Olá, queridos amigos da Lady Oscar, sejam Bem Vindos!
Ando recebendo algumas mensagens de muitos Otakus dizendo que conheceram" A Rosa de Versalhes" (ベルサイユのばら) o clássico mangá de Riyoko Ikeda, através desse blog e que acabaram despertando interesse pela obra. Alguns também estão me fazendo as seguintes perguntas: por onde começarem anime ou mangá? Existem muitas diferenças? Qual é melhor? Pois bem, resolvi então começar hoje aqui no blog Lady Oscar, uma série de comparações entre anime e mangás sem dar spoiler, mas citando algumas diferenças.
Antes de começar, é preciso dizer que anime e mangá são mídias completamente diferentes. No caso de Rosa de Versalhes, a história original vem do mangá de Riyoko Ikeda de 1979, e após se tornar um fenômeno no Japão, a série foi adaptada para o teatro, live action e animação. No Japão, a preferência é o mangá original de Ikeda, já na Itália a animação. Para mim, os dois são maravilhosos! O anime até que segue bem a história do mangá original, mas acaba se distanciando um pouco da obra de Ikeda. Enfim, vamos às diferenças entre O mangá e a animação Rosa de Versalhes:
Versailles no Bara (ベルサイユのばら, Berusaiyu no Bara) ou Rosa de Versalhes, também conhecido como "Lady Oscar" é um mangá de autoria da mangá-ka japonesa Riyoko Ikeda, foi o primeiro shoujo mangá histórico criado no Japão e que inesperadamente tornou-se um fenômeno nos anos 1970, era Showa. A série ganhou adaptações para teatro, cinema e uma animação para TV que rendeu 40 episódios.A história é ambientada na França, nos últimos anos do Antigo Regime, conta a vida dos nobres do Palácio de Versalhes e as escolhas políticas que levaram à Revolução de 1789.
O mangá tem início com os três personagens centrais da história, Maria Antonieta da Áustria, filha da imperatriz Maria Teresa, é a jovem noiva do futuro rei da França, Luís Augusto, neta de Luís XV. A princesa logo chega à corte e o comandante de sua guarda, Oscar François de Jarjayes, uma moça da nobreza criada por seu pai como um homem e que desde muito jovem recebeu um rigoroso treinamento militar, com apenas 14 anos, recebe o cargo de capitã da Guarda da futura rainha Maria Antonieta. A diferença já começa logo no início da obra original, onde temos Fersen abrindo o mangá e muito da infância de Maria Antonieta e quase nada de Oscar. Isso porque Ikeda a princípio queria uma história focada em Maria Antonieta, Oscar seria personagem secundário.
Já animação não é bem assim, já que o foco está todo em Lady Oscar. O primeiro episódio começa com o nascimento de Oscar, a frustração de seu pai ao ver que não havia nascido o tão desejado filho Varão, e em seu momento de desespero ele decide batizar a recém-nascida com um nome masculino Oscar, e decide criá-la como um home e lhe dar todo o treinamento militar necessário para que um dia ela possa se tornar um General. No anime quase não vemos a infância de Maria Antonieta e toda sua preparação como Rainha, eis uma coisa que prefiro no anime, pois acho ruim o fato de termos muito da infância de Antonieta e quase nada da infância de Oscar.
Tanto no anime como no mangá essas duas moças tão diferentes, Antonite uma rainha, Oscar, uma mulher militar, irão estabelecer uma relação de profunda amizade entre as duas mulheres que durará a vida toda. Também na sequência, existe o fato de ambas acabarem por se apaixonar pelo mesmo homem, o conde sueco Hans Axel von Fersen.
Em alguns momentos, a animação chega a superar o mangá, existem cenas memoráveis, duelos de tirar o fôlego de qualquer telespectador, porém em alguns momentos da história o mangá acaba sendo melhor. Como o baile de noivado de Oscar, uma das melhores e mais hilárias sequências do mangá, foi deixada totalmente de lado na animação. Por outro lado, na animação, o inesquecível confronto com o malvado Duque Germain termina em um duelo, algo que simplesmente não temos no mangá. Os dois discutem, sim, existe uma divergência entre os dois. Oscar está furiosa após o duque atirar em um menino que lhe roubou algo valioso de sua carruagem.
No mangá os dois falam em um possível duelo, porém nada acontece já que Antonieta aparta a discussão. Se você, assim como eu, se decepcionou com o mangá por esse duelo não ter acontecido, assista à animação, pois lá temos o duelo sim. Futuramente abrirei um post comentando sobre o épico duelo de Oscar Vs Duque Germain. Existem muitas outras mudanças, não daria para citar todas, porém serei breve e comentarei as diferenças mais importantes para você que deseja visitar o mundo da Rosa de Versalhes pela primeira vez, por influência desse blog.
Oscar de Riyoko Ikeda difere da Lady Oscar do anime:
Isso mesmo, a Oscar de Ikeda é mais moleca, debochada, um tanto irônica, vamos assim dizer. Ela dá boas risadas, frequenta as velhas e boas tabernas com André, arruma boas brigas com homens, acaba machucada, mas sem se arrepender de nada. É ela quem desperta o interesse pela revolução, é pega de surpresa lendo os Iluministas, enfrenta o pai, e costuma ser rebelde e viver livremente. No final da série, ela começa a se apaixonar por seu amigo André até que, em um de seus atos supremos de sua rebeldia, confessa seu amor a seu melhor amigo e diz que deseja ser sua esposa. Ela chama André para seus aposentos e os dois têm por fim uma belíssima noite romântica. Já na animação essa declaração de amor acontece em uma floresta repleta de Pirilampos em Meio a revolução francesa.
Claro que uma adaptação não se pode ser tão fiel ao mangá, mesmo porque existem crianças que acompanham o anime, mas diríamos que A Lady Oscar de Ikeda é outra, não melhor nem pior, mas um pouco diferente do que a versão que conhecemos na Animação. Porem tanto a obra original quanto sua adaptação animada são encantadoras.
Oscar na animação é bem mais seria, ela quase não dá risadas ou sorri, não é tão debochada, mas continua sendo a Oscar que conhecemos no mangá. Outra diferença é que no anime é André quem se interessa pela revolução e não Oscar. Ela apenas resolve se juntar à população por André. Tirando isso, ela não é tão diferente que a versão do mangá.
Oscar no mangá gosta de beber alguns Drinks.
de Oscar é uma heroína que muito inspirou as mulheres de todas as idades, porém no mangá ela tem alguns defeitinhos, um deles é apreciar bebidas fortes. Ela não é alcoólatra, nem o mnagá apresenta bebedeira como alguns que se dizem fãs costumam afirmar, mesmo porque a obra é um Shoujo. Entretanto ela gosta, sim beber alguns drinks e isso sempre incomoda sua babá. Na animação isso é quase isso é deixado de lado.
Mas afinal, qual é melhor?
Tanto o mangá como a animação têm uma série de eventos que levará à Revolução Francesa. O fim da família real é certo, enquanto Oscar, com seu amado André, lutam ao lado do povo. Os combates vão desde a tomada da Bastilha em 14 de julho de 1789 e continuaram até a execução de Maria Antonieta na guilhotina em 16 de outubro de 1793.
Riyoko Ikeda propôs aos editores da Margaret um mangá com fundo histórico, fascinada pela conhecida biografia de Maria Antonieta do escritor austríaco Stefan Zweig. O mangá foi publicado no Japão em 1972 em 82 capítulos. A Rosa de Versalhes é a obra máxima de Ikeda, tornou-se um fenômeno cultural e continua amada até hoje, mesmo após 50 anos desde o fim de sua serialização. É um romance histórico, não é historicamente preciso, existe, sim, fantasia no meio, mesmo porque se fosse historicamente preciso não teríamos Oscar e André. Resumindo, é uma obra belíssima, que vale a pena ser lida e relida em diferentes fases de sua vida. Rosa de Versalhes foi publicada no Brasil pela JBC só que infelizmente o primeiro volume desapareceu do mapa. Pois é, está bem difícil de ser encontrado, muitos estão me perguntando onde encontrar, eu de fato não sei. Comprei essa coleção da JBC quando lançou e isso já tem um tempo. Acredito que, muito em breve, JBC fará uma reimpressão.
Rosa de Versalhes,volume 1 edição brasileira JBC. |
Por outro lado, na Itália, o forte mesmo é a animação Lady Oscar, o título que a série de Ikeda ganhou na Europa para sua divulgação, que é, na verdade, derivado do título do filme Live Action. O anime fez um enorme sucesso entre as crianças italianas nos anos 1980 e continua encantando a nova geração. Não posso dizer qual é melhor, eu particularmente amo o mangá original e todas suas adaptações, porém, é como eu disse logo acima, há momentos no anime que superam o mangá. Recomendo que leiam primeiro a obra original de Ikeda e depois assistam ao anime e ao Live action Lady Oscar, ok?
Na Itália, o mangá foi publicado pela primeira vez pela Fabbri Editori em 1983 com um final diferente do mangá japonês e depois reproposto pela Granata Press em 1993 e pela Planet Manga em 2001, mantendo o original a partir do título "As Rosas de Versalhes" Em 2011, o mangá italiano foi revivido pela GP Publishing.
Obrigado por apreciarem meu trabalho! Fico feliz em saber que estou despertando o interesse por Rosa de Versalhes nos Otakus de plantão!
Um Bom domingo e uma ótima semana amigos da Lady Oscar.
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Lady Oscar diz..
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