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Comentando o Filme animado A Rosa de Versalhes 2025: Uma Bonita animação que agradará os antigos e novos fãs da série de Ikeda. Resenha Completa!
Olá, queridos amigos da Lady Oscar, sejam Bem Vindos!
No último dia 30 de abril, tivemos a estreia mundial do novo filme animado da Rosa de Versalhes, já fiz uma prévia da resenha que foi uma pequena análise, então nessa segunda parte resolvi comentar e expressar minha opinião e impressões com o filme. Primeiramente, muitos acham que não gostei e sim eu gostei! Como já disse, a animação é belíssima, trilha sonora impecável, mas o roteiro e a edição são uma bagunça.
Tenho o mangá completo da JBC os 5 volumes grossos, li recentemente, antes de assistir à nova adaptação. Então digo que esse é um filme comemorativo dos 50 anos da série, ele tem um, sim, um diálogo muito grande com o mangá de Riyoko Ikeda, procurou manter a fidelidade, até o quanto foi possível, isso porque é um único filme que resume todo o mangá que originalmente rendeu dez volumes. Na verdade, nove volumes, se pararmos para pensar que o último volume é um gaiem. Entretanto, ele também é um pouco inspirado nos musicais do teatro feminino japonês Takarazuka Revue e tem um pouco do filme Maria Antonieta de 2006.
Amei o filme, mas repito o que disse acima, está bagunçado! A passagem do tempo é muito rápida, cenas do mangá acabaram resumidas a cenas que surgem em meio a um clipe musical. Emociona? Sim, mesmo para aqueles que não conheciam a obra, ele emociona e por isso digo que sim, funciona, mas certas cenas acontecem sem explicação alguma, como disse durante as canções, e se esse é seu primeiro contato com Rosa de Versalhes, você não entenderá o que está acontecendo.
Está muito lindo, temos brilho nos olhos, nas roupas, para você ficar mais cego que o André e isso foi algo que apreciei muito! Temos algumas sequências que aproximam muito do mangá, mantendo toda a beleza da obra original, sim, não posso dizer o contrário, porque em diversas sequências eu fiquei encantada, me emocionei, chegamos a chorar de emoção, um sinal de que o filme funcionou de certa maneira. Tivemos alterações, sim, porque adaptar é mudar, e mudanças eu já esperava. Entre essas mudanças, muita coisa foi amenizada! Exemplos a seguir: Oscar não bebe o tanto que ela costuma beber no mangá, a avó do André não demonstra ser tão ligada a Oscar como é no mangá, Oscar não fica doente. Quem leu o mangá sabe que, em uma determinada parte, a heroína adoece. Ela tosse muito, Ikeda não escreveu em nenhum momento do mangá, qual seria essa doença, mas naquela época a tuberculose era uma das doenças campeãs e tirou a vida de muitos, sejam nobres ou plebeus, que sucumbiram à doença, pois não existiam antibióticos, o que dificultava o tratamento. Oscar levava uma vida agitada, então nós, leitores, temos a impressão de que sua doença seria tuberculose. Apesar de existirem outras doenças respiratórias com sintomas parecidos, a pneumonia, em estado mais grave, é uma delas. Enfim, isso não importa muito, é só uma observação, já que Oscar não fica doente nesse filme.
Esse filme teve uma equipe de mulheres, então elas souberam muito bem, seguir o mangá, o espírito da obra e toda sua essência está lá. Oscar, André, Maria Antonieta e Fersen, os quatro protagonistas, não tiveram muitas alterações em suas personalidades.
O filme é bem feito, apesar dos buracos na história, conseguiram, sim, dar vozes a certas coisas do mangá, e tudo embalado com músicas maravilhosas e imagens abstratas com lindos efeitos.
A produção optou por um filme musical, acredito eu, que também foi pensado como maneira de homenagear os 50 anos da primeira peça da Rosa de Versalhes feita na Takarazuka. Mas, ficou bom! As canções emocionam, pois funcionam como os pensamentos dos personagens, ou seja, eles cantam, expressando seus sentimentos. As músicas não foram dubladas, estão em japonês, isso é uma coisa que gostei, porque as canções foram cantadas pelo elenco principal dos dubladores das personagens. Baixei uma cópia, as imagens que coloquei aqui na resenha completa vieram de prints.
Assisti ao filme em japonês e dublado, sim, vi duas vezes, porque também achei importante ver a interpretação dos dubladores japoneses. Aya Hirano, que dá voz para Maria Antonieta, foi excepcional!
Sua voz é maravilhosa! O filme é curto, tem só duas horas de duração, mas chega, sim, a agradar quem conhece a obra e teve o primeiro contato só agora com essa tão importante história em quadrinhos.
E acredito que eu, que será um grande sucesso até mesmo fora do Japão e logo estará Rosa de Versalhes, estará, sim, entre os filmes mais assistidos da Netflix. Já para os italianos, o filme não parece ter agradado muito! A maioria dos comentários que ando lendo nos grupos é de total decepção. Mas isso é algo que já era cantado, pois os italianos têm um grande amor pelo anime de 1979, e aceitar uma nova adaptação animada, com outros dubladores, não seria fácil.
Outra coisa que devemos lembrar é que esse filme demorou muito para ser produzido. Para se ter uma ideia, ficamos sabendo que estava em produção uma nova animação em 2022, e durante 2023 inteiro não tivemos notícias alguma! Muitos fãs se desesperaram e até chegaram a desconfiar de que o projeto havia sido cancelado! Para quem não sabe, quando Rosa de Versalhes comemorou 35 anos de anos, em 2007, havia sido anunciado um novo filme animado. Na época, houve até um trailer com uns 5 minutos exibido na Feira Internacional de Anime de Tokyo. Porém, esse projeto foi cancelado! O filme nunca foi lançado. O filme era para sair em 2009, mas não veio e isso fez com que muitos pensassem que não seria diferente com esse novo anime do estúdio Mappa.
Confesso que esperava ver esse filme nos cinemas, mas não aconteceu, me decepcionei. Não, mas fiquei na vontade de ter assistido ao cinema. Outra coisa, poderiam, sim, ter feito uma trilogia, mas não fizeram! Uma trilogia contaria muito melhor a história do mangá. Claro, sabemos que um filme animado custa caro, e que o Mappa também tem outros projetos pela frente. Alguns fãs japoneses estão inclusive tentando apoiar esse filme o máximo possível, com a esperança de que seja produzida futuramente uma série animada para TV. Esse também é meu sonho.
Detalhes da Carruagem são lindos!
Agora vamos falar do filme em si. Ele é ruim, é bom? O que temos nessa nova adaptação, que foi tão aguardada pelos fãs? O filme começa com a narradora, ela conta a história por cima, não temos o nascimento de Oscar, não temos Maria Antonieta na Áustria com sua mãe Maria Teresa.
Temos a explicação dos países inimigos França e Austria que estão tentando estabelecer uma aliança (* seria Sacro Império Romano Germânico*), e tudo para tentar acabar com hostilidades entre os dois países inimigos. (Conhecida como Revolução Diplomática). E para essa união, um casamento político entre Maria Antonieta, princesa austríaca, o príncipe herdeiro do trono Luís Augusto, futuro Luís XVI. O filme já inicia com o cortejo de Maria Antonieta, ela chega à França e se admira com a paisagem, as pessoas e a beleza do país.
Mas suas atenções mesmo estão em Oscar François de Jarjayes que faz a escolta de sua carruagem. É importante dizer que o filme conversa um pouco com o anime de 1979, já que Girodelle aparece no primeiro episódio, e nesse filme ele está no cortejo de Antonieta. Isso não acontece no mangá original.
Girodelle no Cortejo de Antonieta
Continuando, Antonieta é informada de que Oscar é, na verdade, uma mulher, a filha mais jovem do General Jarjayes e, apesar de ser mulher, é capitã da guarda real. A Delfina fica admirada ao saber que ela é uma mulher e a cena já muda para a chegada de Antonieta e ela conhece seu futuro marido Luís. Sabemos que nascerá uma grande amizade entre Oscar e Antonieta e isso é mostrado de uma certa forma no filme. Apesar de que, nesse início, Oscar recebe muita importância e o foco é Antonieta. Oscar ganhará forças na segunda parte do filme.
Maria Antonieta ganha um beijo no rosto de seu futuro marido, a cena muda para a carruagem, e ela percebe que não sentiu nada com aquele beijo. Seu coração não disparou, sinal de que ela não tinha sentimentos por esse jovem rapaz que acabava de conhecer.
Dai em diante, uma cena rápida de Oscar treinando esgrima com André, algo similar à cena do primeiro episódio do anime de 1979. O avô de André faz questão de lembrar o rapaz de sua inferioridade, ele assim como ela são plebeus e servem à nobre família Jarjayes, apesar de Oscar dar a André um tratamento diferenciado.
Então temos um salto, Maria Antonieta já está casada! Sim, o filme acontece exatamente como estou contando. Nessa parte, os primeiros anos de casamento da futura rainha são mostrados em cenas durante o clipe musical da canção "Ma Vie en Rose" cantada por Aya Hirano (dubladora de Maria Antonieta*). Aya Hirano tem uma belíssima voz, isso não posso negar, ela tem uma grande potência vocal e consegue adaptar a voz acompanhando o crescimento de Antonieta, desde a fase adolescente até a fase adulta. E toda a evolução de Antonieta é muito bem retratada, desde o início da história com a princesinha imatura, até o seu despertar como monarca, onde ocorre a separação de Oscar e a rainha. Nessa fase, Antonieta se mostra fria, mesmo que sinta tristeza ao ver Oscar se afastando para sempre, às vésperas do Terror da Revolução Francesa. Outra coisa, não temos a guilhotina! O mangá termina com as mortes de Antonieta, é mostrado ela subindo a guilhotina e, na sequência de sua morte, temos o trágico fim de Han Axel Von Fersen. Mas nesse filme tudo termina na Bastilha.
Não temos quase nada da Madame Du Barry a amante XV, na verdade, ela até aparece durante essa mesma música, onde são mostrados os primeiros anos de casamento de Antonieta. Ela é mostrada no são e na noite do ano novo, onde Antonieta lhe dirige a palavra pela primeira e única vez, depois corre chorando e acaba sendo consolada por Oscar. Isso ocorre somente em cenas, não há diálogos e nem explicações. Quem não conhece a história não entende o motivo das lágrimas.
Temos referências ao filme Maria Antonieta (2006) de Sofia Coppola. A Missa, os sapatos e a refeição dos monarcas assistida pela nobreza (considerado na época um grande privilégio e honra). Temos também uma pequena cena na qual vemos de relance a Condessa de Noailles (chamada de Madame Etiqueta), tentando guiar Maria Antonieta. A princesa aparece segurando um gatinho e achei engraçado.
Então, nessa primeira parte, o filme foca em Maria Antonieta, Oscar está como coadjuvante, ela ganhará força mais tarde, assim como André ganhará mais foco. Não temos a participação das outras rosas, ou seja, as outras mulheres do mangá. Segundo Ikeda, o título da série estaria no Plural, As Rosas de Versalhes. Cada rosa representaria uma das muitas mulheres de Versalhes, tendo como destaque a rosa-vermelha (Maria Antonieta) e a rosa-branca (Oscar). Todas foram eliminadas ou tiveram pouquíssimo tempo de tela.
Condessa de Polignac ao lado de Antonieta.
E nessa história sobre mulheres, temos destaque também para os homens de Versalhes - estou me referindo a André e Fersen. O jovem conde sueco Han Axel Von Fersen, que está lindo nesse filme, eu me encantei com a beleza dele, em minha opinião, está ainda mais belo que o próprio An André. André, está lindo também, tivemos cenas memoráveis do mangá protagonizadas por ele. Mas a maneira como perde a visão ficou muito diferente.
Um filme bonito, a equipe envolvida fez um belo trabalho, não posso negar, mas toda a história é muito corrida, não temos nem a explicação sobre a história de Oscar - me refiro às suas origens, pois o filme segue arrastando o mangá o mais depressa possível. As irmãs de Oscar não são nem sequer mencionadas. Para quem não conhece a série e esse é o primeiro contato, fica parecendo que ela é a única filha do general Jarjayes. Só que é mencionado que ela é filha caçula logo no início, e bem rápido, sem muita explicação. A Mãe de Oscar, Lady de Jarjayes, apareceu, sim, mas é uma personagem fraca, não é mostrada toda aquela ligação entre ela e Oscar como no mangá. E a própria Oscar não tem toda a força que tem no mangá, eu acho até que ela está mais frágil, mais feminina, principalmente em cenas com André.
Faltou muita coisa do mangá, todas as personagens femininas eliminadas! Não temos Janne nem se quer em cenas de clipes musicais, como acontece com Madame Du Barry, que apareceu durante o clipe da canção, Ma Vie en Rose. Lá ela apareceu rapidamente e nada mais. Para quem não conhece a história e só viu o filme, ficou boia nando, aqui vai a explicação das lágrimas de Antonieta após dirigir a palavra essa mulher do clipe: A moça é Madame Du Barry, uma meretriz. Ela é uma figura histórica, não é fictícia e foi a última amante titular (maîtresse en titre) do rei Luís XV, foi uma das mulheres mais importantes da corte francesa e tinha que uma rivalidade com a princesa austríaca. Nascida Princesa, Antonieta teve uma educação rígida, fica sabendo do passado da moça e decide não falar com essa mulher que ela considera indigna. Du Barry não pode dirigir a palavra a Antonieta a menos que a princesa converse com ela primeiro, segundo a etiqueta de Versalhes. Antonieta fica sabendo sobre o passado de Du Barry, graças às fofocas das filhas solteiras do Rei Luís XV. Elas aproveitam que Antonieta é muito jovem, tinha 14 anos, e por não suportarem a amante do rei, contam-lhe que não deveria se rebaixar falando com uma meretriz. O embate das duas mulheres é um fato histórico e não uma ficção, existe diversos filmes sobre Maria Antonieta que mostra essa rivalidade.
De volta ao filme, Três passam, Antonieta diz a Oscar que, mesmo estando casados há três anos, Luís XVI continua distante. Oscar lhe explica que sua majestade é um homem gentil e tímido. O filme não explica, mas, na verdade, Maria Antonieta e Luís XVI não tinham interesses românticos um pelo outro. Existia um acordo entre eles, uma amizade, mas não amor. Porém, Maria Antonieta precisava produzir herdeiros. Mas o marido não demonstrava interesse algum. Tanto que o casamento de Maria Antonieta demorou sete anos para ser consumado. No mangá original, ela até tenta ir até os aposentos dele e tal. Mas o problema é que a culpa recai sobre ela, afinal ela não é francesa e sim austríaca, é claro que tinham uma certa implicância com ela. Ikeda explica que o rei foi submetido a uma cirurgia (*fimose*) para conseguir consumar seu casamento. Outra coisa, nesse filme não é mostrada a viagem da Princesa a Paris. Não sei por qual motivo isso foi cortado, mas não temos nada.
Dai temos a primeira virada do filme, onde as coisas começam a ficar, digamos, mais interessantes: Antonieta resolve escapar do palácio para ir ao baile de máscaras em Paris. Quem conhece a história da Rainha sabe bem que ela adorava festas, danças e diversão. Oscar tenta impedi-la, explica que ela não deveria ir, mas Antonieta suplica e diz a sua guarda que ela se sente presa. Antonieta vai escondida, Oscar a acompanha, observa de longe, com seus braços cruzados, a princesa dançar e Antonieta tropeça. Fersen a segura, temos aí o encontro com seu grande amor. Eles se apaixonam, Fersen a convida para a próxima dança, mas Oscar intervém e tudo ocorre bem fiel como mostrado no mangá.
Ambas as Rosas, Oscar e Antonieta, conhecem o conde sueco Han Axel Von Fersen e se apaixonam, apesar apesar de a paixão de Oscar por Fersen não ser muito abordada nesse filme, como é no mangá e anime de 1979.
Mais tarde, a cena muda, Maria Antonieta resolve, por caprichos, andar a cavalo. A roupa de montaria de Antonieta foi inspirada em uma roupa que ela aparece em uma das pinturas mais famosas. O cavalo se assusta, dispara com a princesa ainda montada, Oscar vai atrás com seu cavalo, se joga pelos ares e salva Delfina, porém ambas as moças acabam feridas. André, que era o cavalariço, é culpado por causar ferimentos na princesa e condenado à morte. Oscar aparece, entra no salão, mesmo ferida, defende André, diz ser a mestra do rapaz, portanto responsável por ele, e pede que sua morte ocorra primeiro que a dele. Fersen ajuda, diz que André não teve culpa, depois a própria Antonieta entra no salão de camisolas e súplica ao rei pela vida do rapaz. André é perdoado e Oscar desiste de sentir dor devido os ferimentos nos braços de Fersen que acredita que ela é de fato um homem.
Em casa, avó de André cuida de Oscar, na presença de André e Fersen, ela pede que os rapazes saiam para que ela possa fazer os curativos em Oscar, mas Fersen diz que ali só tem homens e isso irrita à bondosa senhora que os expulsa do quarto em uma cena hilariante. Então, Fersen descobre que seu amigo Oscar é, na verdade uma mulher.
Então, mais um salto acontece, o rei Luiz XV adoece de varíola, uma das doenças campeãs de tirar a vida das pessoas no século XVIII, sejam nobres ou plebeus, morreram dessa doença. Só que nessa parte algo me confundiu um pouco ou teve algum erro na dublagem, pois eu vi dublado e depois legendado, mas preciso rever, só que tive a impressão que a narradora diz que ele adoeceu e sucumbiu a doença em abril de 1774, mas o rei Luís XV também chamado de Bem-amado, faleceu em 10 de maio de 1774. Tivemos um erro ou eu que estou confusa? Bem, de qualquer forma, vou assistir novamente.
Com a Morte do Monarca, Antonieta e Luis se tornam rei e rainha. Temos o coração do rei Luis XVI, mesmo que muito rápido, e após Antonieta se tornar rainha, Oscar é promovido a Major, e recebe uma proposta de aumento de salário. Ela aceita a promoção e rejeita o aumento no seu salário, já que a França está passando por grandes problemas financeiros.
Os boatos sobre Antonieta e Fersen começam a surgir, muitos a acusam de trair seu marido, o rei, com seu amante, o conde sueco. Mais adiante, Antonieta, agora rainha, irá abrir seu coração para Oscar, que tenta, em vão, proteger a honra da soberana e também da própria França. Ele aconselha Fersen a partir para não manchar a reputação da rainha. Fersen volta para a Suécia e Oscar e Maria Antonieta ficam com seus corações partidos.
Mais um clipe musical e durante essa parte temos a rápida aparição da famosa costureira Madame Bertin, a modista favorita da rainha que, aliás, é protagonista de um mangá. Não entrarei em detalhes, mas falarei desse mangá em um futuro post. Voltando ao filme, a vilã Duquesa de Polignac que, no mangá, é uma das piores vilãs, tenta diversos planos malignos para eliminar Oscar, foi responsável pela morte da mãe adotiva de Rosalie, é mãe biológica de Rosalie e ainda contribuiu para o trágico fim de sua filha mais jovem Charlotte, nesse filme não tem participação alguma. Não sei se foi uma tentativa de amenizar ou se o problema foi o curto espaço de tempo do Movie. Mas enfim, ela aparece muito rápida sentada ao lado de Antonieta durante uma das músicas só isso e nada mais.
Chegamos à metade do filme, temos a aparição rápida do malvado Duque Guémené, onde temos também a única cena de Rosalie com pouquíssimo tempo de tela ao lado de Pierre, o garotinho pobre que tenta roubar dinheiro da carruagem do nobre. Quem leu o mangá sabe como termina a cena, é, sim, uma das piores mortes que temos em Rosa de Versalhes. Mas nesse filme a situação foi amenizada! O Duque aponta a arma para o garoto, Oscar chega a tempo de proteger as crianças. Ela confronta o Duque, é agredida pela multidão, André corre para protegê-la, mas acaba sendo ferido no olho esquerdo e fica cego.
No mangá, Pierre é morto pelo Duque, Oscar fica furiosa e se vinga! Durante o jantar, com a rainha, ela confronta o duque, o mesmo acaba desafiando a coronel para um duelo que, não acontece no mangá, mas acontece no anime de 1979.
Oscar não estabelece nenhum vínculo com Rosalie, aliás, nem o nome da menina é mencionado. Bernard Chatelet que originalmente é o responsável por mudar a vida de André, pois ela é o cavaleiro negro, uma figura que é, na verdade, uma mistura de Zorro com Robin Hood, rouba dos ricos para dar aos pobres, é quem fere o olho de André e o deixa cego. Ele também se casará com Rosalie, por achar a garota parecida com sua mãe. Mas nesse filme, ele é só um repórter revolucionário.
No mangá, ele tem mais importância, além de assumir a identidade secreta de Cavaleiro Negro, também divide o papel com Robespierre, que vai interagir com Oscar ao longo dos vários volumes.
Rosalie, no mangá, vai viver na casa de Oscar como sua irmã, ela convive com Oscar e André e até adquire uma certa admiração pelo heróina. Mas nesse filme, o subtexto yuri da obra foi eliminado.
Robespierre no novo filme da Rosa de Versalhes.
Agora, perto do fim, o foco é André. Próximo à revolução, a crise econômica da França só piora! Temos a guerra independência dos Estados Unidos, mostrada brevemente com a explicação da narradora,
mostrado como um dos fatores que colaborou para a queda do Antigo Regime. A população começa a sofrer com a fome e a miséria e a revolta em Paris iniciou-se. No mangá, Fersen luta na América, mas o filme fez questão de ignorar essa parte da história.
A cena muda, a rainha aparece com os três filhos - Maria Teresa, Luís José e Luís Carlos - e o rei passeando. Pelo jardim, mais tarde, ela encontra o rei, aos prantos, após ler uma carta onde um inimigo da monarquia havia lhe dito que o principezinho Luís Carlos era filho de Fersen, que é amante da rainha por anos a fio. A rainha diz que não nega os sentimentos por Fersen, mas afirma ao rei que nunca tiveram nada juntos e que Luis Carlos, era, sim, filho do monarca. Uma observação: o filho mais velho de Antonieta, Luis José, quase não aparece, não tem nenhuma admiração por Oscar e nem se quer é mostrado sua morte.
O filme também não mostra quase nada das difamações sofridas pela rainha, como acontece no mangá. Todas as intrigas políticas são ignoradas nesse filme, já que o foco é a oposição entre Oscar e Antonieta, entre dever e liberdade, nos romances trágicos das duas mulheres e na revolução. Um erro em minha opinião! A pontos importantes do mangá de Ikeda são eliminados.
André começa a ficar totalmente cego, temos cenas que emocionam, onde é mostrado o rapaz perdendo a visão de seu único olho funcional. O amor de Oscar e André é muito bem-apresentado, não tenho o que reclamar. Como Oscar arriscou a vida por ele na sequência do incidente com os cavalos, André jura dar sua vida por ela caso necessário. Temos a cena do baile onde Oscar usa pela primeira e única vez um vestido e dança com Fersen, porém resumida há cenas de uma das canções. Seu vestido é fiel ao do mangá, na cor branca com um leve tom rosado, mas quase nada é mostrado. No mangá, essa é a parte em que ela tenta conquistar fersen e tem uma desilusão amorosa.
Oscar então após sofrer essa desilusão amorosa decide se desligar da guarda real, pede que Maria Antonieta a transfira para a guarda francesa, pois ela quer de fato viver como um Homem. E seu pai pede que André também se junte a guarda francesa e acompnhe ela como sua sombra. No anime de 1979, André faz questão de lembrar Oscar que ela é mulher por isso jamais conseguirá fazer o papel de um Homem. " Uma rosa jamais será um lírio" uma das frases mais famosas da primeira animação.
O foco agora é Oscar e André e o filme se desenrola com o amor proibido do casal devido às diferenças de classe social. Já na guarda francesa, Oscar começa a se deparar com o machismo dos soldados. Sua tropa que se recusa a ser comandada por uma mulher. No mangá isso também ocorre, então não culpem o filme.
Os soldados não levam Oscar a sério, festejam e se divertem, demonstrando total desrespeito. Mais tarde, os soldados insubordinados são punidos, pode ser prisão, ou até a morte, como eram as punições naquela época. Oscar não desiste, ela quer o respeito da tropa, mas É humilhada repetidas vezes, mesmo após se mostrar competente e compassiva. O líder da insubordinação é Alain. Ele é importante no mangá e teve importância no filme. Machista, péssimo líder no mangá após perder para Oscar no duelo, se apaixona por ela, mas esse amor foi eliminado do Movie. Temos o duelo entre eles, Oscar o derrota exatamente como no mangá e depois até lhe ajuda, faz um curativo na mão do rebelde soldado. Porém, tudo muito rápido.
Acredito que por questões de tempo, já que o filme é curto vários dos incidentes com a guarda francesa são cortados ou juntados em uma sequência só, um exemplo disso é a venda das amas e a entrada do General Boillé, figura contra revolucionária importante e é a única pessoa citada por nome na Marselhesa. Quem leu o mangá sabe que Boillé é inimigo do pai de Oscar e por isso ele não é a favor dela, chegando até perseguir a Heroína. No filme animado, ele não tem tanta importância, só aparece, está fazendo a parte dele, afinal, os soldados que mais parecem crianças, falo inclusive nos traços, eles não aparentam ser homens maduros e sim crianças em fase escolar. Mas enfim, eles são indisciplinados, rebeldes, não respeitam Oscar e acabam apanhando dela. Ela dá uma bofetada no rosto de cada um deles e, cá entre nós, eu faria o mesmo!
Perto do finzinho, Girodelle começa a ganhar destaque. Quem leu o mangá sabe que ele só aparece depois do Caso do Colar, que não existe no filme, infelizmente. Esse é um dos personagens masculinos favoritos de Ikeda, então deixaram ele aparecer até demais nesse filme. Ele surge na casa de Oscar em terminada cena, como o escolhido do pai da heroína para ser seu marido, o que leva André ao desespero. No filme, não há muitas explicações, mas o pai Oscar decide fazer isso. No mangá, ele percebe que haverá uma guerra civil, ou tempos difíceis, e ela sendo mulher seria alvo fácil. Mas também claro, que o velho general queria que ela produzisse herdeiros. Mas acho que queria de uma certa forma proteger a filha e chega até a lhe dizer que se arrepende de tê-la criado como homem.
E temos a cena icônica do vinho envenenado. Essa cena existe nas peças da Takarazuka, mas não existe no anime de 1979. André, desesperado por não poder viver um romance com Oscar, decide se matar e levar a moça com ele. Esse é um dos momentos mais tristes onde vemos o sofrimento de André. Ele se arrepende e salta e em Oscar impedindo que a mesma beba o vinho com veneno.
Voltando para nosso Gerodelle, ele é muito mais cavalheiro no filme do que no mangá e não humilha André e nem beija Oscar. Ele está mais gentil, na verdade, até fiquei com pena dele, pois a maior prova de amor que dá a Oscar é deixá-la solteira.
Temos um momento lindíssimo, onde Oscar se senta na fonte ao lado de André e deita a cabeça em seu ombro, muito lindo! Ela até diz que ele é quentinho. No mangá, ela só deita no ombro dele, quando está doente e cansada, mas como expliquei, nesse filme isso não existe.
Mais tarde, acontece a polêmica cena da noite de amor, que é linda! Igualzinho do mangá de Ikeda que na época deu o que falar. Mas tudo é rápido, com músicas tocando e nada tão forte. Oscar diz que agora André é seu marido e eu me derreti de amores nessa parte.
E depois da noite de amor, eles agora são casados. Oscar e André partem para se juntar aos revolucionários.
Temos do fechamento da Assembleia, o jovem Napoleão Bonaparte passa rapidamente por Oscar, mas, diferentemente do mangá, ela nem o nota. .
O Joven Napoleão no filme A Rosa de Versalhes 2025.
Começa a revolução, Oscar defenderá os direitos de liberdade, igualdade e fraternidade. A Tropa é liderada por Oscar, a guarda francesa começa a ajudar a população. Em 13 de julho, André, ao tentar proteger Oscar, é baleado. O fim trágico do rapaz, é bem triste! É mais violento que no anime de 1979.
Enfim, esse texto está ficando enorme, por isso gostaria de dividir em partes, mas não funcionou, então deixei a primeira como uma prévia da resenha. Continuando, chega 14 de julho, após a morte de André, Oscar encontra seu destino: é gravemente ferida, Ailan a protege e também é ferido. Tudo acontece bem fiel ao mangá, ela diz não ter arrependimentos, viveu, amou e termina com a frase Viva la France, e termina aí após a queda da bastilha. Não temos a guilhotina nem as mortes de Fersen e Antonieta, tudo assim termina. Oscar em outro mundo, no céu, acorda e reencontra André, algo como acontece na Takarazuka indicando que eles estão juntos agora na eternidade. E assim termina esse filme, bonito, corrido e confuso em algumas partes por falta de explicação.
Espero que tenham Gostado!
ady Oscar diz... Obrigada por sua visita! Volte sempre que quiser!
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Lady Oscar diz.. Olá,meus queridos amigos, Obrigada por sua visita. Comentários são Bem vindos! 🌹 Atenção: 1. Comentários anônimos não são aceitos. 2. A curta experiência com os anônimos deu alguns problemas. 3. Peço desculpas aos bem intencionados. 2. Todos os comentários são moderados. 3. A responsável pelo blog Lady Oscar se permite o direito de aprova-los, ou, não. 4. Agradeço a compreensão e o comentário.
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Lady Oscar diz..
Olá,meus queridos amigos, Obrigada por sua visita.
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