Olá, queridos amigos da Lady Oscar, sejam bem vindos!
Segundo informações da página que sigo no Facebook, Le Rose Di Versailles, No dia 11 de novembro, será leiloado em Genebra, Suíça, a Sotheby' um colar prodigioso de US$ 2,8 milhões, cujos diamantes preciosos podem ter feito parte do colar que protagonizou o famoso escândalo do envolvendo o Cardeal de Rohan, Jeanne de La Motte e seu marido Nicolas de La Motte, o falsificador Retaux de Villette, Mademoiselle d'Oliva e o Conde de Cagliostro. Vale lembrar que esse escândalo na corte de Luís XVI prejudicou ainda mais a imagem de Maria Antonieta, e acelerou os acontecimentos da Revolução Francesa. Como o caso do colar é mostrado em Rosa de Versalhes(ベルサイユのばら), resolvi trazer a notícia para cá e comentar a respeito.
Pesquisando a respeito, encontrei mais algumas informações no site ABC7, então resolvi traduzir o texto que diz o seguinte:
Um colar de diamantes usado em duas coroações britânicas, e acredita-se que tenha pedras do infame colar no centro de um escândalo de Maria Antonieta, deve render até US $ 2,8 milhões em leilão.
Pesando aproximadamente 300 quilates, a peça do século XVIII, provavelmente criada uma década antes da Revolução Francesa, está em exibição pública pela primeira vez em 50 anos e fará sua estreia em leilão em 11 de novembro, segundo a Sotheby's, que está cuidando da venda.
A joia está sendo exibida na Sotheby's em Londres até quarta-feira, antes de partir para o resto de sua turnê global de exposições. Em seguida, seguirá para Genebra, na Suíça, para ser o destaque da venda da Sotheby's Royal and Noble, disse a casa de leilões em um comunicado à imprensa na segunda-feira.
Apesar de as origens exatas do colar não terem sido registradas, a casa de leilões acredita que a peça antiga só poderia ter sido feita para a realeza ou um aristocrata de alto escalão.
No início do século XX, pertencia aos marqueses de Anglesey, uma importante família aristocrática do Reino Unido com laços estreitos com a família real britânica, disse a Sotheby's.
Marjorie Paget, marquesa de Anglesey, usou o colar na coroação do rei George VI em 1937. Sua nora usou a mesma joia na coroação da rainha Elizabeth II em 1953, segundo o comunicado.
Depois que a família se separou da peça de diamante na década de 1960, ela foi exibida no Museu Americano de História Natural antes de ser adquirida por um colecionador particular.
"Esta rara e importante joia de diamante é uma sobrevivente sublime da opulenta vida da corte da era georgiana, definida por sua pompa e esplendor incomparáveis; é indiscutivelmente uma das joias georgianas mais magníficas e intactas em mãos privadas", disse Andres White Correal, presidente da Joalheria Sotheby's Europa e oriente Médio e chefe de joias nobres, no comunicado.
"Quando comparado a outras joias imperiais e reais sobreviventes do mesmo período, este colar está muito acima desses exemplos. É uma fortuna em diamantes e também uma masterclass em design requintado, mão de obra e inovação técnica para o período", acrescentou.
A peça consiste em três fileiras de diamantes que se arrastam de cada lado em uma borla de diamante.
Cada diamante é de uma mina antiga, lapidada brilhante e pesa entre um e um quilate e meio, segundo a Sotheby's, que disse que os diamantes provavelmente foram provenientes das lendárias minas Golconda da Índia, onde o Diamante Hope foi descoberto.
As joias desse período eram frequentemente conhecidas por seu luxo e versatilidade, com uma peça tendo o potencial de ser usada como colar ou como ornamento costurado em uma peça de roupa, segundo o comunicado.
Esta peça em particular pode ser usada ao redor do pescoço com as borlas penduradas em ambos os lados, ou com a peça amarrada em um nó simples.
Um escândalo brilhante.
Alguns dos diamantes do colar podem ter vindo da peça no centro do escândalo "Caso do Colar de Diamantes", segundo a casa de leilões.
O brilhante escândalo de 1785 na corte de Luís XVI envolveu um cardeal que procurava recuperar o favor de Maria Antonieta, a última rainha da França, que foi enganada para adquirir um colar em nome de alguém que fingia ser a rainha.
No entanto, o engano veio à tona quando os joalheiros, que nunca receberam a primeira parcela do colar, solicitaram o dinheiro diretamente da rainha, que nunca recebeu o colar.
O colar, nas mãos de um trapaceiro, havia sido quebrado e vendido em Londres.
O escândalo manchou a reputação de Maria Antonieta, que foi injustamente acusada de ter um relacionamento imoral com um cardeal, e desacreditou a monarquia francesa antes da Revolução Francesa, na qual a rainha finalmente encontrou sua morte.
Enfim, trata-se de uma peça única e valiosíssima, ainda mais por ser algo histórico, diamantes do famoso colar, que desgraçou a reputação de Maria Antonieta, sortudo é quem tiver dinheiro para arrematar. O caso do colar é mostrado em Rosa de Versalhes, porém é claro que com elementos fantasiosos. Mas o que de fato ocorreu foi o seguinte: O famoso escândalo do colar de diamantes, que acabou com a imagem da rainha Maria Antonieta, que hoje valeria aproximadamente US$ 27 milhões, foi, na verdade, uma emboscada dos inimigos da rainha visando difamar e manchar ainda mais sua imagem. Tudo acontece em 15 de agosto de 1785 a 239 anos e provocou uma enorme desmoralização, portanto é impossível não associar o escândalo do colar com o apressamento dos acontecimentos que culminaram na Revolução Francesa em 1789.
O Escândalo do Colar em Rosa de Versalhes 1972. |
A rivalidade entre Maria Antonieta e a condessa du Barry no mangá Rosa de Versalhes de Riyoko Ikeda. |
Já em março de 1785, a ambiciosa Jeanne tornou-se amante do cardeal de Rohan, ex-embaixador francês na corte de Viena, da qual Antonieta detestava, isso porque ele havia sido responsável por espalhar rumores sobre sua mãe, a imperatriz romana Maria Teresa.
Dai
em diante, o cardeal tentava reconquistar a confiança da rainha, pois
isso era necessário para que ele conseguisse se tornar um ministro do
rei. Jeanne de la Motte, diante de toda a situação, executou seu plano
persuadindo Rohan ao afirmar que ela havia sido recebida pela rainha e
agora trabalhava a seu favor. Sabendo disso, ele resolveu fazer de
Jeanne uma ponte para restaurar sua amizade com Maria Antonieta.
Jeanne
então começou a se passar por Maria Antonieta entre as correspondências
que trocava supostamente com o cardeal, mas com o tempo essas cartas
tornam-se românticas, e o Cardeal acabou apaixonando-se pela rainha.
Após implorar por um encontro secreto com Antonieta, Jeanne arranjou
outra maneira de continuar seu plano: em agosto de 1784, entre a
escuridão da noite, nos jardins do Palácio de Versalhes, o Rohan
encontrou-se com Nicole Le Guay d'Oliva, uma cortesã, que se passava por
Maria Antonieta, devido a sua semelhança com ela.
Jeanne de la
Motte aproveitou a ilusão do cardeal para lhe pedir emprestado uma
grande quantia em dinheiro, justificando que seriam usados no trabalho
de caridade da corte. Fingindo ser a rainha, enviou diversas cartas ao
cardeal, inclusive uma ordem de compra do colar de diamantes. Assim, o
pedido foi bem-sucedido, dizendo que seria pago em prestações. A
confusão estava feita.
O escândalo do colar:
O
escândalo do colar de diamantes começou quando chegou a hora de pagar,
Jeanne apresentou as notas do cardeal aos joalheiros, mas não foram
suficientes. Boehmer então reclamou com a rainha, revelando as
negociações. Maria Antonieta ficou surpresa, pois afirmava não ter
pedido e nem recebido o precioso colar de diamantes.
O escândalo
do colar provocou uma grande polêmica na corte e entre os franceses,
surgindo boatos de que a rainha havia participado de um crime para
fraudar os joalheiros. O pior mesmo é que de fato Antonieta estava
inocente o tempo todo, e o caso não passou de um plano maléfico de seus
inimigos para detonar sua imagem.
A Verdade apareceu e o mistério foi desvendado:
O
cardeal Rohan Terminou preso no salão dos espelhos do Palácio de
Versalhes. Em seu julgamento Rohan apresentou uma carta supostamente
assinada por "Maria Antonieta", e foi justamente isso que desmascarou
toda a farsa, pois a realeza francesa assinava apenas com seus nomes de
batismo, fato esse esquecido por Rohan, que foi preso e levado à
Bastilha, mas tempos depois foi absolvido.
A mulher que se
passava por Antonieta, Nicole Le Guay e também Rétaux de Villette, que
confessou ter escrito as cartas e falsificado a assinatura de Maria
Antonieta, foram presas. A malvada Jeanne de la Motte teve outro fim,
tendo sido condenada à prisão perpétua.
Mesmo Antonieta sendo
envolvida nessa emboscada, o escândalo do colar de Diamantes, que hoje
completa 239 anos, manchou ainda mais sua imagem e aumentou ainda mais o
ódio do povo pela Monarquia. Maria Antonieta jamais recuperou sua
reputação e termino tragicamente guilhotinada tempos mais tarde, nas
mãos dos jacobinos.
Fontes de Pesquisa: Aventuras na História, Wikipédia.
O caso do colar no anime Lady Oscar A Rosa de Versalhes:
Episódio 22 O Escândalo do Colar - O colar brilha de forma sinistra
Episódio 23 O Processo - Habilidoso e Duro.
O caso do colar é mencionado no Live Action Lady Oscar de 1979:
CURIOSIDADE:
O cardeal sobreviveu à Revolução e viveu o resto de sua vida no exílio. Rétaux de la Villette terminou igualmente sua vida no exílio na Itália. Nicole d'Oliva voltou para o anonimato e morreu em 1789, aos 28 anos. Cagliostro foi preso durante a Inquisição Italiana e morreu na prisão da Fortaleza na cidade de San Leo. Nicolas de la Motte voltou a Paris após a Revolução. A Condessa Jeanne de la Motte morreu em Londres após uma queda da janela de seu quarto. Certas pessoas acreditam que ela foi assassinada por realistas, mas provavelmente, ela tentava fugir de seus credores. Maria Antonieta, por decorrência da Revolução Francesa, foi levada à guilhotina em 1793, assim como seu marido, o rei.
Espero que tenham gostado! Daqui a pouco tem mais.
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