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quarta-feira, 9 de março de 2022

Lady Oscar: uma heroína "revolucionária" no mundo dos homens. Artigo Traduzido.

Olá, queridos amigos da Lady Oscar, sejam bem vindos!


No dia 1 de março, a Itália comemorou a primeira exibição do anime Lady Oscar, a versão animada de Rosa de Versalhes. Ontem, foi publicado no site italiano shmag, um artigo muito legal, que conta um pouco sobre essa data tão importante para os italianos, que cresceram assistindo às aventuras de Lady Oscar.


Enfim, eu traduzi o texto, a autora é Lorella Costa, então os, créditos são todos dela, eu apenas traduzi o texto, por achar interessante para o blog.

 

 Lady Oscar: uma heroína "revolucionária" no mundo dos homens

Por Lorella Costa. (Artigo Traduzido) 

Do manga de Riyoko Ikeda ao desenho animado, exibido pela primeira vez em Itália a 1 de Março de 1982, a história de uma personagem icónica feminina que inspirou meninas e mulheres jovens durante mais de 40 anos.
 
Não há uma temporada televisiva em que o desenho animado Lady Oscar não seja exibido nas faixas de programação dedicadas ao público mais jovem: É um grande clássico de animação, portanto, o dia 1 de março celebrou um aniversário importante no nosso país, o dos 40 anos desde a primeira exibição na faixa das 20h na Itália 1.
 

 
 Este é um feito impressionante em alguns aspectos, para aqueles que se lembram de ter passado as tardes na companhia de programas como o Bim Bum Bam, onde, na era exibido seus, grande sucesso, como a espadachim Lady Oscar que era mais amada pelas meninas da época, mas também chegou ser muito popular entre as crianças.
 
 
 
Em 1972, Ikeda propôs à editora Shūeisha um, mangá histórico, ambientada na França nos anos anteriores à Revolução, após ler a biografia de Maria Antonieta escrita pelo escritor austríaco Stefan Zweig em 1932, a autora ficou fascinada com a figura da princesa, tanto que quis contar os seus acontecimentos sentimentais e políticos. Versailles no bara — As Rosas de Versalhes, contudo, revelaram-se um sucesso, especialmente graças ao caráter de Oscar François de Jarjayes, uma jovem comandante da Guarda Real de Versalhes que, em particular, está encarregada da segurança de Maria Antonieta, a futura esposa do Rei de França Luís XVI.
 
 Oscar, educada como um homem pelo seu pai e dedicada à vida militar, é assistido nas suas tarefas pelo fiel assistente André Grandier; os assuntos sentimentais dos protagonistas desenrolam-se em meio de intrigas judiciais, confusões políticas e revoltas populares: um papel fundamental é desempenhado pelo Conde sueco Hans Axel von Fersen, que tem um caso de amor atormentador com a Rainha Maria Antonieta e por quem Oscar também tem sentimentos fortes. À medida que a Revolução se aproxima, o tom da história torna-se mais dramático: Oscar deixa a Guarda Real para se tornar comandante do regimento da Guarda Francesa em Paris e André, que sempre esteve apaixonado por ela, alista-se para a seguir. O destino dos personagens é cumprido a 14 de julho de 1789, quando a Bastilha é tomada.
 
 



É fácil compreender, mesmo a partir destas poucas pistas, como a história de Oscar é atual, devido às reflexões sobre o gênero e o papel das mulheres que representa: educada na disciplina militar, Oscar desmente uma longa série de estereótipos ligados ao seu sexo  feminino e, de fato, destaca-se pela sua qualidade e capacidade de discernimento. A sua brilhante carreira, porém, tem um preço e implica uma renúncia quase total à sua própria feminilidade: quando Oscar decide desempenhar o papel de mulher, movido pelo seu amor pelo Conde von Fersen, ela é rejeitada e parece fechar-se ao afeto, exceto quando finalmente compreende e reciprocamente os sentimentos do seu fiel André. É interessante notar como a perspectiva tradicional do casal é derrubada, estereotipada, claro, mas  conforme as características estilísticas do período histórico: Oscar é brilhante, forte, corajosa até à arrogante; André, por outro lado, é paciente, sensível, indefeso até ao ponto de quase resignação.
 
 Certamente um dos pontos fortes da manga é a caracterização de Oscar, para a qual Riyoko Ikeda se inspirou na A Princesa Safira (Ribbon no kishi — O cavaleiro com o arco), uma obra do mestre Osamu Tezuka publicada de 1953 e considerada como o primeiro manga shoujo: A princesa Sapphire, nascida com um coração masculino e feminino, é uma ousada espadachim em busca de aventura e, ao mesmo tempo, uma sonhadora romântica, que assim prefigurou a fascinante narrativa altamente atual de Lady Oscar, capaz de demolir estereótipos de gênero com um só golpe e tornar-se um símbolo de liberdade e auto-afirmação, mesmo numa sociedade fechada como a do antigo regime francês.
 
 
 Em 1974, o mangá inspirou, no Japão, um famoso musical da companhia de teatro Takarazuka, composto apenas por mulheres, enquanto em 1979 foi realizado o filme franco-japonês de Jacques Demy Lady Oscar, estrelado por Patsy Kensit no papel do protagonista quando criança; no mesmo ano, o anime, foi transmitido pela primeira vez, mas foi considerado demasiado diferente do mangá original e saudado com desilusão pelo público japonês, passou por um revival durante os anos 80. Na Itália, contudo, o sucesso da série, composta por 40 episódios, foi imediato, tanto que atraiu a atenção dos telespectadores: muitos aspectos da história, julgados impróprios para crianças, foram adocicados e algumas cenas foram cortadas; o mesmo destino recaiu sobre a outro desenho, Candy Candy, que teve o mérito de trazer shoujo manga para o nosso país, embora sujeita a grandes mudanças, entre 1980 e 1987.
 
 

Naqueles anos, o que era percebido como perigoso era sobretudo a narração do amor: o sentimento entre Oscar e André não é platônico, tal como a sexualidade não é apenas narrada numa forma hétero: uma gama infinita de ‘nuances’ é capturada no corpo de Oscar, escondida por um uniforme masculino e ainda revelada no amor que ela sente e desperta, o que a torna uma mulher extraordinariamente moderna, capaz de afirmar a sua própria identidade, fora de esquemas e imposições. Poderá ser esta porque a famosa heroína nascida há 50 anos, a quem o seu pai "pôs um florete no berço como diz a famosa canção temática cantada pelos Cavaleiros do Rei continua a ser tão revolucionária? [Fioreto em italiano, significa Florete, uma espada de esgrima]
 
Desculpe por alguns erros na tradução, os créditos são todos para autora do texto original, link do site acima.
 
Espero que tenham gostado!
 
Lady Oscar diz... Obrigada por sua visita! Volte sempre que quiser.


 
 
 

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