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quinta-feira, 1 de maio de 2025

Assisti mas Ainda não é uma resenha apenas algumas observações sobre o Filme da Rosa de Versalhes.

 

Olá, queridos amigos da Lady Oscar, sejam Bem Vindos!


Estreou ontem no Catálogo da Netflix, o tão aguardado filme animado da Rosa de Versalhes (ベルサイユのばら e claro que assisti e, conforme o prometido, trago a primeira parte da Resenha. Como optei por uma análise detalhada, essa resenha será dividida, em três partes.Trata-se de um filme de animação japonês de romance de 2025 produzido pela MAPPA e distribuído pela Toho Next e Avex Pictures , baseado no mangá de 1972 de Riyoko Ikeda . Dirigido por Ai Yoshimura e escrito por Tomoko Konparu, o filme é estrelado pelas vozes de Miyuki Sawashiro , Aya Hirano , Toshiyuki Toyonaga e Kazuki Kato . Foi lançado no Japão em 31 de janeiro de 2025.  Pois Bem, assisti ao filme com meu pai, gostei não direi que me decepcionei, porem muita coisa ficou faltando, o mangá está praticamente todo picado, temos saltos enormes, os acontecimentos, do mangá são contados de maneira corrida, com números musicais, temos mudanças, certos personagens aparecem mais sem qualquer tipo de participação e muita coisa foi amenizada. É bonito, sim, tem uma animação maravilhosa, apesar do uso de computação gráfica, é uma bela animação! Os cenários da França estão perfeitos, a carruagem de Maria Antonieta está perfeita, riquíssima em detalhes, os figurinos impecáveis, dá para ver que eles de fato estudaram muito os trajes da época. A trilha sonora maravilhosa, impecável, não tenho o que criticar. Porém, tudo é contado às pressas, a gente se perde na passagem do tempo e, mesmo com tamanha beleza na animação, algumas coisas me decepcionaram um pouco.


Para começar, não temos o nascimento de Oscar, um grande erro em minha opinião! Quem leu o mangá sabe que, na trama, o renomado General Jarjayes recebe a notícia de que será pai da sexta filha. Aflito por não conseguir ter um filho para manter o nome e o "prestígio" da família, decide criá-la como menino, já que nesse período somente homem podiam suceder o cargo. Nesse cenário, Lady Oscar alcança o título de capitã da Guarda Real e deve zelar pela proteção da Rainha Maria Antonieta.  Então, não temos nada do nascimento da Heroína. E nem da infância de Maria Antonieta na Áustria. Outro grande erro, pois os primeiros capítulos do mangá mostram Antonieta, com sua mãe Maria Teresa da Áustria, se preparando para cumprir seu destino como rainha da França e tudo isso, que mencionei até agora, simplesmente não existe nesse filme.



Para comçar é importante dizer que  essa adaptação animada dialoga com o mangá, com uma mistura com as adaptações do Takarazuka, temos um pouco do anime Clássico de 1979, isso porque Gerodel, apareceu no inicio do filme. Podemos dizer que tem uma certa inspiração no filme Maria Antonieta de 2006. Entretanto, existem buracos e desvalorização de alguns personagens.





O filme começa com a narradora contando a história das duas belas rosas, que tentam superar os momentos difíceis da Revolução. Estamos em meados do século de 18, França e Áustria, países inimigos, tentando solidificar sua aliança para ser duradora com o casamento do príncipe da França Luís Augusto, futuro Rei Luiz XVI. Então, já é mostrada a carruagem trazendo Antonieta, ela feliz, entusiasmada com as pessoas, a paisagem, tudo é novidade para a jovem princesa. Ela olha pela janela, se encanta com Oscar, que já aparece com Girodelle escoltando a carruagem. Quem leu o mangá sabe que Gerodelle nunca esteve no cortejo da rainha. Antonieta admira a beleza de Oscar, achando que se trata de um cavalheiro, mas logo é informada de que Oscar é uma mulher, a filha mais jovem do general jarjayes e a capitã da guarda real.





Antonieta Chega ao seu destino, conhece o Rei Luis XV, é como o mangá, o rei fica feliz com a chegada da jovem Princesa, a pega no colo, dá as boas vindas a França e lhe apresenta seu noivo o Delfim Luís Augusto, um jovem gordinho tímido, que lhe beija o rosto após seu avó pedir.
!






A futura rainha simplesmente diz que não sentiu seu coração disparar como ela esperava acontecer quando conhecesse seu futuro marido. Um casamento político sem qualquer amor entre duas crianças, e foi bem isso que ocorreu na verdadeira história da Trágica Rainha, casou sem amar.



Dessa parte em diante, a história começa a correr, tudo é contado às pressas. Partes importantes do mangá que explicam e concluem sequências das histórias são eliminadas e mostradas em cenas durante os números musicais. Temos a música de abertura, alguns momentos do mangá são mostrados rapidamente durante a canção tocando ao fundo.





A cena muda, temos Oscar jovem treinando com André Grandier, seu servo e melhor amigo. Oscar o derrota, mas admite que o mocinho está melhorando suas habilidades na esgrima. André diz que ainda não está à sua altura. Quem leu o mangá sabe que Oscar aparece treinando esgrima com seu pai, antes da chegada de Antonieta, então nessa parte, não seguiram o mangá e ouve uma mudança. Nada que me desagrade, as poderiam, sim, ter feito como o mangá. Temos um flashback de Oscar com 11 anos, ela lembra que seu pai diz a ela que sua missão será proteger Maria Antonieta, a futura rainha da França, então Oscar sempre esteve preparado para esse momento. Ela diz que Antonieta é uma verdadeira rainha  e que fará tudo para protegê-la.






A cena muda, temos o interior da casa dos jarjayes, os pais de Oscar aparecem, a mãe nada interage com ela nessa cena. O pai diz que ela é o grande orgulho da família. Não é violento com ela, em nenhuma cena o vi agredindo Oscar como acontece no mangá. Aliás, tudo foi amenizado. 


A avó de André também aparece, repreende o rapaz por estar treinando esgrima com Oscar, e o lembra de sua posição. Ela faz questão de lembrá-lo de que, apesar do tratamento diferenciado que ele recebe de Lady Oscar, ainda assim, eles são plebeus e servos da família Jarjayes. A cena muda com um número musical, onde acontece sem ao menos a gente perceber um enorme salto no tempo. Antonieta já está casada. Ainda não é rainha, mas já está casada. Não temos nada do casamento dela. O clipe mostra as cenas da passagem do tempo, ela após o casamento desfrutando das belas roupas e da boa vida da corte francesa. Ela aparece jogando cartas, dançando, provando vestido e se divertindo. Apesar da beleza da animação, tudo acaba sem sentido. Não temos uma sequência bem feita na história, quem conhece o mangá ainda consegue entender, mas para quem está conhecendo a série através desse filme, vai se perder e acabar não entendendo certas coisas, já que não há uma sequência e tudo fica confuso.



Agora preciso comentar algo que me desagradou e muito! Não temos nada da rivalidade entre Maria Antonieta e a madame Du Barry. Para quem não se lembra, ela é amante do rei e foi rival de Maria Antonieta. Du Barry aparece, sim, não posso dizer que não, mas muito rápido, só para não dizer que ficou de fora mesmo! Entretanto, não há cenas com diálogos entre ela e Maria Antonieta, que foi, sim, um ponto importante do mangá. Antonieta fica horrorizada ao saber do passado da favorita do Rei, jura jamais lhe dirigir a palavra, por ela ser uma meretriz e Antonieta uma princesa. Para amenizar, tudo isso foi cortado! Não existe no filme.
Madame Du Barry no filme da Rosa de Versalhes 2025.




Para não dizer que a favorita do rei não apareceu, sim, ela apareceu em poucos momentos Madame Du Barry do filme da Rosa de Versalhes, mas não falam seu nome, nem o motivo, por qual Antonieta está desconfortável com sua presença, nem por qual motivo, durante essa música, Maria Antonieta corre chorando, abalada após lhe dirigir a palavra. Tudo acontece, deixando o filme sem nenhuma explicação. Quem conhece o mangá ou pelo menos o anime de 1979, vai entender, mas para aqueles que pegaram o filme sem ter lido o mangá ou assistido alguma adaptação, não vão entender quem é a mulher e por que Antonieta aparece abalada. Um erro sem tamanho! Entendo que o filme é curto, duas horas para adaptar todo o mangá é pouco, porém poderiam, sim, ter feito algo melhor! Não entendo como Ikeda elogiou tanto.











Conforme mencionado, existem algumas referências ao filme Maria Antonieta de 2006, de Sofia Coppola, como, por exemplo, a cena da Missa, os sapatos, o momento da refeição dos monarcas assistidos pela nobreza. Referências essas que aparecem em meio a uma das músicas e quase passam despercebidas para quem está assistindo.


Missa 




Sapatos.


Refeição dos Monarcas assistidos pela nobreza.



Falamos agora da Condessa de Polignac, em minha opinião a pior vilã da Rosa de Versalhes, pois se passava por amiga da rainha, aproveitando de sua inocência e contribuindo para o trágico fim de Antonieta. Quem leu o mangá e assistiu ao anime de 1979, sabe bem que ela é responsável pelo trágico fim da pequena Charlotte, responsável pela morte da mãe adotiva de Rosalie e mãe biológica da mesma.  Segundo Ikeda, cada uma das mulheres de Versalhes é representada por Rosa. Polignac é a Rosa Verde, é má e ambiciosa. Ela tem cabelos loiros, um rosto angelical, que encanta Antonieta, porém ela acaba desencaminhando a rainha, levando-a a se endividar com jogos, sem contar que arma diversos planos para eliminar Oscar. 
Porém, no filme da Rosa de Versalhes, ela não aparece em nada!  Para não dizer que não está lá, ela aparece, assim como a madame Du Barry, muito pouco e em uma das músicas, sentada ao lado de Antonieta na mesa de jogos. Sim, mas uma personagem de importância que acabou desvalorizada.


Madame Bertin, a modista que viu sua carreira decolar após se tornar a costureira oficial da Rainha Maria Antonieta, aparece também de relance durante uma das canções, então decide mostrá-la, pois muitos não a encontraram no filme.



Já Rosalie a protegida de Oscar e filha biológica da condessa de Polignac, aparece muito pouco, somente em uma sequência rápida que, aliás, foi amenizada, mas deixarei para falar disso depois. Rosalie nesse filme não faz absolutamente nada! Não tem nenhum vínculo com Oscar e André e muito menos com Bernard. Quem leu o mangá sabe que Rosalie e Bernard se casam, mas isso nem se quer existir nesse filme.



Nessa primeira parte, Oscar é bem coadjuvante, o foco mesmo é Maria Antonieta. Quem leu o mangá sabe que a intenção de Ikeda era uma história sobre Antonieta, e Oscar era inicialmente um personagem de apoio à protagonista. Isso ocorre na primeira parte do filme, depois o foco vai mudar, sim, para Oscar.





 Continuando a sequência do filme, temos um salto de três anos na história. Antonieta, já casada, reclama com Oscar que, mesmo após três anos de casamento, seu marido, príncipe Luís Augusto, continua distante. Oscar diz que sua majestade é reservada, mas Antonieta responde que leu em um livro que as mulheres só se casam após conhecerem seus parceiros destinados e que o amor é algo que chega de repente, como uma tempestade em seu coração. Ela pergunta então a Oscar se nunca viverá esse amor?  Oscar a lembra de sua posição como rainha. Ela não é uma mulher comum e sim uma mulher com o dever de se tornar rainha da frança, algo que mulheres comuns não poderiam ter.  Oscar promete sempre a apoiar e protegê-la. Temos nessa sequência uma demonstração da admiração de Antonieta por Oscar, ela diz que se sua guarda fosse de fato um homem, se apaixonaria por ela. Oscar responde com um sorriso e a cena termina aí.


 Uma coisa que notei é que não temos as moças da corte que admiram ou até são apaixonadas por Oscar. Tudo foi cortado! Quem leu o mangá sabe que Lady Oscar arranca suspiros por onde passa, até mesmo entre as mulheres da nobreza, já que sua figura é masculina e por ser dona de uma grande e única beleza. Mas nada é mencionado nesse filme. Tudo ocorre de maneira rápida, contando a história bem por cima, tudo muito resumido, sem a força do mangá ou a emoção do anime antigo.

 



A Cena muda já com a rainha  que decide escapar do palácio e se divertir à noite no baile de máscaras em Paris. Oscar tenta impedi-la, mas sem sucesso. Antonieta alega que se sente presa, então Oscar acompanha no baile. 





 seguir temos a canção Enchanting Masquerade com o baile de máscaras, onde Antonieta tropeça e cai nos braços de Fersen. O Rapaz se encanta com a jovem e logo a convida para dançar. Oscar, assim como no mangá, intervém, pergunta ao jovem seu nome, título. Fersen se apresenta como conde sueco Han Axel Von Fersen pensando que Oscar é um homem, o capitão da guarda de Maria Antonieta. 











Quem conhece a obra original sabe bem que o encontro com Fersen mexe com os sentimentos de Maria Antonieta e também de sua guarda Oscar. Ela, que escolheu viver como um homem, se vê pela primeira vez apaixonada por Fersen. Nesse filme, ela até desperta esse sentimento pelo conde sueco, mas não é muito explorado como no mangá e anime antigo.  Deixarei para falar sobre isso depois.  Como disse, tem muita coisa a ser comentada, um post só para toda a resenha ficaria longo e muita coisa se perderia, por isso dividi em duas partes. Se necessário, teremos uma terceira e ainda vídeos. Na segunda parte, continuarei analisando o filme, veremos a promoção de Oscar e, quando a história flui de maneira corrida, cheia de buracos, muita coisa importante nem se quer existir. 






Continua...



Espero que tenham Gostado!
 
 
 

lady oscar identitàady Oscar diz... Obrigada por sua visita! Volte sempre que quiser!







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Lady Oscar diz..
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