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sábado, 24 de setembro de 2022

As dificuldades de interpretar o papel de Oscar. A atriz Migiwa Natsuko relembra os tempos da Rosa de Versalhes no teatro Takarazuka (Artigo Traduzido

 Olá, queridos amigos da Lady Oscar,sejam Bem vindos!



Ontem, eu traduzi um artigo Yahoo do Japão, sobre  o belíssimo livro comemorativo dos 50 anos da Rosa de Versalhes (ベルサイユのばら), e que também  comentava sobre os 50 anos da série, a autora  Riyoko Ikeda e algumas pessoas envolvidas com esse novo livro da editora Shueisha intitulado, Ai to Kansha no 50-shuunen Versailles no Bara Anniversary Book (愛と感謝の50周年 ベルサイユのばらアニバーサリーブック), para quem não leu e tiver interesse, clique aqui.Enfim, hoje, o Yahoo trouxe, um novo artigo, que pelo que parece, trata-se da continuação dessa matéria.
 
 

 Nessa segunda parte, temos uma interessante, entrevista, com a atriz da Takarazuka, Migiwa Natsuko,  que comenta sobre questões de gênero e relembra, as, dificuldade ao interpretar o papel de Oscar, Uma moça que se comportava como homem, mas era delicada como qualquer mulher. Ela, também, comenta da época, que se acreditava que mulher precisava se casar e criar seus filhos, mas ela preferiu  continuar atuando e brilhando nos palcos com papéis masculinos. Enfim, é interessante, traduzi e tentei ser fiel ao texto original na medida do possível, as fotos utilizadas são do artigo original. Desde já peço desculpas por possíveis erros na tradução.

 A dificuldade de interpretar o papel de Oscar é que "se comporta como um homem, mas não é um homem". Migiwa Natsuko relembra os tempos da Rosa de versalhes na Takarazuka (Artigo Traduzido).


 


 

O ano de 2022 marca o 50º aniversário da serialização, da história original de 1972, e o 48º aniversário da Rosa de Versalhes da Takarazuka Revue que estreou em 1974. "Ai to Kansha no 50-shuunen Versailles no Bara Anniversary Book"50º Aniversário de Amor e Gratidão: O Livro do Aniversário da Rosa de Versalhes, uma compilação da ilustre história de Berubara, foi lançado. A ex-estrela da companhia, Takarazuka Revue Migiwa Natsuko, comenta sobre este livro, e fala sobre a profundidade de seu papel como Oscar em A Rosa de Versalhes, que se tornou um ponto de virada em sua vida, e deixa a sua mensagem de gratidão à autora original, Riyoko Ikeda.

Por ser uma otokoyaku, consegui brilhar sendo quem sou.

 

Apesar de ser uma artista veterana há quase meio século desde sua estreia, Migiwa, ainda se apresenta com muita energia no palco e encanta as mulheres com seus gestos leves. Para Migiwa Natsuko a 'Otokoyaku' da Takarazuka é como uma identidade que o faz brilhar.

Migiwa: Desde a primeira vez que vi Takarazuka Revue no primeiro ano do colegial, eu sabia que era isso que eu queria! Uma vez me disseram que eu não poderia ser uma otokoyaku porque sou baixinha, mesmo não sendo bonita nem um bom cantora, eu podia brilhar no palco em papéis masculinos. Eu acredito, que seja a minha vocação. Devido à pandemia do corona vírus, houve um período em que não pude me encontrar com todos e pensei: "Isso foi apenas um sonho?" Agora estou mais que feliz em ver, a plateia e fazê-los felizes. Mesmo agora, continuo a praticar a dança.
  Migiwa Natsuko que tem 1,63 cm de altura, se juntou a "A Rosa de Versalhes", e tem uma diferença de altura de cerca de 9 cm com Rei Asami, que interpreta André.

Devido à diferença de altura, quando Oscar, eu, e Andre, Asami-san ficávamos lado a lado, acredito o que exista uma "foto". Você vê, uma imagem de como você está parecido, não é? Nesse sentido, tive a sorte de poder fazer o papel de Oscar naquela época. Graças ao papel de Oscar, há pessoas ainda se lembram de mim, e isso me dá a oportunidade de me apresentar no palco.
 

 Realizando A Rosa de Versalhes em meio a um boom do fenômeno social.


No entanto, "Rosa de Versalhes" na época tornou-se um fenômeno social devido à sua popularidade explosiva. Enquanto as performances de palco de Tsuki-gumi e Hana-gumi também foram um grande sucesso, ela estava inicialmente cheio de pressão para interpretar Oscar como a líder da trupe da neve.

Chorei Quando eles decidiram que eu iria fazer o papel da Oscar, eu queria colecionar os quadrinhos, mas eles eram tão populares que eu não conseguia obtê-los de forma alguma. Quando havia um evento em uma loja de departamentos, havia filas enorme de pessoas e as mercadorias vendidas como bolos quentes. Muitos dos fãs de Oscar disseram estar surpresos de que um humano pudesse interpretar Oscar, então tive que colocar as fotos do mangá ao lado do espelho enquanto fazia minha maquiagem, dando o melhor de mim para agradar os fãs apaixonados. Eu também fui específica sobre a franja do Oscar, Coloquei a franja na minha testa com cola para que não saísse. Mas no palco ela dança o tempo todo, então ele sai facilmente (risos).
 
 

Durante os ensaios, ela teve a oportunidade de conhecer a autora original, Riyoko Ikeda. Quando lhe perguntaram o que ela imaginou na época...


Maria Antonieta! Foi o que eu imaginei! (risos). Naturalmente, nem sempre o rosto de um artista de mangá se assemelha ao trabalho que ela está desenhando. Mas Ikeda-sensei é a própria Lady Antonieta. Lembro-me perfeitamente de ficar impressionada com sua elegância e beleza.

  As otokoyaku são mais que homens, e por isso Oscar foi difícil. 



Para Migiwa   que interpreta papéis masculinos desde antes de sua estreia, o papel de Oscar foi mais difícil do que ele imaginava. Migiwa: Oscar não é um homem, ele é uma mulher galante, certo? Mas os papéis masculinos em Takarazuka são "homens", mesmo que sejam desempenhados por mulheres. Como uma otokoyaku, pratiquei expressões faciais, gestos  para parecer um homem, então se eu interpretar Oscar sem estar consciente disso ela se  tornará um “homem”. Por outro lado, ser feminina não faz de você a Oscar. Com um papel masculino, eu poderia interpretar um homem e poderia interpretar uma mulher como um papel feminino, mas Oscar não é nenhum dos dois. Acredito que muitas pessoas não percebem esse fato (risos).

O que devemos fazer com esse "meio-termo"? "Então foi um monte de tentativa e erro." Por ser mulher, seus sentimentos têm são bonitos. Oscar também é um capitão digno da Guarda Real, mas seus gestos são delicados e fofos. Mesmo na cena em que você dança com uma espada, você tem que ser uma "mulher". No entanto, se eu agisse como mulher enquanto desempenhava um papel masculino, ou me tornaria afeminado, ou permaneceria homem, então  eu não consegui encontrar o "meio-termo".
No início da performance, acredito que me inclinei um pouco mais para o lado masculino nas primeiras apresentações. Quando nos apresentamos em Tóquio, gradualmente encontrei o equilíbrio que eu queria.

Quando  Migiwa era ativa na Takarazuka, ainda era comum pensar que as mulheres deveriam se casar, se aposentar do trabalho e criar os filhos.  Em meio a essa opinião pública, a Sra. Migiwa, que se aposentou enquanto ainda brilhava como atriz principal, continuou trabalhando como otokoyaku e continua atuando com papéis, masculino até hoje, é verdadeiramente a própria Oscar.
 


Quando "A Rosa de Versalhes" foi montada pela primeira vez pelo grupo Tsuki em vez do nosso grupo Snow, pensei: "Não podemos mais fazer isso, que inferno! Mas no ano seguinte tive a oportunidade de realizá-lo. Eu pensei, "Não existe felicidade maior!" "A Rosa de Versalhes" é uma grande existência que pode ser chamada de milagre para Takarazuka e para mim. Enquanto eu atuava, eu estava tão feliz que eu não podia dizer nada. Eu não me importaria se eu morresse assim... Eu tinha, certeza, que haverá muitas flores no meu túmulo. Naquela época, "Rosa de Versalhes" era o máximo.
Então, imaginei que se eu morrer aqui, todos cuidaram bem de mim e meu nome ficará nos corações de muita gente. E então... eu nunca imaginei que viveria tanto tempo (risos). 
 
Enfim, essa foi a tradução do artigo original espero que tenham gostado! Um bom final de semana para todos vocês amigos da Lady Oscar.
 
Lady Oscar diz... Obrigada por sua visita! Volte sempre que quiser. 







 

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