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domingo, 28 de abril de 2024

A Rosa de Versalhes de Riyoko Ikeda, comemora hoje os 52 anos de sua estreia na revista Margaret.

 

Olá, amigos da Lady Oscar, Sejam Bem Vindos!

 

Há exatos 52 anos, Versailles no Bara (ベルサイユのばら, Berusaiyu no Bara) ou Rosa de Versalhes, o primeiro Shoujo mangá histórico criado no Japão, escrito e ilustrado por Riyoko Ikeda, fazia sua estreia na revista Margaret da Shueisha. A data costuma confundir os fãs, já que o aniversário de publicação da obra máxima de Ikeda é 21 de maio. Mesmo assim, esse ano marca os 52 da obra máxima de Ikeda, então precisei abrir esse post especial, comentando um pouco sobre a série de mangá que revolucionou o Shoujo nos anos 1970.



Antes de tudo, o aniversário da Rosa de Versalhes é comemorado em duas datas, sendo 28 de abril a estreia na Revista e 21 de maio o aniversário da publicação do mangá. É confuso, sim, mas se buscarem em sites, páginas ou no próprio X antigo Twitter, encontrarão fãs comemorando a data de hoje. A Rosa de Versalhes é uma das obras mais importantes e influentes de todos os tempos. Riyoko Ikeda tinha apenas 24 anos quando começou a escrever essa belíssima história, baseada em momentos históricos reais da Revolução Francesa. Ela dedicou dois anos pesquisando fatos históricos para a série ser mais realista o possível. Conforme já mencionado, Rosa de Versalhes revolucionou o Shoujo mangá nos anos 1970, ao apresentar temas sobre questões de gênero, senso de justiça e direitos humanos, publicado em uma época em que a luta pelos direitos das mulheres começava a ganhar mais espaço.




Rosa de Versalhes, é inspirada na biografia Maria Antonieta - O retrato de uma mulher comum, escrita em 1932 por Stefan Zweig, que se tornou o primeiro historiador a retratar a rainha Maria Antonieta de um modo mais humano, uma jovem menina sem nenhum preparo para ser a rainha da França e seu romance proibido com o conde sueco Axel von Fersen. O mangá se passa antes e durante a revolução francesa. Neste contexto, Ikeda conta a história de sua heroína revolucionária, Oscar de Jarjayes, uma jovem aristocrata comandante da Guarda Real que no final da série se torna uma revolucionária idealista e termina se apaixonando por André Grandier seu melhor amigo de Infância um jovem plebeu que trabalhava como criado na Mansão dos Jarjayes.
 



A protagonista é uma jovem moça criada como um rapaz desde o nascimento, por exigência de seu pai, o General Jarjayes, um monarquista devoto, que tudo que desejava era um filho homem para dar continuidade à tradição militar da família. Oscar é a sexta filha do velho general, que já não nutria mais esperanças de ter outro filho, preocupado com a sucessão dos bens e privilégios da família, decide criar a caçula como homem e dar a ela todo um treinamento militar necessário para que um dia ela possa se tornar o maior general da França – daí o nome “Lady Oscar” pelo fato de ser uma mulher com um nome masculino.






Mesmo com uma história maravilhosa, o sucesso não veio fácil para a jovem Riyoko Ikeda. Ao apresentar a Rosa de Versalhes aos editores da revista Margaret (a Maioria dos Homens), Ikeda quase teve sua obra rejeitada. Isso porque tratava-se de um Shoujo mangá histórico, naquela época existia uma crença que dizia que mulheres e crianças (público alvo da revista) não entediam história, por conta disso não venderia.


Mas Ikeda insistiu e publicou sua obra, pisando em ovos, correndo o risco de a série ser cancelada a qualquer momento, caso não fosse um sucesso. Mas, contrariando seus editores, A Rosa de Versalhes foi um enorme sucesso desde sua estreia, graças à heroína Oscar, que ofuscou a própria Maria Antonieta (Antes, a protagonista), conquistando o coração dos leitores e se tornando a única e verdadeira Rosa do Título. A primeira edição do mangá – no formato de bolso – vendeu 12 milhões de exemplares e é republicada até hoje, também em outros idiomas..

 



Um ano após o encerramento da série em 1974, ganhou uma adaptação para o musical no palco do teatro feminino Teatro Takarazuka Revue, e foi justamente o que salvou o teatro que estava em decadência. Desde então, tornou-se a peça mais bem sucedida do Japão. Em três temporadas (1974, 1991 e 2005), A Rosa de Versalhes Takarazuka foi vista por mais de 4 milhões de espectadores, e uma nova montagem já tem estreia agendada para esse ano, 2024, em comemoração aos 50 anos da primeira peça.

 


A Primeira Peça foi  focada em Maria Antonieta e seu amado Conde Fersen, Yuri Haruna foi a primeira atriz a interpretar Lady Oscar. A apresentação comemorativa será sobre o conde Fersen. O Poster oficial é esse logo abaixo:
 
 

Pôster Oficial da Peça A Rosa de Versalhes Fersen 2024 Takarazuka Revue.



Em 1979, Rosa de Versalhes ganhou um filme Live Action, intitulado Lady Oscar, um filme de comédia dramática e romance franco-japonês baseado no mangá Versailles no Bara de Riyoko Ikeda. Esse Live Action foi escrito e realizado por Jacques Demy, com trilha sonora composta por Michel Legrand. Lady Oscar foi filmado na França no Palácio de Versalhes com a permissão do governo Francês e a participação de Riyoko Ikeda no Roteiro, escolha de ator e figurinos, essas informações foram retiradas do bônus de minha edição em DVD.






No mesmo no, a série ganhou uma animação que rendeu 40 episódios, na Europa o nome que Rosa de Versalhes ganhou para sua divulgação foi Lady Oscar devido ao título do filme dirigido Jacques Demy. Infelizmente no Japão o anime Rosa de Versalhes, acabou não fazendo tanto sucesso, como o mangá e as apresentações na Takarazuka, mas na Europa foi um verdadeiro fenômeno, principalmente na Itália, onde o anime acabou provocando uma febre entre crianças e adolescentes nos anos 1980.

 

 
O mangá de Ikeda difere do anime, principalmente nesse início, quando, Oscar recebe o cargo de capitã da Guarda real. No mangá original de Ikeda, Oscar não reluta a aceitar a missão, ela é treinada pelo pai, e ao saber que seria a capitã da guarda real de Maria Antonieta, ela fica entusiasmada com a chegada da princesa, mas dá para perceber um pouco de nervoso já que é uma grande responsabilidade para um jovem de 14 anos proteger uma garota da mesma idade dela.


 Já no anime Oscar, inicialmente, reluta em assumir a função de militar, mas após um duelo com Gerodelle, ela finalmente veste o uniforme e aceita o cargo. Oscar torna-se devota a Antonieta e oferece a rainha sua total atenção, como um samurai a seu mestre. Antonieta, por sua vez, se encanta com a postura e elegância de Oscar a torna sua amiga.
 
 

 

  O início do mangá é dedicado a infância de Maria Antonieta, quase nada da infância de Oscar, mas com à recém-chegada Maria Antonieta, Oscar começa a ganhar mais atenção e logo vem a se tornar a protagonista. Oscar passa a maioria do tempo no palácio de Versalhes, e logo no início, somo apresentados a primeira vilã da Série Madame Du Barry a amante do rei. Antonieta ouve coisas terríveis da queridinha do rei e logo decide jamais conversar com aquela mulher vulgar, que se comporta feito a rainha da França. Ao decorrer da história Antonieta, vai a um baile de máscaras, e finalmente acontece seu primeiro encontro com o conde Hans Axel Von Fersen entre outros acontecimentos da biografia da rainha.
 
 

Uma vez que a personagem de Oscar tornou-se mais popular, ela acabou ofuscando a rainha e se tornando a verdadeira, rosa de Versalhes. Segundo Ikeda, o nome da série seria As Rosas de Versalhes, cada rosa corresponde a uma das mulheres da história, entre as mais importantes temos a Rosa-branca o qual é a nossa heroína Oscar e a rosa Vermelha que é Maria Antonieta.

 




Ao fim da trama, temos uma rainha muito diferente da princesa mimada, a quem fomos apresentados, e uma Lady Oscar que decide seguir os ideias revolucionários. Oscar se torna uma espécie de ronin, um samurai sem mestre, segundo as palavras da especialista na cultura japonesa Cristiane A Sato, que deu uma interessante palestra no evento comemorativo, realizado em setembro de 2022, do qual tive a honra de participar.






 Continuando, Mesmo deixando a guarda real e sendo transferida a guarda francesa, a amizade das garotas, no entanto, não é abalada apesar da necessidade da separação. Oscar começa a entender o sofrimento do povo da França e lutará ao lado da população durante a revolução francesa.
 
 


Como forma de não dar nenhum spoiler sobre a série, não continuarei a citar os acontecimentos e o desenrolar da narrativa; mas para aqueles apaixonados por Revolução Francesa, vale dizer que Jeanne de Valois-Saint-Rémy, e o Cardeal Rohan são personagens importantes, assim como a Condessa de Polignac.
 


 
   A Rosa de Versalhes é um verdadeiro marco na história dos mangás shojo, Rosa de Versalhes é sucesso mundial da autora Riyoko Ikeda. A obra foi produzida entre 1972 e 1973. No Japão, é considerada uma das obras mais importantes e influentes de todos os tempos, e volta e meia, podemos ver a série em alguma colaboração. A mais recente foi com o parque aquático Maxell Aqua Park Shinagawa, aberto no dia 25 de abril, que seguirá até o dia 30 de junho (domingo).  Abaixo algumas imagens e vídeos desse belíssimo evento:













A Rosa de Versalhes foi pioneira em muitos campos, a começar por ter a primeira cena adulta em um shoujo mangá, e por tratar de um assunto como o adultério sem julgar as personagens envolvidas.Outra inovação é a própria Oscar. Em A Rosa de Versalhes questões de gênero são tratadas com maior profundidade. Oscar é criada como homem e com isso consegue crescer, em total liberdade, algo que só era desfrutado apenas por homens naquela época, já que as mulheres não tinham essa liberdade toda.
 
 

 Por esse motivo, no final da série, quando o general resolve que Oscar deve se casar para produzir herdeiros e o pior com um noivo indesejado, Gerodelle, ela resolve ir ao baile vestida de homem, insultando os rapazes e flertando com mulheres, a fim é claro de provocar o pai e evitar um casamento. Ao final dessa parte tão memorável do mangá, que infelizmente ficou de fora da animação, Oscar ainda agradece ao seu pai por sua crianção, pois graças ao estilo de vida que ele lhe deu, a jovem comandante tem liberdade total de escolher seu próprio destino, algo que jamais seria possível se ela tivesse tido uma crianção normal como todas as mulheres da nobreza.


 Oscar é livre das privações e dificuldades que eram vistas como próprias do gênero feminino, além das amarras da sociedade a tal gênero. Por outro lado, temos mais uma inovação, André Grandier, o amigo de infância de Oscar, é um homem muito sensível e apaixonado, algo que também não era comum em shoujo mangá. André acompanha Oscar como seu fiel escudeiro, mas sempre respeitando o espaço de sua companheira, ele não a julga por seu forte temperamento e apoia suas decisões. Em entrevista, Ikeda chegou a dizer que criou Oscar para ser mais forte que André. E que moça nunca sonhou em ter um André em suas vidas? Acredito que nenhuma. 
 



  O sucesso de Rosa de Versalhes foi tanto que a editora Shueisha recebia enxurrada de cartas de fãs da Rosa de Versalhes durante a sua publicação, algo como 10.000 cartas por dia. Com o fim da série, milhares de pessoas se viram órfãs de Rosa de Versalhes e continuaram a enviar cartas a editora, obrigada a pedir que Riyoko Ikeda escrevesse uma nova história ou um spin-off, algo para acalmar a multidão. Mais tarde Ikeda escreveu os Gaidens da Rosa de Versalhes, porem seus traços estavam bem diferentes do mangá original.

Curiosidades.


 
 
Durante as comemorações dos 50 anos da Rosa de Versalhes fomos surpreendidos com o anúncio de um novo filme  animação, então, acredito que até maio com as comemorações do aniversário de 52 anos de publicação do mangá, sairá algum novo trailer e quem sabe a tão esperada data de lançamento. E espero que esse filme possa trazer alguns dos momentos memoráveis do mangá que ficaram de fora na primeira animação. que tenho quase certeza que será lançada ainda esse ano 2024.
 
 
O existe de um interessante  Dorama chamado Haken no Oscar, onde a protagonista usa referências do mangá A Rosa de Versalhes em sua vida cotidiana e temos algumas aparições de Oscar. Recomendo para quem é fã de Rosa de Versalhes. Trata-se de uma série 
curta, ao todo são 6 episódios, mas durante quase todos os episódios é possível ver diversas cenas do manga Clássico de Riyoko Ikeda.


 

O mais interessante nesta série foi a volta de Reiko Tajima para ocasionalmente interpretar Oscar. Assisti ao Dorama inteiro e me identifiquei com a protagonista Misawa Katsuko (Tanaka Rena), assim como eu, é uma menina fanática por Rosa de Versalhes.


Cena da queda da Bastilha foi uma de minhas favoritas.
 
 
 
 Ao criar a história do nascimento de Lady Oscar, Ikeda se inspirou na rainha Christina da Suecia que ao nascer chorou tão forte que fez com todos pensassem haver nascido um menino. 
 

 
 
Seu pai, o rei Gustavo II, teria dito algo como ela enganou a todos nós. A rainha Christina assim como Oscar, também foi criada como um homem. 
 
 
A obra foi publicada aqui no Brasil em 2019 pela JBC em uma edição BIG 2 em 1.
 


Enfim, para quem não entendeu ou ainda está confuso, vamos lá, hoje 28 de abril é o aniversário  da  estreia da Rosa de Versalhes na revista Margaret, porem o primeiro capítulo do mangá  só foi publicado em 21 de maio de 1972. Não se trata de Fake News e sim de informações que podem ser confirmadas. Em maio teremos post especial, também pretendo, gravar um vídeo sobre o sucesso de Rosa de Versalhes. Finalizando com um vídeo da abertura da série e algumas imagens de Lady Oscar:













O post foi longo? Sim, mas espere só para ver o que teremos nesse blog no dia 21 de maio e no dia 14 de julho, aí, sim, será um exagero!  Promessa, de uma fã fanática por Rosa de Versalhes.
Ainda Hoje trarei mais algumas imagens do evento do Parque aquático, tenho um amigo da família yuzo que mora no Japão talvez ainda hoje ele me passe mais algumas imagens. 
 
Enfim parabéns Rosa de Versalhes! 
 
Um bom domingo e uma linda semana a todos vocês amigos da Lady Oscar.
 
 
Espero que tenham gostado!



lady oscar identitàady Oscar diz... Obrigada por sua visita! Volte sempre que quiser!







 
 

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