Olá, queridos amigos da Lady Oscar, sejam Bem Vindos!
Berusaiyu no bara Doukoukai, um dos grupos japoneses da Rosa de Versalhes dos quais participo no Facebook, acaba de postar um link do site, Futaman Futabanet,com mais um texto feito pelo Jornalista que assina como Dekai Penguin (Grande Pinguim), deve ser um homem mesmo, mas, que possui uma enorme paixão por Shoujo mangás dos anos 1970 era Showa, principalmente A Rosa de Versalhes(ベルサイユのばら), já que em todos seus artigos ele comenta algo sobre a obra máxima de Ikeda. E dessa vez o autor fala apenas sobre Rosa de Versalhes, especificamente sobre Maria Antonieta. O autor do texto analisa a maneira como a obra de Ikeda retrata a trágica vida da última rainha da França. Bem, o artigo está muito interessante, um dos melhores textos que já li desse misterioso jornalista conhecido apenas como Dekai Pengui. Como é interessante, fala sobre Rosa de Versalhes, tive que traduzir e trazer para cá. Deixo para comentar algo após o texto, mas amanhã mesmo devo estar abrindo outro post comentando de maneira detalhada esse artigo. Segue a tradução:
Rosa de Versalhes vol 7
“A Rosa de Versalhes” Um olhar sob Maria Antonieta, a rainha francesa conhecida como uma “mulher má” na história.
Que imagem você tem quando ouve o nome de Maria Antonieta? Ela é frequentemente retratada como a rainha executada na guilhotina durante a Revolução Francesa devido à sua indiferença para com o povo e repetidas extravagâncias.
No entanto, a Maria Antonieta retratada em “A Rosa de Versalhes” de Riyoko Ikeda é um pouco diferente.
Desde menina, está à mercê das ambições adultas e, já adulta, atua como uma mãe forte que protege seus filhos, e também atua resolutamente como uma rainha de coração forte.
Embora a rainha seja conhecida ao longo da história como uma "mulher má", ao analisar sua representação nessa obra, há muitos aspectos que fazem com que ela pareça digna de pena e, por algum motivo, é difícil não gostar dela. Neste artigo, analisaremos a vida de Maria Antonieta em A Rosa de Versalhes.
Casamento político aos 14 anos.... uma vida de estresse e nenhum adulto para lhe dar bons conselhos.
Maria Antonieta nasceu como a nona filha da imperatriz austríaca Maria Teresa. Ela foi para a França com apenas 14 anos para se tornar esposa do rei Luís XVI da França. Conforme as regras da época, a futura noiva tinha que se vestir inteiramente com roupas francesas e não podia usar um único fio de roupa de fabricação austríaca.
Além disso, em Versalhes, não era costume uma dama de baixo escalão dirigir-se a uma dama de alto escalão, mas Sua Majestade o Rei tinha uma cortesã favorita, Madame du Barry. Antonieta, que era muito orgulhosa, tinha de se dirigir pessoalmente à Madame du Barry devido à sua posição, e havia dias em que ela chorava de frustração. Assim, em Rosa de Versalhes, a vida pós-casamento de Antonieta é retratada como estressante.
Algumas pessoas também se aproveitaram de Antonieta e tiveram sucesso em seus próprios negócios. Por exemplo, uma estilista que dirigia uma loja de roupas ocidentais em Paris apresentou belos vestidos, um após o outro, vendendo 54 vestidos formais e 125 vestidos de baile em um ano; Antonieta, que não sabia quanto custava e quanto pagava de impostos para fazer um vestido, começou a comprar o que gostava, um após o outro, a partir desse momento.
Não apenas Antonieta, mas quando as pessoas levam uma vida luxuosa desde a infância, sentirão que isso é normal. Em parte porque havia poucos adultos ao seu redor que pudessem lhe dar a opinião correta, Antoniete foi levada a seduzir por adultos e repetidamente gastou demais como uma válvula de escape para seu estresse.
Maria Antonieta se recusava a falar com Madame du Barry.
Cercada por adultos que querem satisfazer seus desejos... e envolvida no "incidente do colar".
Antonieta da Áustria que se casou sozinha na França, queria uma amiga que conhecesse bem. Naquela época, a condessa Polignac aproximou-se dele com suas palavras inteligentes.
No início, a Condessa Polignac era gentil e recatada, depois que, mas após se aproximar de Antonieta, ela começou a usar suas palavras para implorar por dinheiro e promoções de seus parentes. Ela também começou a fazer jogos com Antonieta, e as dívidas do palácio aumentaram para 500 mil libras (aproximadamente 6 bilhões de ienes).
Além disso, Antoinette se envolve no “incidente do colar” devido a Jeanne Valois ter sido falsamente adotada como filha de um aristocrata. Jeanne enganou o Cardeal Rohan alegando ser “uma amiga íntima de Antonieta” e roubou um colar no valor de aproximadamente 19,2 bilhões de ienes, usando o nome de Antonieta.
Antonieta, indignada com a descoberta do incidente, levou o caso ao Tribunal Superior de Paris, mas Jeanne publicou suas memórias com declarações infundadas, como "a rainha e eu eramos amantes e cometi o incidente a pedido dela"
O povo, que era obrigado a pagar uma abundância de impostos e tinha dificuldade para ganhar a vida, acreditou nessa história, e Antonieta gradualmente se tornou uma inimiga do povo. Antonieta estava cercada de pessoas cujo único propósito era satisfazer seus próprios desejos, e ela era aproveitada uma após a outra por elas.
O caso do colar acaba envolvendo a rainha. |
Após se tornar mãe, Antonieta finalmente se conforma com seu papel de rainha...
Antonieta sofreu uma série de contratempos, mas após se tornar mãe, ela gradualmente despertou para sua posição como rainha da França. Nessa obra, ela também segue os conselhos de seu amado Hans-Axel von Fersen: não decide sobre seus próprios ministros, não se diverte com extravagância e afasta-se da Condessa de Polignac e de seus companheiros e retorna para seus fiéis amigos Oscar e ao Conde Merci.
Mas aí já era tarde demais...... e as pessoas comuns, insatisfeitas com o sistema político, se revoltaram e eclodiu a Revolução Francesa. Uma multidão enfurecida invade o Palácio de Versalhes e exige que a rainha seja assassinada, mas Antonieta sai orgulhosa para a sacada e se curva diante do povo. O povo, impressionado com sua aparência divina, reconheceu-a como uma "princesa nata" e gritou "Viva a rainha".
A família do rei então elaborou um plano para fugir, mas o plano falhou. Antoinette, percebendo tudo, recusa a ajuda de Fersen e aceita sua sentença de morte como rainha. De pé na plataforma de execução, Antonieta disse: "É assim que uma rainha francesa morre!" e encarou resolutamente a mesa da guilhotina, onde conheceu seus últimos momentos de beleza.
Quando jovem, Antonieta foi influenciada pelas opiniões das pessoas ao seu redor e se entregou ao entretenimento. Mas depois que se tornou mãe, ela passou a ter mais consciência de sua posição e de seu papel como rainha. Se ela tivesse demonstrado essa atitude antes, talvez tivesse conseguido o apoio do povo e evitado ser executada.
O despertas de Maria Antonieta como rainha da França. |
Uma das frases mais famosas de Antonieta é: se você não tem pão, coma brioches. No entanto, de acordo com pesquisas recentes, essa frase não foi dita por Antonieta, mas sim uma frase de um livro do filósofo Jean-Jacques Rousseau que ganhou vida própria.
Há uma anedota de que Antonieta, não apenas em “A Rosa de Versalhes”, mas também na vida real, era verdadeiramente atenciosa com o povo e, durante os tempos de fome, ela cortou as despesas do palácio real e fez doações. Se você quiser saber mais sobre a verdadeira Antonieta, releia “A Rosa de Versalhes”, que retrata sua vida com base em fatos históricos.
Fim.
No Japão, o interesse por Maria Antonieta e pela história da França é enorme, devo dizer que isto se deve à influência do shoujo mangá Rosa de Versalhes, a obra máxima de Riyoko Ikeda. Rosa de Versalhes mudou a imagem de Antonieta, sempre retratada como uma vilã nos livros de história. No entanto, em seu romance biográfico Maria Antonieta, O retrato de uma Mulher comum, (publicado em 1932), o escritor austríaco de origem judaica Stefan Zweig descreve a vida de casado insatisfatória de Antonieta. Então temos uma menina forçada a viver em um país estranho, casar sem amor por razões políticas com um rapaz que ela nem, se quer, conhecia. Ambos ainda adolescentes, Antonieta tinha 14 anos, o Delfim da França, destinado a ser o rei Luís XVI, tinha apenas 15 anos. Eram praticamente duas crianças ainda, não existia amor e muito menos intenção em assumir um compromisso, já que eram muito jovens e imaturos para entender a importância desse casamento político. E assim como qualquer jovem, tudo que eles desejavam era viver suas vidas felizes, cada com seu estilo e costumes. Antonieta casou-se sem amor e viveu um casamento infeliz. Mais tarde, o Rei da França, Luís XIV, contraiu varíola, uma doença sem muitas chances de cura e faleceu repentinamente, e assim, seu sucessor, Luís XVI, assumiu o reinado ainda jovem e imaturo, sem preparo algum para governar um país. Luís XVI, que foi Rei da França e Navarra de 1774 até ser deposto em 1792 durante a Revolução Francesa, nada tinha a ver com Antonieta. O rei gostava de caçar, apreciava um bom banquete, um bom vinho, dormia e acordava cedo. Já Antonieta era o oposto, amava festas, danças, passava a noite se divertindo, às vezes nos salões de jogos, outras vezes em bailes. Então, realmente era como o sol e A lua, o mundo dele era durante o dia, o dela durante a noite. Porém, concordo com o autor do texto, Antonieta foi cercada de inimigos, não apenas em Rosa de Versalhes, mas na vida real. Ela, foi vítima de fake news da época, muitos se aproveitaram de sua falta de preparo como rainha, pois Antonieta nada entendia de política de Estado, na verdade, ela começou a se interessar um pouco por política quando a coisa já estava feia mesmo. Gastou exageradamente o dinheiro público com futilidades, roupas e joias caras, sim, mas não foi apenas por isso que ela se tornou odiada. Para mim, houve outros fatores para começar por ela ser austríaca. Na época, tanto os nobres como os mais pobres na França não aprovaram o casamento do delfim Luís XVI com uma princesa austríaca. Essa falta de aceitação já fez com que ela fosse recebida com certa hostilidade. Com o tempo, essa hostilidade se tornou ódio, e ela foi uma das figuras mais odiadas da corte francesa no final do século XVIII. E o lado extravagante de Antonieta, que gastava por conta sem pensar que aquele dinheiro vinha dos impostos pagos pelo povo, que fez com que França, da época, visasse a derrubar a monarquia, ela se transformou em uma mulher vilã mais do que o necessário. Por isso, os livros de histórias retratavam Antonieta, como uma rainha tola e terrível vilã. Já Stefan Zweig a retratou como uma mulher comum, uma criança forçada a se casar, mas que tinha sonhos, desejos e defeitos. Ikeda se apaixonou por essa obra biográfica e daí nasceu Rosa de Versalhes, sua obra mais famosa, que mudou essa imagem de bruxa má de Antonieta e, não só isso, tornou a rainha popular no Japão, tanto que diversos mangá-kas escreveram histórias centradas na última rainha da França. Rosa de Versalhes, apesar de costurar a realidade com ficção, foi baseada em acontecimentos históricos e tem, sim, realismo. Ikeda passou dois anos pesquisando fatos históricos, então tudo é baseado em fatos históricos. Claro que o caso do colar foi um pouco diferente, mas Ikeda apresentou uma trama tão bem feita que chega até a nos confundir. Enfim, não irei me prolongar aqui, já escrevi demais, abrirei outro post comentando melhor esse artigo, um dos mais interessantes que traduzi.
Continuo, devendo os comentários dos artigos anteriores do Dekai Penguin, mas não se preocupem, não ficou no esquecimento, em breve comentarei os textos anteriores.Finalizo com mais algumas imagens de Maria Antonieta no anime Rosa de Versalhes.
Espero que tenham gostado!
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Lady Oscar diz..
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