do povo, qual é a pressa?" "Não Majestade! Não é uma revolta, é uma revolução." Pelo que parece, o rei realmente fez essa pergunta ao Duque e Ikeda usou no final do mangá as palavras do monarca.
A nobreza, chega a sugerir ao rei que ele fuja para algum lugar distante de Paris, mas O rei não escuta o conselho dos nobres.
A grande amiga de Antoniete, Condessa de Polinac acaba fugindo, claro como meu pai costuma dizer, quando a bomba está prestes a explodir, uns fogem, outros ficam. Ela foi em minha opinião a pior vilã da Rosa de Versalhes, contribuiu o tempo todo para acabar com a imagem da Rainha, e o que lhe restou foi fugir quando estourou a revolução. Na história Real, A própria Antonieta pede que ela fuja, já que é odiada pela maioria. A duquesa morreu na Áustria em dezembro de 1793, aos quarenta e quatro anos, pouco após saber da execução de sua amiga Maria Antonieta. Sua família simplesmente anunciou que ela havia morrido como resultado de desgosto e sofrimento, mas a maioria dos historiadores afirma que ela a causa de sua morte foi câncer.
Temos o conde de Artois ele é o futuro Carlos X, ele acaba fugindo, seu irmão o conde de provence, ele só daiu da França assim que o rei Luís XVI assinou A Lei sobre a Constituição Civil do Clero em dia 24 de agosto de 1790. Lei sobre a Constituição Civil do Clero de 1790 visava reorganizar em profundidade a Igreja da França, transformando os párocos em "funcionários públicos eclesiásticos". Ela foi a base para a integração da Igreja Católica no novo sistema político introduzido pela Revolução de 1789.
O rei deveria ter fugido, quando lhe restava tempo, porem ele se recusa, e afirma que o duque de Orleans tomaria o trono. Já nosso querido conde Fersen, que apareceu bem pouco no quarto volume, ressurge nesse final da história, com muito mais importância. Ele chega a Versalhes em meio da confusão da marcha das mulheres que desejam por um fim na família real. Temos Antonieta, que desperta como uma verdadeira rainha nesse final, ela sai apenas de camisola se curvar diante do povo que deseja sua execução. Fersen, visita o general Jarjayes, para quem não sabe, ele existiu foi um militar que dedicou a vida a monarquia francesa. François Augustin Reynier de Jarjayes foi um general monarquista francês, nasceu nos Hautes-Alpes em2 de outubro de 1745, morreu em Fontenay-aux-Roses. Ele foi um dos nobres que tentou ajudar Maria Antonieta a fugir.
Fersen conversa com o pai de Oscar, entende que ela preferiu lutar ao lado do povo, mas diz ao general que permanecerá ao lado da monarquia, afinal como sabemos ele é amante de Antonieta, como poderia ficar contra a monarquia?
A família real acaba se mudando para Tulherias e Antonieta recebe a visita de seu amado Fersen e planeja a fuga da família real com a ajuda de General Bouillé. Antonieta tinha a chance de fugir, mas a rainha se recusa, a abandonar os filhos.
A família real é capturada, Maria Antonieta é atacada e muito ofendida, devido a todo esse grande estresse, vivido pela rainha, seus lindos cabelos loiros, agora são brancos. Uma curiosidade, a ciência já comprovou que estresse deixa os cabelos brancos e isso ficou popularmente conhecido como a Síndrome de Maria Antonieta. Lembra da Rosalie? Então, a menina será a única companhia da rainha na prisão, mas falo sobre isso depois.Fersen, não desiste de salvar a mulher que ama, ele está em Paris, claro que usando um disfarce e consegue entrar nas Tulherias. Temos mais uma chance para o rei Luís XVI, que novamente recusa já que ele parece se posicionar com um rei dizendo que tem um compromisso com o estado e também com seu povo. Maria Antonieta também não fugirá e como sabemos ela morrerá na guilhotina.
A autora faz questão de mostrar aos leitores o amor que Fersen sente por Antonieta, ele entrega a sua amada um belíssimo anel, com a escrita Tudo me leva a estar sempre ao seu lado. Isso aconteceu na história real? É bem provável que tenha sido fato. Fersen de fato amava Antonieta e era correspondido. Nesse finalzinho, podemos ver Fersen e Antonieta jurando amor eterno mutualmente. É uma cena romântica, o conde afirma que jamais se iria se casar porque sempre considerou Antonieta sua esposa e ele sempre a amou desde o primeiro encontro no baile de máscaras. Segundo Ikeda, essa foi a primeira vez que os dois viveram um amor como marido e mulher.
A morte de Fersen, é algo que a autora não deu muita importância, teve apenas duas páginas, não acho que ele merecia morrer, mas Ikeda se baseou em fatos históricos reais. Fersen por ser amante da Rainha, passou a ser odiado e por isso ele acabou morto apedrejado na rua.
Na história real, isso de fato aconteceu. Fersen morreu apedrejado e pisoteado pela multidão, na presença de inúmeras tropas que não impediram. A morte de Fersen é visto como tendo sido provavelmente uma manobra de Carlos XIII para desembaraçar-se de um dos líderes gustavianos.E assim fechamos as nossas resenhas dos volumes de Rosa de Versalhes.
Curiosidades:
Em 1974, após o final da série original, Rosa de Versalhes foi adaptada par o musical no palco da Takarazuka Revue. E quem diria que um shoujo mangá, conseguiria salvar um teatro? A peça foi montada e comemoração aos 60 anos da Companhia e deu certo, a peça foi um tremendo sucesso, e isso salvou o teatro feminino que estava com suas contas atrasadas em decadência, já que teatro havia se tornando um meio de entretenimento antiquado nos anos 1970 diante do cinema e TV. A história da companhia Takarazuka Revue mudou graças a Rosa de Versalhes e da atuação de Yuri Harunaa primeira atriz a interpretar Lady Oscar.
Em 1979, Rosa de Versalhes ganhou um filme Live action intitulado Lady Oscar, um filme de comédia dramática e romance franco-japonês, que foi baseado no mangá Versailles no Bara de Riyoko Ikeda. O filme foi escrito e realizado por Jacques Demy, e a banda sonora foi composta por Michel Legrand. Lady Oscar foi filmado na França no palácio de Versalhes, com a permissão do governo Frances. O filme contou com Riyoko Ikeda, no roteiro, escolha de atores e figurinos. Estou devendo uma resenha desse filme, em breve eu trago.
Alguns meses após o lançamento do Filme, Rosa de Versalhes foi adaptada a uma série animada para TV que rendeu 40 episódios. Devido ao título do live action, o anime ficou conhecido como Lady Oscar, no exterior. O anime Lady Oscar, fez um tremendo sucesso na Itália e hoje é mais amado pelos fãs do que o próprio mangá.
Em 1985 Ikeda voltou com seus personagens da Rosa de Versalhes, nas histórias Gaidens. Essas histórias se passam em uma linha paralela de tempo da história original, apresentando os mesmos personagens da Rosa de Versalhes, Como Oscar, André, Rosalie, etc.Ikeda nos apresenta a sobrinha de Lady Oscar Lou Lou, sim, Oscar é tia. Tenho esse material completo e sim, pretendo, resenhar todos os Gaidens.
Em: 1986, Ikeda escreveu um mangá sobre Napoleão Bonaparte Eikou no Napoleon – Eroica, que fusionaria como uma espécie de sequência da Rosa de Versalhes, mas não se tornou muito popular.
Em 2012 Ikeda criou uma paródia da Rosa de Versalhes (ベルサイユのばら BeruBara Kids (ベルばらKids). Ikeda, não entendia como após tanto tempo sua obra ainda fazia tanto sucesso, e como a história tem momentos dramáticos, Ikeda resolveu transformar tudo em piada. Berubara Kids são tirinhas, escritas e ilustradas por Riyoko Ikeda, publicadas no jornal Asahi. Tenho todos os volumes e posso dizer que é muito engraçado.
Oscar e André podem não ter se casado no mangá original, mas casaram oficialmente em uma história escrita e ilustrada por Riyoko Ikeda. Sim, é uma história oficial por ser escrita e ilustrada pela autora da Rosa de Versalhes, por tanto, é de Ikeda, então é oficial. Após ter publicado, novos Gaindens, na revista Margaret, Riyoko
Ikeda, oficializou” esse casamento, tão desejado pelos fãs do mangá, que
não aconteceu no mangá original, mas aconteceu uma história de
18 páginas, publicada em dezembro de 2014, e foi uma edição
especial, da revista Zexy”, líder do segmento moda noiva e
organização de eventos matrimoniais no Japão a história tem 18 páginas e essa edição da revista foi muito disputada.
Mas ainda não acabou. Ikeda também escreveu Histórias Gaidens, após o final da série. Essas, história se passam em uma linha do tempo paralela ao mangá original, e claro que irei, trazer as resenhas de todos os Gaindens. Se tudo der certo amanhã mesmo trago o primeiro Gaiden.
Rosa de Versalhes, é uma das obras mais importantes do Japão, o primeiro Shounjo mangá Histórico e após 50 anos continua encantado a nova geração. Foi umaum prazer resenhar todos os volumes dessa incrível Obra revolucionária.
Termino o post, dizendo que o texto é de minha autoria, foi feito com o auxílio de minha mãe, que acompanhou todas as minhas resenhas, para que certas pessoas não veiam inventar mentiras alegando que esse texto lhe pertence sendo roubado de seu site pessoal. Então já sabem, se alguém disser ser dona desse texto, é mentira! As fotos usadas são do mangá Rosa de Versalhes de Riyoko Ikeda, encontradas facilmente na internet, já outras são de minha coleção pessoal.
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Lady Oscar diz..
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