Olá, queridos amigos da Lady Oscar, sejam Bem Vindos!
Nos últimos dias trouxe para cá uma série de cenas polêmicas do shoujo mangá de Riyoko Ikeda, A Rosa de Versalhes, porque, como sabemos, esse grande clássico, ganhará uma nova adaptação feita pelo Estúdio Mappa e tenho algumas preocupações com esses momentos polêmicos, nos dias atuais. Versailles no Bara, no original, foi escrito e ilustrado por Riyoko Ikeda, publicado nas páginas da revista Margaret, da Shueisha, entre 1972 e 1973. A obra foi originalmente compilada em 10 volumes e recebeu adaptação em anime em 1979, contando com 40 episódios, um filme em live action.❤️
Não é apenas um mangá a ser novamente adaptado, e sim, um dos mais importantes shoujos da história. Seja por quebrar paradigmas na época em que foi escrito, além de se manter completamente atual em relação a alguns elementos que a obra levanta, seja política ou socialmente.
É importante pontuar que" A Rosa de Versalhes" tem uma grande importância no mercado de mangás, foi responsável pelo aumento da demanda no aprendizado de francês nos anos 70 e 80, além de ter sido utilizado em sala de aula pelos professores de história no Japão.
A obra, também, foi precursora de uma nova era nos shoujos mangás (quadrinhos para meninas), antes vista com desprezo diante do mercado editorial, por conta das personagens ingênuas e sonhadoras, sem objetivos, apenas pensavam em realizar seus sonhos e encontrar o amor de sua vida. Mas na série de Ikeda temos uma personagem feminina independente e completamente dona de si, vivendo cada momento sem arrependimentos. Como isso será aceito pelos pais de crianças e adolescentes nos dias em que estamos vivendo, onde tudo é visto como algo ruim?
Pois bem, hoje a cena que comentarei hoje acredito ser a mais polemica de todas. Quem se diz fã da Rosa de Versalhes sabe muito bem que o mangá tem cenas que não são recomendadas para crianças. Como, por exemplo, o mangá de Ikeda foi o primeiro shoujo a retratar uma cena de adulta de amor entre o casal principal e isso causou um enorme impacto nas leitoras da revista e rendeu algumas reclamações de mães dessas meninas. Imaginem que isso foi há 52 anos, então como o Estúdio Mappa vai se virar nos trinta, para criar esse momento romântico entre Oscar e André é a minha maior dúvida.❤️
Essa cena romântica, simplesmente, nem existe no live action de 1979, o que é mostrado que eles tiveram uma noite romântica no estábulo onde o casal costumava a se encontrar, mas nada além de beijos é mostrado.
Já no anime do mesmo ano, a cena até acontece, mas é em uma floreta em meio à revolução francesa e, apesar de ser mais açucarada, porque é a maneira mostrada, é mais mágica, podemos assim dizer, em uma floresta repleta de pirilampos, recebeu inúmero, cortes e censuras na Europa principalmente na Itália.❤️
No mangá original, a cena é bem mais adulta, funciona como o casamento do casal ou a noite de núpcias e acontece. Após a decepção de Oscar com Fersen, ela percebe que seu grande amor é André Grandier, seu amigo de infância. Ela então decide se entregar a ele como se fosse sua esposa, mostrando também um momento de constrangimento e medo (como qualquer moça pura que se preze). André, que agora perdeu quase completamente a visão, resolve o problema com as próprias mãos, ou melhor, pega Oscar nos braços e a leva, desta vez com consentimento, e os dois vivem seu tão sonhado momento de amor. Será o primeiro e único momento de amor, porque logo depois os dois encontraram seus destinos na revolução francesa.
Particularmente, gostaria que O Mappa mantivesse tudo que existe no mangá, sem tentar amenizar ou excluir essas cenas polemicas, mas essa noite romântica do casal, existe uma grande possibilidade de ser modificada, mesmo porque é um anime shoujo, voltado para meninas adolescentes, e algo assim não será aceito pelos pais atualmente. Sim, estamos vivendo em outra era, onde até uma simples palavra pode ser considerada impropria ou ofensiva, sendo assim, levar todo o esplendor da Rosa de Versalhes, para essa nova geração, não será um trabalho simples para o Estúdio Mappa. Sem contar que Ikeda demorou anos para autorizar uma nova animação e com certeza será bem exigente com essa nova produção. Mas como contar essa história para esse público de hoje? Bem, Rosa de Versalhes é mais que um mangá, é obra literária, foi o primeiro mangá a ser considerado obra literária, então só espero que respeitem a obra original e pensem nos fãs japoneses, e que não gostarem que não assistam.
Enfim, deixem seus comentários ou aqui, ou em nossas redes sociais a respeito dessa polêmica cena, afinal será mantida, modificada ou excluída? Enfim, deixem suas opiniões.
Espero que tenham Gostado! Daqui a pouco tem mais.
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