Olá, queridos amigos da Lady Oscar,Sejam Bem Vindos!
No último final de semana, em virtude do 14 de julho, aniversário da Bastilha, tivemos algumas homenagens a Rosa de Versalhes (ベルサイユのばら), inclusive, eventos importantes da cultura pop, na França e Itália. Um deles foi o Japan Expo em Paris e o outro a Riminicomix em Rimini, além de uma bela sessão de fotos da cosplayer italiana Rosi Dotti em comemoração a queda da bastilha. Enfim, pesquisando para o blog, me deparei com um pequeno artigo, no site Franceinfoque comentou sobre a forte ligação que existe entre a história da França com o mundo dos quadrinhos japoneses. O texto, de autoria de Cédric Cousseau, comenta sobre mangás que giram em torno da rainha Maria Antonieta, e já começa citando A Rosa de Versalhes e a personagem Lady Oscar. Enfim, traduzi esse pequeno o original em francês encontra-se aqui,pra quem quiser dar uma olhada.Segue a tradução e deixo para comentar alguma coisa após o texto.
Personagens como Maria Antonieta, Joana D'Arc ou Napoleão são no Japão tema de histórias arrematadas a ponto de terem entrado na herança da cultura japonesa.(Artigo Traduzido).
A França é um grande consumidor de mangás e se orgulha de ser o segundo maior mercado de mangás do mundo, depois do Japão. Mas nosso país brilha com a mesma intensidade na terra do sol nascente. Nossa história fascina a ponto de gerar best-sellers. Por exemplo, A Rosa de Versalhes (Kana), com sua personagem principal Lady Oscar e o pano de fundo da Revolução Francesa, causou uma impressão duradoura nos leitores japoneses na década de 1970. "É um verdadeiro triunfo que não percebemos aqui", explica Matthieu Pinon, autor da la bible Manga, que d'histoires (Larousse e editor-chefe da revista Otaku Manga. "Maria Antonieta, que desempenha um papel importante nessa série, é uma figura poderosa para os japoneses devido a sua dimensão romântica, ela representa a França, a ascensão da moda…"
Maria Antonieta continua a inspirar autores até hoje. O mangá de 2016 Marie-Antoinette, la jeunesse d'une reine (Glénat) foi produzido em parceria com o Château de Versailles, a fim de ser o mais fiel possível à realidade histórica e arquitetônica do monumento. Rose Bertin (Piccoma), um smartoon lançado no início deste ano, concentra-se na antiga costureira da rainha. Finalmente, Power Antoinette (Doki Doki), que acaba de chegar às livrarias, retrata uma Maria Antonieta que fazia parte de seu tempo, mas cujo destino foi revisitado quando ela escapou da guilhotina graças a... seu talento para o supino e a musculação.
Outras figuras históricas fascinaram os japoneses, como Joana D'Arc ou Napoleão, "um político com uma vida épica ideal para o desenvolvimento de um bom mangá", continua Matthieu Pinon. Eles foram os heróis de clássicos e mangás que, desde então, se tornaram parte da cultura japonesa.
Essa foi a tradução do texto, agora vamos, aos comentários. Em janeiro
desse ano, eu traduzi e comentei sobre um texto que na época saiu no
Yahoo do Japão, que falava, exatamente, sobre o interesse dos japoneses
por Maria Antonieta, a trágica rainha do antigo regime da França. Claro, que esse
interesse todo se deve
à influência do Shoujo mangá Rosa de Versalhes de Riyoko Ikeda, esse artigo, até comenta que antes de Rosa de Versalhes, Antonieta tinha fama de
Uma rainha tola que só trouxe problemas ao seu povo. Inclusive, livros de história traziam a trágica rainha como uma vilã e o mangá de Ikeda, A rosa de Versalhes, conseguiu mudar um pouco esse rótulo de rainha má
que Antonieta sempre carregou. Graças a influência de Rosa de Versalhes,
Maria Antonieta passou ser muito querida pelos japoneses, e isso levou
outros Manga-Kás escreverem histórias sobre a trágica rainha. Inclusive
no evento comemorativo dos 50 anos da Rosa de Versalhes que foi realizado ano passado aqui em São Paulo no museu da imigração japonesa,
foi mencionado que Maria Antonieta influenciou e muito a Moda Lolita
que é um estilo que teve seu início lá pelo começo da década de 1980 no
Japão, e seu auge foi em meados dos anos 1990. Teve influencia da Rosa
de Versalhes, sim, inclusive no último dia do evento tivemos um desfile
de lolitas. Para quem quiser dar uma olhada na minha tradução do texto da Yahoo, clique aqui.
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Oscar no mangá Rosa de Versalhes.
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O artigo também citou que por influência da Rosa de Versalhes,
existem, outros mangás os quais as histórias giram em torno da trágica rainha
Maria Antonieta, como o
Marie-Antoinette, la jeunesse d'une reine, mencionado no texto, logo acima. Esse mangá eu recomendo! Já mangá
Power Antoinette,
eu dei uma lida nos primeiros capítulos em inglês, e posso dizer que
estou me divertindo com essa Maria Antonieta musculosa. O primeiro
capítulo, já começa com a execução da rainha, mas ela escapa da
guilhotina usando seus músculos e sua grande força, os guardas tentam
capturá-la, mas Antonieta consegui fugir. Parece ser engraçado, quero
muito ler até o final. |
Mangá Power Antoniette, trás uma versão musculosa da rainha da França.
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Voltando ao assunto, o mangá "Versailles no Bara" (Le rose di Versailles) foi publicado no Japão entre 1972 e 1973, e como sabemos foi inspirado em uma biografia de Marie Antoinette escrita pelo austríaco Stefan Zweig, que Ikeda leu e se emocionou ainda muito jovem quando era estudante. Essa biografia se chama, Maria Antonieta, o retrato de uma mulher comum, e o autor não coloca a rainha como uma grande vilã e sim como uma simples mulher forçada a se casar ainda criança. Graças a essa biografia, nasceu a Rosa de Versalhes, já que Ikeda sonhava em um dia escrever algo sobre a vida da trágica rainha, inclusive ela comentou em entrevista que pensou no título Rosa de Versalhes antes mesmo de escrever sua obra mais famosas. A rosa do titúlo, seria Maria Antonieta, mas como Oscar a personagem fictícia criada por Ikeda, para dar ação ao mangá, acabou ofuscando a protagonista, tornado-se a Rosa do título.
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Maria Antonieta era para ser a rosa do título.
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Oscar foi fundamental para o sucesso e importância da Rosa de Versalhes, afinal era um Shoujo (quadrinho para meninas), e a autora não iria conseguir despertar o interesse das jovens leitoras, sem uma personagem fictícia, afinal a história de Antonieta, todos conhecem, portanto, saberiam como terminaria. Entretanto, a história de Oscar era um mistério para as leitoras e foi exatamente essa heroína revolucionária que conquistou o coração do público alvo e também de mulheres adultas. Oscar teve um grande impacto na cultura japonesa, ela não era a mulher submissa, ou a sonhadora tolinha, de shoujo mangá, ela é forte, decidida, corajosa e acima de tudo uma mulher fazendo om papel de um homem, sem perder sua elegância e feminilidade. A heroína da revolução francesa, criada por Ikeda, é uma mulher livre, capaz de escolher seu próprio caminho. Ela desiste de um casamento forçado pelo pai, e vai às ruas liderar uma tropa a favor do povo no dia 14 de julho. Oscar serviu de inspiração para muitas mulheres nos anos 1970, em uma triste época onde o machismo no Japão era muito grande, mulher era vista como donas de casa em tempo integral e homens deviam sair e sustentar a casa. As moças que precisavam sair de casa para trabalhar só poderiam fazer isso com a devida permissão dos maridos, então Oscar, serviu como inspiração para essas mulheres, algumas, inclusive, desejavam ser exatamente como ela. A obra de Riyoko Ikeda é um mangá shoujo (quadrinhos para meninas), dos mais importantes e influentes no Japão, e esse fenômeno se arrasta até os dias atuais.
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Oscar inspirou meninas e mulheres nos anos 1970.
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Sem falar que essa, obra revolucionária, também traz temas universais como amizade, amor, feminismo, conflitos
entre classes sociais, coragem e acima de tudo lealdade e aos ideais. Não é à toa que mudou a imagem de Antonieta, ates
vista como péssima rainha e até hoje é lembrada a cada 14 de julho. Finalizando, não encontrei fotos desses eventos, mas termino o
post com uma belíssima sessão de foto da cosplayer italiana Rosi Dotti.
As imagens são essas logo abaixo:
Espero que tenham Gostado!
ady Oscar diz... Obrigada por sua visita! Volte sempre que quiser.
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Lady Oscar diz..
Olá,meus queridos amigos, Obrigada por sua visita.
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