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sábado, 28 de setembro de 2024

Um Colar de diamantes de US$ 2,8 milhões ligado ao infame escândalo de Maria Antonieta é será colocado à venda.

 

Olá, queridos amigos da Lady Oscar, sejam bem vindos!

 


 Segundo informações da página que sigo no Facebook, Le Rose Di Versailles, No dia 11 de novembro, será leiloado em Genebra, Suíça, a Sotheby' um colar prodigioso de US$ 2,8 milhões, cujos diamantes preciosos podem ter feito parte do colar que protagonizou o famoso escândalo do envolvendo o Cardeal de Rohan, Jeanne de La Motte e seu marido Nicolas de La Motte, o falsificador Retaux de VilletteMademoiselle d'Oliva e o Conde de Cagliostro. Vale lembrar que esse escândalo na corte de Luís XVI prejudicou ainda mais a imagem de Maria Antonieta, e acelerou os acontecimentos da Revolução Francesa. Como o caso do colar é mostrado em Rosa de Versalhes(ベルサイユのばら), resolvi trazer a notícia para cá e comentar a respeito.


Pesquisando a respeito, encontrei mais algumas informações no site ABC7, então resolvi traduzir o texto que diz o seguinte:

Um colar de diamantes usado em duas coroações britânicas, e acredita-se que tenha pedras do infame colar no centro de um escândalo de Maria Antonieta, deve render até US $ 2,8 milhões em leilão.

Pesando aproximadamente 300 quilates, a peça do século XVIII, provavelmente criada uma década antes da Revolução Francesa, está em exibição pública pela primeira vez em 50 anos e fará sua estreia em leilão em 11 de novembro, segundo a Sotheby's, que está cuidando da venda.



A joia está sendo exibida na Sotheby's em Londres até quarta-feira, antes de partir para o resto de sua turnê global de exposições. Em seguida, seguirá para Genebra, na Suíça, para ser o destaque da venda da Sotheby's Royal and Noble, disse a casa de leilões em um comunicado à imprensa na segunda-feira.

Apesar de as origens exatas do colar não terem sido registradas, a casa de leilões acredita que a peça antiga só poderia ter sido feita para a realeza ou um aristocrata de alto escalão.

No início do século XX, pertencia aos marqueses de Anglesey, uma importante família aristocrática do Reino Unido com laços estreitos com a família real britânica, disse a Sotheby's.

Marjorie Paget, marquesa de Anglesey, usou o colar na coroação do rei George VI em 1937. Sua nora usou a mesma joia na coroação da rainha Elizabeth II em 1953, segundo o comunicado.

Depois que a família se separou da peça de diamante na década de 1960, ela foi exibida no Museu Americano de História Natural antes de ser adquirida por um colecionador particular.

"Esta rara e importante joia de diamante é uma sobrevivente sublime da opulenta vida da corte da era georgiana, definida por sua pompa e esplendor incomparáveis; é indiscutivelmente uma das joias georgianas mais magníficas e intactas em mãos privadas", disse Andres White Correal, presidente da Joalheria Sotheby's Europa e oriente Médio e chefe de joias nobres, no comunicado.

"Quando comparado a outras joias imperiais e reais sobreviventes do mesmo período, este colar está muito acima desses exemplos. É uma fortuna em diamantes e também uma masterclass em design requintado, mão de obra e inovação técnica para o período", acrescentou.

A peça consiste em três fileiras de diamantes que se arrastam de cada lado em uma borla de diamante.

Cada diamante é de uma mina antiga, lapidada brilhante e pesa entre um e um quilate e meio, segundo a Sotheby's, que disse que os diamantes provavelmente foram provenientes das lendárias minas Golconda da Índia, onde o Diamante Hope foi descoberto.

As joias desse período eram frequentemente conhecidas por seu luxo e versatilidade, com uma peça tendo o potencial de ser usada como colar ou como ornamento costurado em uma peça de roupa, segundo o comunicado.

Esta peça em particular pode ser usada ao redor do pescoço com as borlas penduradas em ambos os lados, ou com a peça amarrada em um nó simples.
Um escândalo brilhante.

Alguns dos diamantes do colar podem ter vindo da peça no centro do escândalo "Caso do Colar de Diamantes", segundo a casa de leilões.

O brilhante escândalo de 1785 na corte de Luís XVI envolveu um cardeal que procurava recuperar o favor de Maria Antonieta, a última rainha da França, que foi enganada para adquirir um colar em nome de alguém que fingia ser a rainha.

No entanto, o engano veio à tona quando os joalheiros, que nunca receberam a primeira parcela do colar, solicitaram o dinheiro diretamente da rainha, que nunca recebeu o colar.

O colar, nas mãos de um trapaceiro, havia sido quebrado e vendido em Londres.

O escândalo manchou a reputação de Maria Antonieta, que foi injustamente acusada de ter um relacionamento imoral com um cardeal, e desacreditou a monarquia francesa antes da Revolução Francesa, na qual a rainha finalmente encontrou sua morte.


   Enfim, trata-se de uma peça única e valiosíssima, ainda mais por ser algo histórico, diamantes do famoso colar, que desgraçou a reputação de Maria Antonieta, sortudo é quem tiver dinheiro para arrematar. O caso do colar é mostrado em Rosa de Versalhes, porém é claro que com elementos fantasiosos. Mas o que de fato ocorreu foi o seguinte:  O famoso escândalo do colar de diamantes, que acabou com a imagem da rainha Maria Antonieta, que hoje valeria aproximadamente US$ 27 milhões, foi, na verdade, uma emboscada dos inimigos da rainha visando difamar e manchar ainda mais sua imagem. Tudo acontece  em 15 de agosto de 1785  a 239 anos e  provocou uma enorme desmoralização, portanto é impossível não associar o escândalo do colar com o apressamento dos acontecimentos que culminaram na Revolução Francesa em 1789.


O Escândalo do Colar em Rosa de Versalhes 1972.
 
Esse acontecimento histórico inspirou diversos romances, como O Colar da Rainha, filmes como O Enigma do Colar, com Hilary Swank, documentários e, é claro, que ele está presente em Rosa e Versalhes. Entretanto, Riyoko Ikeda, que modificou um pouco o caso do colar em Rosa de Versalhes, já que sua obra máxima é conhecida por costurar fatos históricos reais com fantasia. Mesmo assim, a trama do colar, apresentada por Ikeda, é tão perfeita que chega até ser difícil de acreditar que tenha elementos fantasiosos.

 

Para explicar, a verdadeira o escândalo terminou desabando no colo de Maria Antonieta, que arruinou sua reputação e que, após alguns meses mais tarde, trouxe a Revolução, é importante mencionar que a história desse famoso colar da discórdia, iniciou-se antes mesmo de Antonieta tornar-se rainha, durante a ascensão de Luís XV da França, em 1772. O colar havia sido produzido por volta de 1773 pelos joalheiros parisienses Boomer e Bassenge com 647 joias e um peso total de 2300 quilates. O rei Luís XV decidiu presentear sua amante, Madame Du Barry com um caríssimo colar de diamantes que deveria ser algo especial e que superasse todos os outros acessórios em beleza e grandeza, feito exclusivamente para Madame Du Barry a favorita do rei.


A rivalidade entre Maria Antonieta e a condessa du Barry no mangá Rosa de Versalhes de Riyoko Ikeda.
 

No entanto, o processo de fabricação desse belíssimo colar levou vários anos e necessitou de muito dinheiro, já que exigiu a procura de uma coleção de diamantes perfeitos. Nesse meio tempo, no entanto, Luís XV acabou falecendo de Varíola e a condessa du Barry foi banida da corte. Como se tratava de uma peça única e extremamente cara, os joalheiros acreditavam que o artefato seria presenteado à nova rainha da França, porém, os fatos não se seguiram como esperavam.


O rei Luís XVI chegou a oferecer o colar à sua esposa em dois períodos diferentes: primeiro, em 1778, mas ela recusou, afirmando que, naquele momento, o rei deveria investir seu dinheiro em navios ao invés de objetos. A segunda vez, quem tentou convencer Antonieta a comprar o acessório foram os próprios joalheiros, como um presente ao nascimento do filho dela, Luís José, Delfim da França, em 1781, mas novamente não aceitou a proposta. Alguns estudiosos acreditam que um dos fatos que fez com que a rainha recusasse o colar foi sua rivalidade com madame du Barry, a correspondente inicial do presente. A confusão então começou quando Jeanne de la Motte, uma condessa que havia entrado na corte real por meio de um amante chamado Rétaux de Villette, tramou um plano para conseguir a tão esbelta joia de diamantes.

Já em março de 1785, a ambiciosa Jeanne tornou-se amante do cardeal de Rohan, ex-embaixador francês na corte de Viena, da qual Antonieta detestava, isso porque ele havia sido responsável por espalhar rumores sobre sua mãe, a imperatriz romana Maria Teresa.

Dai em diante, o cardeal tentava reconquistar a confiança da rainha, pois isso era necessário para que ele conseguisse se tornar um ministro do rei. Jeanne de la Motte, diante de toda a situação, executou seu plano persuadindo Rohan ao afirmar que ela havia sido recebida pela rainha e agora trabalhava a seu favor. Sabendo disso, ele resolveu fazer de Jeanne uma ponte para restaurar sua amizade com Maria Antonieta.

Jeanne então começou a se passar por Maria Antonieta entre as correspondências que trocava supostamente com o cardeal, mas com o tempo essas cartas tornam-se românticas, e o Cardeal acabou apaixonando-se pela rainha. Após implorar por um encontro secreto com Antonieta, Jeanne arranjou outra maneira de continuar seu plano: em agosto de 1784, entre a escuridão da noite, nos jardins do Palácio de Versalhes, o Rohan encontrou-se com Nicole Le Guay d'Oliva, uma cortesã, que se passava por Maria Antonieta, devido a sua semelhança com ela.

Jeanne de la Motte aproveitou a ilusão do cardeal para lhe pedir emprestado uma grande quantia em dinheiro, justificando que seriam usados no trabalho de caridade da corte. Fingindo ser a rainha, enviou diversas cartas ao cardeal, inclusive uma ordem de compra do colar de diamantes. Assim, o pedido foi bem-sucedido, dizendo que seria pago em prestações. A confusão estava feita.

O escândalo do colar:




 O escândalo do colar de diamantes começou quando chegou a hora de pagar, Jeanne apresentou as notas do cardeal aos joalheiros, mas não foram suficientes. Boehmer então reclamou com a rainha, revelando as negociações. Maria Antonieta ficou surpresa, pois afirmava não ter pedido e nem recebido o precioso colar de diamantes.

O escândalo do colar provocou uma grande polêmica na corte e entre os franceses, surgindo boatos de que a rainha havia participado de um crime para fraudar os joalheiros. O pior mesmo é que de fato Antonieta estava inocente o tempo todo, e o caso não passou de um plano maléfico de seus inimigos para detonar sua imagem.

A Verdade apareceu e o mistério foi desvendado:


O cardeal Rohan Terminou preso no salão dos espelhos do Palácio de Versalhes. Em seu julgamento Rohan apresentou uma carta supostamente assinada por "Maria Antonieta", e foi justamente isso que desmascarou toda a farsa, pois a realeza francesa assinava apenas com seus nomes de batismo, fato esse esquecido por Rohan, que foi preso e levado à Bastilha, mas tempos depois foi absolvido.

A mulher que se passava por Antonieta, Nicole Le Guay e também Rétaux de Villette, que confessou ter escrito as cartas e falsificado a assinatura de Maria Antonieta, foram presas. A malvada Jeanne de la Motte teve outro fim, tendo sido condenada à prisão perpétua.


Mesmo Antonieta sendo envolvida nessa emboscada, o escândalo do colar de Diamantes, que hoje completa 239 anos, manchou ainda mais sua imagem e aumentou ainda mais o ódio do povo pela Monarquia. Maria Antonieta jamais recuperou sua reputação e termino tragicamente guilhotinada tempos mais tarde, nas mãos dos jacobinos.
Fontes de Pesquisa: Aventuras na História, Wikipédia.

 

O caso do colar no anime Lady Oscar  A Rosa de Versalhes:

 

Episódio 22 O Escândalo do Colar - O colar brilha de forma sinistra 

 
 
Maria Antonieta deu à luz seu segundo filho, o tão esperado príncipe da França.Em todo o país o entusiasmo geral e as comemorações a notícia, inclusive Lady Oscar com André estão felizes com o nascimento do principezinho.Maria Antonieta, por conta de seus filhos e da falta de tempo para se dedicar a eles, decidir deixar o palácio de Versalhes para se mudar para um pequeno palácio, o petit Trianon.Esta decisão irá desencadear a ira da maioria dos nobres, portanto, incapazes de serem recebidos em audiência pela rainha.Na Áustria, a mãe de Maria Antonieta, Maria Teresa, está muito preocupada com o destino da filha.
 



 
Jeanne, por outro lado, convence Rohan a comprar o colar de Boehmer em nome da rainha. De fato, o Trianon receberá cartas de reclamação do joalheiro pelo pagamento que Maria Antonieta havia ingenuamente feito.Enquanto isso, Oscar, com André, se verá envolvido em uma briga em uma pousada que Robespierre e Bernard também frequentam.
 
 
 
 

Episódio 23 O Processo - Habilidoso e Duro.

 

É nesse episódio finalmente temos o julgamento de Jeanne, uma das piores vilãs de Rosa de Versalhes, ela acusa, publicamente a rainha de um complô, mente dizendo que Oscar era amante da rainha, e é finalmente descoberto, a verdade por trás do caso do colar com o cardeal de Rohan e o falsificador.
 
Jeanne é condenada à prisão perpétua pelo, o juiz que também decidiu a sentenciar a vilã com a marcação 'V' de 'vouler' 'ladrão'. A vilã tenta escapar, mas é impedida e recebe a marcação e desmaia em seguida. Enquanto isso, a rainha Maria Antonieta está cada vez mais isolada. O povo e muitos nobres, de fato, vão encontrar Jeanne na prisão porque a consideram sua heroína.
 

Uma curiosidade, É que Oscar é uma personagem fictícia, mas acaba fazendo o papel de uma pessoa real, que também foi acusada de ser amante da rainha, princesa Lamballe que era amiga íntima de Maria Antonieta, assim como a condessa de Polinac, ambas foram acusadas de terem sido amantes da rainha.

 

O caso do colar é mencionado no Live Action Lady Oscar de 1979: 

 

  No filme Live Action Lady Oscar de 1979, uma, dirigido por Jacques Demy (Os guardas chuvas do amor), também é mostrado o caso do colar. Após Antonieta dar à luz ao príncipe da França, Oscar está ajudando a rainha com a criança, então a rainha recebe a visita dos joalheiros que lhe oferece o tão famoso colar, mas a rainha rejeita a proposta.
 
 



 
 
 

CURIOSIDADE:

  

O cardeal sobreviveu à Revolução e viveu o resto de sua vida no exílio. Rétaux de la Villette terminou igualmente sua vida no exílio na Itália. Nicole d'Oliva voltou para o anonimato e morreu em 1789, aos 28 anos. Cagliostro foi preso durante a Inquisição Italiana e morreu na prisão da Fortaleza na cidade de San Leo. Nicolas de la Motte voltou a Paris após a Revolução. A Condessa Jeanne de la Motte morreu em Londres após uma queda da janela de seu quarto. Certas pessoas acreditam que ela foi assassinada por realistas, mas provavelmente, ela tentava fugir de seus credores. Maria Antonieta, por decorrência da Revolução Francesa, foi levada à guilhotina em 1793, assim como seu marido, o rei.
 
 
 
 
Uma exposição comemorativa dos 45 anos da Animação da Rosa de Versalhes está sendo realizada no Wow Museu Del Fumetto em Milão. Na parte histórica, temos painéis entre a Realidade e a ficção de Rosa de Versalhes e o destaque para o foco será o escândalo do colar de diamantes. A exposição conta com a réplica do famoso colar de Maria Antonieta emprestada por Patrizia Lia. A amostra seguirá até o dia 15 de Setembro de 2024.




 
Em 2022, foi fabricado uma réplica impressionante do colar de diamantes de Maria Antonieta em Swarovski.
 

 
 
 
 
 

 Espero que tenham gostado! Daqui a pouco tem mais.




ady Oscar diz... Obrigada por sua visita! Volte sempre que quiser.

 


 

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Lady Oscar diz..
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