Olá, queridos amigos da Lady Oscar, sejam Bem Vindos!
Pesquisando para o blog, acabei me deparando com um pequeno artigo Publicado no site japonês yomiuri sobre o filme Jeanne du Barry um longa-metragem de drama histórico e biográfico francês lançado em 2023, escrito, dirigido e produzido por Maïwenn, estrelado pela mesma e Johnny Depp no papel do rei Luís XV. O auto apenas faz uma observação sobre o longa, mas resolvi abrir um post não para falar do filme e sim da verdadeira Condessa Du Barry, última amante do rei Luís XV e a primeira vilã, a Rosa de Versalhes (ベルサイユのばら). Na realidade, ela não foi perversa conforme mostrado na série de Ikeda, na verdade, tenho pena da condessa Du Barry... ela de fato teve uma rivalidade com Antonieta, porém não era ruim, na verdade, terminou guilhotinada sem ter feito nada.
Condessa Du Barry na animação Lady Oscar 1979. |
O artigo começa com uma sinopse do filme: Jeanne (Maïwenn) nasceu em uma família pobre em 1743, na França. Ela levava uma vida de meretriz, mas foi acolhida pelo Conde du Barry (Melville Poupaud) e começou a frequentar o Palácio de Versalhes. Sua beleza e espírito livre atraem Luís XV (Johnny Depp), que a convida para seus aposentos. Seu ajudante (Banjaman Laberne) a instrui sobre as maneiras e as regras da corte, mas ela as ignora na maioria. O rei fica cada vez mais absorvido por ela. Em seguida, Maria Antonieta é recebida na corte como esposa do neto do rei, Luís XVI.
Cena do filme Madame Du Barry com Jhonny Depp |
Confesso que assisti ao filme, não por cause de Depp e sim porque
são personagens históricos presentes em Rosa de Versalhes. Quem sabe um
dia abro um post comentando esse belíssimo filme baseado na história de amor de Jeanne du Barry e o Rei Luís XV na Corte de Versalhes. Concordo com o autor do artigo, é mais uma história de amor
pura, cômica, do que um drama histórico.
Depp é um ator que traz um lado
cômico para a maioria de seus personagens, então temos uma versão um pouco diferente, até engraçada, do rei Luís XV, o monarca conhecido pelas inúmeras amantes. Muito bem, nesse post não comentarei sobre o filme e sim sobre a vida da mulher por trás de uma das vilãs de Rosa de Versalhes. Mas afinal, quem era de fato Jeanne Du Barry?
Pois bem, a Condessa Du Barry foi uma mulher muito bonita, dona de lindos olhos azuis, era jovem, na verdade, muito mais jovem que o Luís XV, trabalhava como uma cortesã da aristocracia quando conheceu e conquistou o monarca. Era uma mulher de origens humildes, Jeanne era filha de uma pobre costureira Anne Bécu, infelizmente ela nunca soube quem era seu pai verdadeiro, já que foi fruto de um relacionamento adúltero — acredita-se que seja ela, seja herdeira de Jean Baptiste Gormand.
Nascida em Vaucouleurs, 19 de agosto de 1743, a moça era dona de uma incrível beleza, tinha lindos e grossos cachos loiros, olhos azuis que brilhavam durante o dia. Tamanha era a sua beleza que dizem que ela foi privada de diversos trabalhos durante sua vida por ciúmes ou inveja.
Filha ilegítima de Anne Bécu — cozinheira ou costureira e de pai desconhecido, provavelmente um frade do convento de Picpus, em Paris, de nome Jean-Baptiste Gormand de Vaubernier. Graças a um amante de sua mãe, Nicolas Rançon, a pequena Jeanne pôde ser educada num convento, onde recebeu uma educação muito superior à que poderia esperar, em função de sua condição social humilde.
Com apenas 15 anos, a jovem decide abandonar o convento e, usando o nome de Jeanne Rançon, ganhava a vida em diversas atividades, como aprendiz de cabeleireira a camareira de uma família de posses, passando por empregada de balcão de uma conhecida e elegante loja, La Toilette. Pode assim observar — e absorver — o mundo das mais altas esferas da sociedade parisiense.
Como era muito bonita em 1763, sua beleza chama a atenção de Jean-Baptiste du Barry, liberal confesso. Jeanne então, torna-se sua amante, passa a viver em sua casa em Paris. Como o conde era um grande apreciador de música e, sobretudo, de pintura, Jeanne acabou obtendo muitos dos seus conhecimentos. Ou seja, ela era uma mulher culta.
Em meados de 1768, o próprio rei Luís XV se apaixonou pela garota. Graciosa, ela fazia visitas frequentes aos aposentos do monarca, que acabou descobrindo sua verdadeira identidade.
Luís XV exigiu que a dama se casasse com algum membro da nobreza e, pela ordem, Jeanne assinou o sagrado matrimônio com Guillaume du Barry, irmão de seu amante, em setembro de 1768. Dessa forma, ela passou a morar no palácio real.
Após seu casamento, ganhou o título de Madame du Barry e, entre os nobres, passou a ser conhecida como a amante oficial do rei. Em 22 de abril de 1769, ela chegou a ser apresentada à Corte francesa em uma cerimônia luxuosa, em Versalhes.
Tornando-se amante do rei, vivia no castelo de Luís XV, onde a jovem Jeanne aprendeu a viver com toda pompa e circunstância. Não era uma bruxa perversa como é mostrada em Rosa de Versalhes de Riyoko Ikeda, na verdade, era uma moça carismática, amável e gentil, muito ligada no contexto político de sua nação, porém extravagante, que amava joias e vestidos caros.
Como era a favorita do rei, ela aproveitava ao máximo sua posição, afinal tinha tudo aquilo que desejava e mais um pouco. Os problemas, no entanto, começaram quando Maria Antonieta foi adicionada à equação. Ainda muito jovem, a princesa austríaca, destinada a ser tornar rainha da França, não gostou de Jeanne desde a primeira noite que a viu. Nasceu aí uma rivalidade entre as duas moças. O encontro dessas duas rivais ocorreu em um jantar da família real, em maio de 1770. Em uma das pontas da grande mesa estava a futura rainha da França, Maria Antonieta, acompanhada de Luís XVI. Já na outra ponta estava Madame Du Barry que por ser amante do rei e dona de uma invejável beleza, chamava a atenção dos convidados. Claro que Antonieta não gostou nada disso.
Conforme é mostrado em Rosa de Versalhes, Maria Antonieta ficou indignada ao saber que Jeanne havia sido uma meretriz e apenas isso foi o suficiente para a futura rainha da frança criar um enorme ódio por Du Barry quase que instantâneo. A rivalidade entre as duas se manteve por anos, culminando até no episódio do roubo do colar. Antonieta realmente se recusava a falar com a favorita do rei até 1 de janeiro de 1772, durante a festa de ano novo. Maria Antonieta resolveu quebrar o voto de silêncio e pela primeira vez falou com a favorita do rei.
Durante a festa de Ano Novo, o palácio estava apinhado de nobres e cortesãos. Muitos se dirigiam à Maria Antonieta para prestar seus respeitos à futura rainha da França. No meio deles, a princesa fez uma observação soberba em direção à amante do rei, Madame du Barry: “Há muita gente hoje aqui em Versalhes!”. Em seguida, ela simplesmente se retirou e ralhou em particular com o marido, dizendo que aquelas seriam suas últimas palavras com a favorita do rei. A partir de então, a atitude da delfina em relação à Du Barry passou a ser mais cautelosa. No verão, em Compiègne, ela cumprimentou ligeiramente a favorita do rei, enquanto conversava com a duquesa de Aiguillon. O rei, por sua vez, ficou contentíssimo com essa mudança de atitude e passou a redobrar suas atenções para com a princesa.Por tanto, ela foi, sim, odiada por Maria Antonieta, algo que Ikeda fez questão de mostrar em Rosa de Versalhes, porém repito, a amante do rei não era uma má pessoa.
Mesmo cercada de luxo a boa vida da madame du Barrry não duraria por muito tempo. Em 1774, com a morte de Luís XV e a posse do trono por Luís XVI, Maria Antonieta exigiu que Jeanne fosse exilada. Enviada à um convento, Madame du Barry passou a viver com freiras mais uma vez, apesar dos conflitos iniciais com as mulheres.
Mais tarde, Jeanne conseguiu sua liberdade e começou a se relacionar com Louis Hercule Timoléon de Cossé-Brissac. Ela teve um amante por alguns meses, porém de fato gostava de seu atual companheiro. Infelizmente, seu amor não durou muito, durante a Revolução Francesa, Brissac foi decapitado e Jeanne caiu em um luto profundo. Para piorar, Du Barry foi acusada de apoiar emigrantes que fugiam da revolução por um dos escravos que ela tinha enquanto ainda estava no castelo. Devido às acusações, Jeanne foi presa e condenada à morte. Morreu na guilhotina durante o período do Terror da Revolução Francesa, em 8 de dezembro de 1793, quando contava cinquenta anos. Madame du Barry pediu por misericórdia, mas, ainda assim, foi decapitada pela guilhotina na Place de la Révolution. Como disse, tenho pena dela, pois ela morreu sem ter feito absolutamente nada! Como podem ver, a vida da ultima amante do rei foi na verdade triste.
Fontes de Pesquisa: Aventuras na História e Winkipédia.
Enfim, para mim, Antonieta era mimada, não gostou da madame Du Barry, não apenas por ela ser uma cortesã, mas sim porque era muito bonita, chamava a atenção e Antonieta era vaidosa e convencida, destinada a ser rainha, não aceitaria ter a atenção dos nobres dividida com a amante do rei. Vale lembrar que Antonieta foi enviada à França para casar-se com Luís XVI e selar um tratado de paz entre França e Áustria, então, a meu ver, se ela não deveria ter implicado com a amante do avô de seu marido.
Enfim, esses foram os comentários sobre a condessa Du Barry, uma interessante figura histórica que aparece como a primeira vilã em Rosa de Versalhes, mas que não má e sim uma linda moça que provocou ódio em Maria Antonieta. Finalizo com alguns vídeos relacionados do Youtube:
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